cap16

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Natália não sabia o que lhe havia levado até onde estava no momento. Depois da quarta cerveja ela havia ficado mais solta, rindo animada enquanto conversava com todos. Suas constantes mudanças de lugar ao longo do dia de deveram à aproximação de Helena o tempo inteiro, esbarrando em sua mão propositalmente, acariciando suas coxas, se deitando em seu colo. Isso definitivamente tirava a paciência de Natália.

Ela não soube quantas cervejas havia tomado no total, mas se lembra de que houve um momento onde se sentiu cansada. Se despediu de todos e subiu as escadas; um banho rápido foi tomado e ela entrou dentro de seu pijama, se enfiando embaixo das cobertas, porém o sono não vinha.

Constantemente a imagem dos olhos verdes aparecia em sua mente, fol então que, de supetão, se levantou, se trocou, se agasalhando bem, e saiu. Nem trinta minutos depois ela se via na recepção do hospital, esperando a autorização de Esther para poder entrar.

Não era permitido mais de uma pessoa passar a noite, mas a quantidade de dinheiro que Beatrice tinha deixava todo o hospital bastante receptivo aos seus pedidos.

- Desculpe vir a esta hora.- Natalia sussurrou para Esther, não querendo acordar Carol- Mas o barulho em casa não me deixou dormir e resolvi vir. Trouxe café.- Ela disse, estendendo o copo de café para a mulher, que aceitou de bom grado.

- Abriu mão de uma cama confortável? - Esther perguntou rindo e Natália assentiu. - Fique à vontade. Vou aproveitar que veio e ir em casa tomar um banho rápido, se importa?

- Se quiser pode dormir por lá. Eu passo a noite aqui. - Natália disse e Esther sorriu.

- Minna filha escolheu a voz certa para ouvir quando decidiu abrir os olhos. - Esther disse gentilmente, vendo Natália sorrir de canto. Pela manhã eu venho, tudo bem? Então eu vou mesmo.

-Certo. Boa noite, Esther.

- Boa noite, norinha. - Esther disse, vendo Natália corar. - Ops, quis dizer Natália. - Esther disse rindo.

A mulher deixou um beijo na tempora de Natália antes de pegar sua bolsa e se retirar do recinto.

- O que foi isso? - Natália perguntou para si mesma, rindo e negando com a cabeça.

Sem protelar, a garota simplesmente retirou seus sapatos e subiu na cama, se aconchegando entre os braços de Carol e caindo no sono em poucos minutos.

[...]

Algo macio, porém que tinha locomoção acordou Natália, fazendo ela abrir um olho, já que o outro estava impossibilitado de ser aberto.

- Dói? - A voz rouca de Carol enquanto um dedo estava cutucando o olho fechado de Natália fez a menina rir.

- Não, Carol - Natália disse, vendo-a colocar a mão completa sobre seu rosto.

- Você consegue me ver assim? - Natália riu e negou.

- E agora? Perguntou, abrindo uma fresta em seus dedos, deixando a visão de Natália levemente aberta.

- Agora sim, mas ainda estou em dúvida.

-Dúvida de quê? - Carol indagou.

- Se eu estou vendo a Carol ou um anjo.- Natália disse. - Ah, não, espera! Ambos são sinônimos. - Disse, vendo Carol apertar seu nariz.

- Consegue respirar assim? - Carol perguntou e Natália mordeu o próprio lábio, tamanha fofura que carol transmitia.

-Só pela boca. - Ela disse, vendo Carol tapar sua boca.

-Consegue falar? - Natália abriu a boca e arrastou seus dentes pela pele da mão de Carol, fazendo a maior rir.

- Não conseguia, mas conseguia morder. - Ela disse, vendo Carol sorrir de forma doce enquanto admirava seus olhos.

Em um piscar de olhos - adaptada versão Narol Onde histórias criam vida. Descubra agora