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O barulho da chave girando na porta fez Tais saltar de cima do sofá e esconder seus seios e seu sexo com almofadas. E a outra pessoa ao seu lado fez exatamente a mesma coisa, no entanto, Natália ainda assim foi capaz de ver algo antes do total cobrimento dos corpos.
— Taís, de novo? - Natália reclamou chateada.
— Eu pensei que você não viria mais, já viu que horas são? Quase oito da manhã. Achei que finalmente tivesse aceitado sair com a Helena e que dormiria com ela lá.
— O quê? Natália perguntou inconformada. - Eu nem vi aquela garota. Onde estão as garotas, afinal?
— Lara já foi para a faculdade e o Bruno foi fumar maconha com alguna garota que não me lembro o nome. - Natália assentiu e coçou os olhos.
— Certo, podem continuar então, vou subir, tomar um banho e dormir umas duas horas. Ela disse, indo rumo as escadas de madeira envernizadas.
— Onde estava, afinal, se não estava com a Helena - Pedro perguntou não se aguentando de curiosidade.
— Aconteceu algo bizarro ontem e por alguma razão uma garota que estava em coma havia quatorze anos respondeu à minha voz.
— Quatorze anos? Elas está bem? Fala ou anda? Tudo isso de tempo não era para ter comprometido seu cérebro? Taís perguntou surpresa.
— Como chegou a encontrar um caso assim? Pensei que fosse da fisioterapia. Pedro concluiu.
-E sou. - Natália respondeu. - E sobre as perguntas de Taís... Bem, ela fala normalmente, o resto ainda não sabemos. Ela deve passar por uma bateria de exames exaustivos, coitada. - Natália disse em um suspiro.- De qualquer forma, vou sair uns trinta minutos mais cedo para visitá-la. Disse, dando de ombros. - Bom sexo para vocês.
— Obrigada. - Disseram em uníssono e Natália subiu as escadas correndo.
Tomou um banho não tão demorado, pois sentia suas pálpebras pesarem, no entanto, quando finalmente se deitou em sua cama, seus olhos não se fecharam. Seu cerebro não permitia; ele ficava enviando imagens do sorriso de Carol e lembranças do elogio sobre os olhos de Natália
Ela não fez muita coisa após aquele elogio, pois o médico insistiu que ela saisse da sala junto com a Esther, pois precisava realizar uma série de exames. Antes de sair, Esther ouviu o "Mamãe" e caiu no choro intenso antes de abraçar sua filha e prometer voltar logo.
Natália se remexeu na cama e fechou os olhos forçadamente, porém aquele sorriso voltou a invadir seus pensamentos. Natália bufou irritada e se cobriu, mas, segundos antes de dormir, a rouquidão da voz de Carol voltou a pronunciar:
"Os seus olhos também são lindos."
Esse era o maldito problema em nunca receber elogios de mulheres tão lindas: Quando recebia não era fácil esquecer. Tentou evitar, mas um sorrisinho bobo enfeitou seus lábios antes de finalmente conseguir pregar os olhos.
O corpo da garota estava quebrado; ela não deveria sequer ter dormido, pensou, pois se sentia muito pior. Nos olhos havia pingado colírio, já que ardiam intensamente. Seus pés correram o mais depressa possível para dar tempo de visitar Carol.
Assim que chegou na porta a qual tanto ansiava, deixou três batidas suaves na mesma, que logo foi aberta por Esther. A mulher avançou em Natália assim que a viu, envolvendo suas mãos ao redor do pescoço da garota e a abraçando forte.
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Em um piscar de olhos - adaptada versão Narol
RomanceAna Carolina Rozelli tinha apenas seis anos quando seus decidiram tirar as tão famosas férias. Iriam pro Canadá, porém o destino lhes foi cruel, causando o choque em um caminhão desgovernado contra o carro onde estavam durante o caminho para o aerop...