Rainha consorte

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A respiração do pequeno Aegon estava descompassada, enquanto ele corria à frente de Laena, que gritava desesperadamente por seu nome

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A respiração do pequeno Aegon estava descompassada, enquanto ele corria à frente de Laena, que gritava desesperadamente por seu nome. Nada parecia detê-lo, e a criança era guiada por seu coração em meio às lágrimas. Sentia o peito apertar, o medo era evidente em seus olhos. Não poderia perder sua muña, não agora, quando estava dominando o valiriano e tinha irmãos mais novos que precisavam dela. Ele precisava dela com todas as suas forças.

"E tens certeza de que era veneno?" Laenor perguntou, a voz carregada de preocupação. "Onde estão os responsáveis pela inspeção da comida?"

"Assim como o céu é azul, Vossa Alteza. O copo de chá da princesa estava transbordando de um veneno letal, sem antídotos," murmurou o meistre, com os olhos baixos e a voz sombria.

Quando Laena levou o pequeno príncipe para um passeio em Vhagar, Rhaenyra permaneceu sozinha em seus aposentos com as duas crianças menores. Apesar do cansaço, fez questão de verificar todos os detalhes dos bebês, que adormeceram juntos minutos depois. Uma serva bateu à sua porta e deixou uma taça de chá sobre a mesa, conforme solicitado pela herdeira. No entanto, ao tomar o segundo gole, Nyra sentiu sua garganta se fechar. Desesperada, abriu a porta em busca de ajuda. Sor Arryk, que estava de vigia, percebeu rapidamente a situação e chamou o meistre. Não demorou para que ele chegasse e visse o corpo da platinada desabando junto ao seu. Seus lábios estavam pálidos, mas ela ainda respirava fracamente.

A porta se abriu de repente e Aegon entrou, o rosto corado e as roupas amassadas, a ansiedade estampada em sua expressão. Laenor sentiu uma pontada de tristeza ao vê-lo.

"Cadê a muña?" Aegon perguntou, a voz trêmula e os olhos perdidos. Laenor se aproximou, ajoelhou-se diante dele e limpou suas lágrimas.

"Tio Laenor, cadê a muña??" repetiu, a voz mais desesperada.

"Está tudo bem, Aegon..." Laenor o abraçou, tentando acalmá-lo. "Está tudo bem," murmurou mais para si do que para o menino. Céus, sua prima havia sido envenenada perante seus olhos.

"Onde está muña nyra?" perguntou baixinho, quase num sussurro.

"A princesa descansa em outros aposentos, príncipe," interveio o meistre, notando como o corpo da criança tremia. "Ela está bem e deve acordar em breve."

Mas Rhaenyra não acordou naquele dia, nem no seguinte, nem no outro. Ela estava em um sono profundo, o veneno era forte e havia danificado algo dentro de si. Os meistres diziam que a princesa herdeira era uma verdadeira guerreira, lutando contra o Estranho pela sua vida.

Aegon se tornou abatido, chorava todas as noites, sentindo falta da irmã. Laena precisou voltar para casa e nem mesmo as cartas de Astoria e Saaron pareciam animá-lo. O príncipe não comia direito, não corria e nem tinha a agitação rotineira, fazendo com que os servos o rodeassem diariamente, tentando fazê-lo voltar ao normal. Mas Aegon Targaryen só voltaria a si quando sua muña acordasse.

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