cap 14

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- Olha quem decidiu dormir em casa... A voz de Bruno fez Natalia rir. Eram quase onze da noite quando ela finalmente chegou em sua casa. A noite estava fria, exatamente como todas as outras.

- E aí, doido. Ela cumprimentou.

- Vamos beber para esquentar? - Ele sugeriu.

- Hoje não. Amanhã quem sabe, hm?

- Helena está na cozinha. Ele avisou baixinho.

- Obrigada. Te amo por isso. Ela disse, dando um beijo estalado no rosto do rapaz antes de subir as escadas correndo e ir para seu quarto e de Taís - Taís!

- Puta que pariu, que susto, caralho! - Pedro gritou, se cobrindo.

- Vocês transam o tempo inteiro mesmo? - Ela indagou, vendo tais corar. Ou só quando estou chegando?

- A tais dá aulas o dia inteiro e eu trabalho. Quando temos tempo a gente quer aproveitar, oras. Pedro falou.

- Certo, mas poderia ter trancado a porta, não acha? É a sexta vez que flagro vocês só nesta semana.

- Está contando? -  tais perguntou rindo. Por acaso quer participar?

— Idiota! - Natalia exclamou, revirando os olhos.

- Seria interessante nós três. Brincou, vendo Natália enrusbecer fortemente.

-Ew. Nojenta! - Disse fazendo careta. Ela considerava Pedro praticamente da familia. Não a via com esses olhos e sabia que era reciproco.

- Então dá o fora porque ainda não gozei. - Taís disse rindo, vendo Natália atirar sua bolsa em qualquer canto e migrar para o banheiro.

- Vou tomar banho. Esse é o tempo que vocês têm. Natália disse fechando a porta.

- Ainda bem que você é siririqueira. Temos tempo de sobra. Taís gritou, fazendo Natália revirar os olhos.

A menor retirou sua roupa e entrou embaixo da água quentinha do chuveiro.

A água que acariciava sua pele fez ela suspirar de prazer, afinal um banho quente em um dia frio era uma das melhores coisas quando se estava embaixo da água.

Subitamente a imagem de Carol de pernas abertas e com as orbes verdes cruzou sua mente. Carol havia se excitado com seus toques.
Natália bufou e tentou pensar em Anne Hathaway, sua eterna fonte de inspirações em seus longos banhos.

Droga, tais tinha a absoluta razão, pensou Natália.

Conforme ela ia ensaboando seu corpo, a imagem de Carol cruzava sua mente, fazendo Natália sorrir se frustrar. Ela não se tocaria pensando em Carol. Seria errado de tantas maneiras.

Quando viu que seu corpo estava em estado de alerta ela tomou uma decisão drástica, mudando a água para a temperatura fria. Estava frio e ela tinha grandes chances de pegar um resfriado, mas em sua mente carol não tinha malícia, não seria insto e tao pouco correto ela permitir
aliviar suas tensões pensando em Carol

Quando conseguiu focar em Anne ou em qualquer outra pessoa ela faria tal trabalho.

A garota se agachou no chão, tremendo ao sentir a água fria castigar sua pele. Passou suas mãos no rosto e suspirou. Não se tornaria uma pervertida a esse ponto de sua vida.

Quando seu corpo voltou ao normal ela mudou para o quente outra vez, terminando o banho de uma forma comportada.

[...]

O barulho de cornetas fez Natalia levar um susto tão grande que quase caiu de sua cama. Seus olhos analisaram o local, apenas para encontrar Taís, Bruno e Jonas  pulando em sua cama.

- Que porra é essa? Ela perguntou irritada. Odiava profundamente ser acordada.

- Hoje é sábado, o que significa que você não tem faculdade, nem o Jonas e ninguém trabalha. - tais  disse animada.

- Vai tomar um banho e escovar os dentes. As cervejas estão geladinhas e já comprei a carne para o churrasco. - Bruno falou, vendo o Jonas  assentir.

- Na verdade, eu pensava em passar no hospital agora pela manhã para visitar a Carol.

- Qual é a da mina? - Jonas perguntou, olhando de forma sugestiva para Natália.

- Nao viaja, garoto.- Natália disse corando.

- Alá, Bruno, ela ficou vermelhinha. - O garoto disse rindo, fazendo todos, exceto Natália rirem.

- Oh, carol.-  O garoto tentou imitar a voz de Natalia. Mais forte...

- Otário! - Natália reclamou.

- Otário é meu pau que ainda não comeu ninguém essa semana. Ele disse, fazendo Natália rir.

- Que tal investir em Helena outra vez? Ela sugeriu.

- Pode ficar para você, obrigado. - Falou cruzando os braços. - Mas e ai, vai fazer um tchuneves hoje?

- Lá vem você com essa merda. - Natália disse revirando os olhos.

- Você está muito ligada nessa mina, nat. Está afim? - Bruno perguntou, coçando sua intimidade.

- Já falei para não fazer isso na minha frente. - Natália repreendeu.

- Ué, está coçando.

- Tem pulgas nesse maldito saco? Você coça ele o tempo inteiro. É muito feio sabia?

- É nada. É bonitinho. Ele brincou, fazendo Natália revirar os olhos.

-Todos para fora! Ela apontou para a saída.

Este também é o meu quarto. Taís retrucou.

- Eu me referia a eles, tais.- Natália disse impaciente.

- Mas depois você volta para o churrasco? - Jonas perguntou.

- Sim. - Natália confirmou bufando.

- Então a gente te leva, não é, Bruno? - Jonas  sugeriu.

- O quê? Nem pensar. -  Natália protestou.

- Por quê? Deu para ter vergonha dos amigos agora? - Jonas perguntou, olhando para o próprio corpo. Caracas, sou gostoso para caralho. Sua amiga Carol vai gamar.

- Faz dois meses de academia e se sente o próprio personal trainer. - Natalia zombou.

- Então combinado. Te levaremos! - Bruno disse. Vou até ir tomar uma latinha já para animar meu dia.

- Não tem nada combinado.- Natália protestou. Irei sozinha! O sorrisinho sugestivo de Jonas para Bruno fez Natalia revirar os olhos.

- Ela quer fazer tchuneves, essa safada. Falaram juntos, caindo na risada.

- Eles se comportarão, não é, meninos? - tais intercedeu por eles.

- Mas é claro, o que poderíamos fazer de tão errado? - Bruno perguntou. - Qual é? Não confia em mim.

- Não. - Natália foi direta.

- Não faremos merda. Só queremos nosso churrasco. Ele disse solenemente. Parece que não tem mais amigos, nunca quer ficar conosco. - Bem na ferida. Ele sabia o quão culpada Natália se sentiria.

- Certo. Tudo bem. Disse por fim. - Mas não quero que façam bagunça. É meu lugar de trabalho e Carol precisa de sossego.

- A senhorita que manda. Jonas disse, vendo Natália migrar para o banheiro. Será que ela vai brigar se peidar aqui dentro?

- Nojento. Sai! - Tais disse seriamente. - Por isso prefiro garotas.

- Até parece que não peidam também.

- Elas sabem se portar diante dos outros, seu porco  - tais respondeu, ouvindo Bruno cair na risada.

-Vou lá passar um perfume, vai que essa Carol é gatinha... Bruno disse rindo.

- Prevejo um hospital pegando fogo. - tais  sussurrou para si, temendo pela própria vida caso eles fizessem algo estúpido no quarto de Carol. Ela tinha certeza de que Natalia a mataria com as próprias mãos por ter dito que eles se comportariam.

Em um piscar de olhos - adaptada versão Narol Onde histórias criam vida. Descubra agora