Indomável como o vento

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No coração da jovem Targaryen, um turbilhão de emoções brotou quando seus dedos delicadamente acariciaram as asas do dragão de um lilás incomum. O magnífico ser possuía escamas prateadas, como se tivesse sido forjado com o mais refinado dos metais preciosos. Ao sentir o toque, o dragão fechou os olhos em deleite, e Rhaenyra não pôde conter um sorriso, embora lágrimas teimavam em lhe umedecer os olhos. Para ela, aquele dragão era mais do que uma simples criatura; era uma lembrança vívida de seu irmão e mãe, uma conexão com o passado que ela tanto amava e temia.

Com uma curiosidade infantil, o dragão esticou suas asas e começou a explorar a mesa, como se fosse um recém-nascido dando seus primeiros passos. Rhaenyra observava com fascínio e tristeza, seus olhos brilhando com a magia do momento, mesmo que seu coração estivesse pesado de saudade.

"Acalme-se", ela disse em valiriano, alto o suficiente para que o dragão pudesse ouvir, pois ele quase escorregara da borda da mesa. "Você ainda é jovem demais para voar", ela acrescentou, rindo levemente enquanto o recolhia em seus braços. "Você precisa de um nome", murmurou para si mesma, deixando escapar um suspiro pesaroso. "Lamento, mas seu cavaleiro partiu antes mesmo de conhecer você ou completar uma lua", continuou, sentindo o dragão se agitar em seus braços. "Você é tão... indomável", concluiu, com um riso melancólico.

Rhaenyra segurou o jovem dragão com firmeza, sentindo o calor suave de suas escamas prateadas contra sua pele. Enquanto o observava, uma tapeçaria de memórias dolorosas e doces desdobrava-se em sua mente, cada cena mais vívida do que a anterior. Ela se sentiu imponente quando sua mãe partiu deste mundo, e igualmente imponente quando viu seus preciosos filhos partir.

Aemma, Baelon, Lucerys, Jacerys, Joffrey, Aegon III, Viserys II e Visenya. Todos eles pesaram em seu coração, e pela primeira vez desde sua jornada temporal, as lágrimas fluíram, inundando sua alma.

"Me desculpe," murmurou, sua voz chorosa ecoando no silêncio da câmara.

Viserys optara por não adentrar o recinto, não estava preparado para enfrentar tamanho tumulto e permitiu que Rhaenyra enfrentasse sozinha. Os olhos de Rhaenyra se desviaram por um momento, retornando quando o dragão soltou um rugido baixo, como se para confortá-la.

O futuro realmente pode ser mudado…," proferiu Nyra, seus olhos fixos no dragão. "Teu nome será... Drakox. Forte como o aço, indomável como o vento." O dragão respondeu com um rugido suave, aceitando o nome designado.

A jovem Targaryen permaneceu ali, em silêncio, absorta em seus pensamentos, enquanto acariciava Drakox. Era como se o tempo tivesse cessado, concedendo-lhe um breve respiro.

"Meu pai precisa conhecer-te," falou, como se o dragão pudesse compreender toda a gravidade de suas palavras. "Ele desejará ver com seus próprios olhos o presente que meu irmão mais novo nos deixou."

A chama do dragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora