- Argh, ainda não acostumei com você sendo mais alta. - Natalia disse enrijecendo o músculo do maxilar antes de rir.
-- Pelo menos nossos filhos terão chance de puxar meu lado e alcançarem a prateleira de livros. - Carol disse rindo.
- Você sabe que não podemos ter um filho 100% geneticamente nosso, não é? - Natália perguntou naturalmente, porém arregalou os olhos ao perceber o tema principal: Carol havia mencionado filhos.
- Teremos tempo até lá, quem me garante que não descubram um jeito nesse meio tempo, hm? - Carol perguntou e Natália riu.
- Planeja mesmo uma vida ao meu lado? - Natália perguntou bobamente e Carol franziu o cenho.
- Você não? - Carol perguntou confusa. - Não estamos namorando para um dia casar? - Carol arregalou os olhos, mas logo sorriu.
- Bem, sim. - Replicou.- É que tem algumas pessoas que pensam somente no presente.
- E você quer alguém assim? - Carol perguntou ainda confusa. - Bem, desde que você continue sendo o meu presente no futuro eu posso ser essa pessoa. - Carol disse determinada e Natália mordeu o próprio lábio para conter o sorriso.
- Você está cada dia melhor nisso. - Natália disse rindo.
- Nisso o quê? - Carol perguntou arqueando uma sobrancelha
- Em ser galanteadora. Eu que não me cuide acabarei perdendo a namorada. - Natália brincou e Carol negou.
- Nat, não. - Carol solenemente. - A gente prometeu de dedinho.
- Sabe que você tem toda a razão? - Natália disse sentindo seu peito inflar de boas sensações.
Quando foi que tivera tanta sorte na vida? Pois vivia cercada de uma terrível maré de azar.
- Sei - Carol afirmou convencida. - Posso te dar um beijinho antes de passearmos de mãos dadas?
- Todos os beijinhos que você quiser, amor. - Natália sussurrou contra a boca de Carol , sentindo os lábios rosados de Natalia esbarrarem nos seus.
Ah! Ela estava perdidamente apaixonada por Carol e isso era um fato irrefutável.
Vem ai..💫
Os olhos preocupados de Natália discavam o número de telefone do hospital apressadamente. Seus olhos ficaram em seu relógio na cabeceira de sua cama e viu que eram dez para as uma da tarde.
-Aló? - A voz grossa soou e Natália fechou os olhos nervosamente.
- Ulisses? Aqui é a Natália - Ela disse, vendo a linha continuar quieta do outro lado. - Estou ligando para dizer que não poderei ir às aulas, terá que substituir meus turnos.
- Hm.- Ele disse do outro lado em um murmúrio. - Está tudo bem? Você nunca falta.
- Minha namorada não passa bem e como ela passou o fim de semana aqui, vou ficar com ela, sinto muito. - Ela disse, não revelando que havia se envolvido com uma paciente.
Droga! Soaria ridículo vendo do ponto de vista de Ulisses.
- Tudo bem. Só isso?
- Sim, bom serviço. E desligou, voltando para a cama de casal que comprara na semana anterior e engatinhando até Addison.
- Nat, Ele vai ficar bravo com você, como sempre. - Carol disse, sentindo os lábios de Natália tocarem sua tempora.
- Como você mesma disse, Ele vai ficar bravo como sempre, então não me importo. - Disse.- Tomou toda a sopa? - Perguntou, verificando a temperatura de Carol.
- Tomei, estava muito gostosa. - Carol disse, se encolhendo mais na cama e se enroscando mais no corpo de Natália. - Eu dormi a manhã toda, tomei um banho, já comi e já estou bem melhor. Será que poderia ficar um pouquinho aqui comigo? - Carol perguntou e Natália assentiu, se deitando e enlaçando o corpo da maior com um dos braços.
- Só fiquei preocupada de você ficar doente por causa daquele sorvete. Sua mãe me mataria. - Carol riu e se virou para Natália..
- Eu já fiquei doente, já estou quase boa e a mamãe não te culparia. - Carol alegou. - Não precisava ter faltado hoje.
- Precisava sim, eu não teria cabeça para nada se tivesse te deixado na sua mãe do jeito que você estava. Você queimava em febre.
- Bem, então já que você já ligou para a minha mãe avisando, poderemos passar o dia todinho abraçadinhas?
-Sim, senhorita. - Meredith respondeu. - Carol, eu queria falar com você sobre algo que conversei com sua mãe... - Natália sentiu Carol afundar o rosto na curva de seu pescoço.
- Ela te contou, não foi? - Carol perguntou baixinho e Natália assentiu.
- Ela mencionou um filme na semana passada... - Natália analisou o rosto de Carol minuciosamente assim que a garota se afastou um pouco de seu pescoço.
- Você disse que o Google me ajudaría no que fosse. - Carol confessou e Natália mordeu seu lábio inferior.
- E em que você precisava de ajuda? - Natália sentiu os dedos de Carol começarem a brincar com a gola de sua camiseta.
- Eu estava pensando em você... - Carol começou, olhando para Natália rapidamente antes de focar na gola. - E então eu fiquei com vontade... Você sabe... acendeu tudo, nat.
- E o que você procurou no Google? - Meredith perguntou curiosamente.
- Como me ajudar sozinha. - Carol confessou, sentindo seus cilios começarem a tremer rapidamente. - Ai descobri que o nome disso é masturbação e vi alguns vídeos de mulheres fazendo isso. Eu tentei tomar banho frio igual você falou para mim, mas na semana seguinte o banho não adiantou e eu fui tentar, mas a mamãe abriu a porta.
- Se um dia for tentar fazer isso de novo, você deveria se lembrar de trancar a porta. - Natália disse, vendo os olhos verdes piscando acelerados. - Você pensa em mim e se excita? - Natália não resistiu, vendo Carol assentir.
- Muito, nat.- Carol disse e Natália acariciou seu rosto.
- Não tem do que se envergonhar, meu amor. Isso é normal. - Natália avisou e Carol lhe fitou.
- Me ensina? - Carol pediu e Natália prendeu a respiração.
- Ensinar o quê? - Perguntou, vendo carol fungar devido ao início de resfriado.
- Como fazer sozinha? Porque eu penso multo em você e é muito ruim. Parece que fica piscando e depois dói. - Explicou. - Você não quer que façamos nada, então me ensina?
Natália engoliu em seco. Como ensinaria algo assim?
- Bem, você tem que levar sua mão até sua intimidade. - Natália começou, mas paralisou ao ver Carol fazer isso.
- Assim? - Ela perguntou e Natália sentiu seu corpo esquentar.
- Carol, eu não sei se isso é uma boa... - Natália engoliu em seco novamente ao sentir Carol dar um beijo manso em seu pescoço. - Ideia.
- Coloca a sua mão por cima da minha e me guia, nat. - Carol pediu, causando uma quase falta de ar em Natália. - Você não vai tocar em nada, só vai me guiar. - Carol insistiu e Natália sentiu seu centro dar sinal de vida.
- Burlaremos o sistema fazendo isso. - Natália tentou brincar, mas sentiu a outra mão de Natália segurar seu braço e colocar sua mão sobre a dela.
Natália gemeu baixinho quando sentiu Addison apertar sua própria intimidade.
- E agora? - A voz de Carol saiu entrecortada e Meredith suspirou pesadamente, posicionando dois dedos de Carol sobre o centro dela por cima da calça de moletom, iniciando movimentos circulares.
- Faça isso por baixo da calcinha e seu próprio corpo te guiará dai para a frente. - Natália disse, começando a tremer, tamanha era seu desejo, assim que Carol levou sua mão junto com a dela para dentro da calcinha, movimentando os dedos na região.
- Bom... - Addison murmurou e Natália mordeu o próprio lábio.
- Amor, não faz isso comigo... Natália suplicou, fechando os olhos ao sentir Carol distribuir beijos
por seu pescoço.
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Em um piscar de olhos - adaptada versão Narol
RomanceAna Carolina Rozelli tinha apenas seis anos quando seus decidiram tirar as tão famosas férias. Iriam pro Canadá, porém o destino lhes foi cruel, causando o choque em um caminhão desgovernado contra o carro onde estavam durante o caminho para o aerop...