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Com o nascimento de Aegon II, a teoria de Rhaenyra se comprovou caoticamente, ela havia retornado aos tempos antigos, antes mesmo de se casar e logo após ser coroada herdeira do trono de ferro. A busca em tomos¹ e as discretas indagações aos meistres² nada ofereciam em resposta ao enigma que assombrava sua mente.Naquele instante, a Targaryen repousava à sombra de uma árvore, no jardim amado por sua mãe, outrora seu refúgio. Suspirou e cerrou o livro que repousava a seus pés, ao ouvir o pranto retumbante de seu meio-irmão, enquanto uma serviçal tentava consolá-lo em vão. Nyra ergueu-se, abandonando o livro, e dirigiu-se à mulher.
"Onde está a mãe dele?" Inquiriu, os braços cruzados em curiosidade, e o bebê pareceu buscar a fonte da voz, cessando momentaneamente seu pranto. Tão pequeno e inteligente.
"A rainha Alicent encontra-se indisposta e solicitou que eu zelasse pelo príncipe", respondeu a serva, com o olhar fixo no bebê, evitando o olhar da princesa herdeira, temendo os rumores de loucura da menina que ecoavam pelos muros dos castelos.
"Dá-me", estendeu os braços. "Dá-me", insistiu novamente, e a mulher ponderou por um momento antes de entregar o infante em seus braços. "Sempre foste um chorão", disse Rhaenyra em valiriano, afastando-se da babá de Aegon. "Talvez deva dar-te a Syrax?" , indagou com divertimento, observando seu meio-irmão abrir os olhos, revelando íris semelhantes à sua. "Tu és verdadeiramente um Targaryen", suspirou, dirigindo-se ao lugar onde estivera sentada, acolhendo o pequeno em seu colo.
Aegon parecia aquietar-se ao sentir o aroma da irmã. Rhaenyra retomou o livro com serenidade, habituada a ler para Jacaerys quando este era tão pequeno quanto Aegon, e sentiu um aperto no peito de saudades. Sentia saudades do cheiro, do sorriso e das vozes de seus filhos.
Aegon exalou suspiros de exaustão enquanto Rhaenyra lia, como se estivesse enfadado com toda aquela leitura. Nyra acariciou suas bochechas rechonchudas e rubras; o menino era verdadeiramente encantador, mas como poderia transformar-se em um bêbado quando alcançasse a idade adulta?
"Eu..." Rhaenyra inspirou profundamente. "Não sei ao certo o propósito de minha volta, mas prometo fazer o máximo para que não usurpe meu trono e meus filhos", sussurrou, sentindo os olhos atentos da criança sobre si, enquanto acariciava suavemente seus cabelos. Aegon pareceu captar a mensagem da irmã e emitiu murmúrios ininteligíveis. Rhaenyra permitiu-se um breve sorriso, que logo reprimiu, decidida a não ceder ao encanto de seu irmão, o futuro usurpador.
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A herdeira legítima dividia seus dias em diversas funções, examinando os possíveis e futuros inimigos, observando o treino dos cavaleiros e ignorando completamente Sor Criston Cole. Rhaenyra também ordenou que Syrax fosse tratada com menos cuidados. A dragão, a partir de então, deveria caçar seu próprio alimento e voar nos céus, sozinha, por um dia inteiro, sem correntes ou cuidadores ao seu redor. Ela precisava que sua menina crescesse forte e habilidosa, encontrando recursos suficientes por conta própria, e se necessário, usaria do fogo de Syrax para queimar a todos, conforme o lema de sua casa: "Sangue e Fogo".
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A chama do dragão
FanficUM CONTO HOUSE OF DRAGONS Após sua trágica morte nas mãos de seu meio-irmão, Aegon II, Rhaenyra Targaryen encontra-se inesperadamente transportada de volta ao passado. Despertando em um tempo onde sua vida ainda está por ser escrita, Rhaenyra se v...