capitulo 45

103 17 3
                                    

- E então, Carol, como anda a vida? Eu tive que me afastar do trabalho e não sei mais nada de você.

- Eu estou muito feliz. - Carol disse sorrindo. Eu senti falta das suas aulas. Você me dava muita atenção. - Carol confessou rindo.

- Com certeza. Quer tomar algo? Champanhe? Vinho? Cerveja? - A garota perguntou e Carol fez uma careta.

- Acho que não devo. - Carol disse. - Digo, você vai beber.

- Vou. - A garota respondeu.

- Não deveria, você disse que vai me levar de carro. Carolina disse e a garota lhe olhou.

- Uma taça não faz mal. Nunca burlou as regras? -- Erika perguntou rindo, mas foi interrompida pelo barulho do celular de Carol.

- Só um minuto.

- Oh, depois você atende. Me conte: Como assim está namorando? - Ela disse rindo. - Essa fisioterapeuta não foi muito ética, hm

- Por quê? - perguntou confusa.

- Porque namorar um paciente não é correto.

- Que bom que não sou mais paciente dela, então. - Carol disse e a garota assentiu.

- Vamos, tome uma taça de vinho comigo. - Erika insistiu e Carol entortou a boca.

- Mas só uma, está bem?

-Está bem. - A garota disse, entregando uma taça a Carol e pegando uma para si. - Está calor aqui não está? - Ela perguntou após finalizar a taça.

-  Um pouco. - disse, vendo a garota retirar a jaqueta de seu corpo.

- Mas então, ai eu fiquei dois dias para ensinar a ele o que você aprendeu em meia hora. - Erika disse rindo enquanto conversavam e Carol sorriu. - Ele é muito burro, às vezes não tenho paciência.- Carol  encerrou o sorriso no mesmo instante, franzindo o cenho.

- A nat disse que cada um leva um tempo diferente. Não deveria ofendê-lo assim

- Desculpe, claro. - Erika disse limpando a garganta.- Deve ser o álcool.

Eu acho que vou preferir chamar minha mãe para me buscar. Já é a sua terceira taça. - Carol disse, vendo Erika encher mais uma.

- Eu dirijo bem mesmo quando bebo.

- Você não entende, não é? - Carol perguntou um pouco Irritada. - Eu fiquei quatorze anos em coma por um acidente de carro. Você acha mesmo que vou entrar no seu carro sendo que está bebendo?

- Heey, desculpe. - Erika disse suspirando e soltando a taça. Prometo não beber mais.

- De dedinho?

- Bem, sim. - Erika disse um pouco confusa e Carol assentiu, vendo a outra se sentar. - Enfim, você viu como sua namorada olhou para mim? Acho que ela não gostou muito de mim. Será que ela vai brigar se você ficar até um pouco mais tarde? Comprei três livros que você vai adorar

- A nat não vai brigar comigo por isso.

- Ela confia assim em você? O olhar dela não pareceu aprovar você vir para cá.

- Nat ela é só um pouco superprotetora, mas eu a entendo. Ela está trabalhando esse lado. - Carol disse.

-Tem certeza? - perguntou e Carol assentiu. - Então vou buscá-los. - Carol assentiu, não percebendo seu celular apitar "bateria fraca".

[...]

-Olá, Esther - disse com um sorriso exausto no rosto.-  Só vim dar um beijo na Carol porque eu disse que passaria aqui, mas estou muito cansada para ficar.

-Huh, pensei que ela tivesse ficado em sua casa. - Esther disse confusa.-  Ela não veio para casa.

- Ela ficou com Erika, uma das professoras dela. - Natália disse.

- Oh. Acho que você quis dizer ex-professora, afinal tem alguns meses que ela não dá aula para Carol.

Natália assistiu sorrindo fraco.

"Uma pequena confusão na hora de se apresentar, normal." Natália pensou.

- Entre, vou ligar para ela. - Natália assentiu e entrou na casa, se sentando no sofá enquanto Esther usava o telefone. - Cai direto na caixa postal.

- Deve ter descarregado.- Natália disse. - Essa Erika é alguém confiável? - Natália perguntou.

- É uma boa moça com um currículo impecável, mas não conheço sua vida pessoal. - Esther disse e Natália assentiu.

- Ela deve ter perdido a noção do tempo. - A menor disse. Parecia que não se viam há muito tempo mesmo. Se incomoda se eu esperar um pouco? Ela ficaria chateada se eu não cumprisse o que disse que faria, no caso: Vir aqui.

- De forma alguma. - Esther disse, se sentando ao lado de Natália

Conversaram por quase uma hora e um sorriso triste cruzou os lábios de Natália ao ver que já havia passado multo tempo.

-Volto outro dia, Carol deve estar se divertindo e eu adoraria esperar, mas estou realmente muito cansada. - Ela disse, se levantando. Precisa de algo?

- Não se preocupe comigo, querida. Estou bem. Esther disse sorrindo gentilmente

- Então já vou indo. Diga a ela para me avisar quando chegar, por favor? Assim fico menos preocupada.

- Direi.- Esther disse, vendo Natália se inclinar e lhe dar um beijo no rosto antes de sair.

Esther assistia televisão quando viu um táxi encostar e a porta ser aberta, para logo Carol entrar.

- Onde esteve, mocinha?

-Com a Erika, mãe. Ela tem uma coleção de livros. Carol disse com os olhos brilhando. - Amanhã ela me chamou para ir lá de novo.

-Oh. - Esther disse. - Natália esteve aqui. - Carol fechou os olhos e fez uma careta.

- Eu esqueci totalmente. - Carol disse. Não vi meu

celular descarregar e quando vi já era noite.

- Ela pediu para você ligar para ela quando chegasse. - Carol assentiu e correu para as escadas. - Carol! - Sua mãe chamou. - Mantenha os olhos abertos, criança. Você pode ser ingênua às vezes, mas eu vi como aquela Erika te olhava.

- Ela é só minha amiga, mamãe. Eu juro. - Esther  sorriu e assentiu.

- Eu sei, meu amor, confio em você. Só estou dizendo para tomar cuidado e ficar de olhos abertos.

- Sim, senhora. - Carol disse, subindo as escadas e ligando para Natália do telefone fixo.

Só chamou, provavelmente Natália dormia ou estava no banho e então Carol colocou seu celular na tomada e mandou mensagem para sua namorada.

Me perdoa não ter chegado a tempo. Meu celular descarregou e perdi a noção da hora. Vem me ver amanhã cedo? Te amo.


Em um piscar de olhos - adaptada versão Narol Onde histórias criam vida. Descubra agora