O Despertar dos Herdeiros do Dragão

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A Fortaleza Vermelha encontrava-se mergulhada em um silêncio sepulcral há algumas luas

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A Fortaleza Vermelha encontrava-se mergulhada em um silêncio sepulcral há algumas luas. Os corredores antes fervilhantes de sussurros e intrigas estavam agora vazios de murmúrios, uma ordem direta do rei. Nenhum membro da corte ousava comentar sobre o que presenciaram no último evento, quando a princesa herdeira, Rhaenyra, fez uma cena inesquecível.

A coragem de Rhaenyra ao enfrentar os conspiradores e executar justiça com sua própria lâmina vermelha era agora uma lenda. Os corredores escuros da fortaleza ecoariam para sempre o nome da celebração que se seguiu: "A Adaga Vermelha".

Cada detalhe daquela dis foi gravado na memória dos presentes. O brilho cruel da lâmina ensanguentada, o olhar implacável da princesa, o aroma metálico do sangue misturado à essência da herdeira. Cruel, assim passaram a chamá-la. Rhaenyra, a Cruel, ecoava pelos corredores do castelo, tal qual Maegor um dia fora conhecido. A princesa, no entanto, não se importava com tal alcunha, pois sabia que precisava de força e resolução para enfrentar seus inimigos. Ela havia dito ao seu pai que fora perseguida por ladrões e que, por um milagre, conseguiu derrotar todos eles. Nyra preferiu manter em segredo a verdade e decidiu descobrir sozinha o motivo e o mandante do ataque.

Mesmo assim, o nome de Alicent Hightower ainda pairava em seus pensamentos e perturbava seus sonhos. Rhaenyra, ordenou que a segurança de seu irmão fosse redobrada. Apenas os servos em quem ela confiava plenamente passariam a cuidar dele. Nem mesmo Harwin Strong e Criston Cole foram poupados. Eles foram substituídos pelos gêmeos Cargyll, que agora guardavam e acompanhavam a princesa e sua pequena sombra.

Com o passar do tempo, os murmúrios no castelo foram substituídos por novos cochichos. O casamento da futura rainha dos Sete Reinos tornara-se o assunto mais agradável e comentado. Até mesmo Daemon Targaryen, sempre bem informado por seus espiões espalhados por todo o reino, foi surpreendido ao ouvir tais novidades. Ele riu, referindo-se a Sor Laenor Velaryon como a melhor escolha, mas algo dentro dele se partiu lentamente ao perceber que sua adorável sobrinha se casaria com outro. Hora de voltar, pensou ele. E caraxes pareceu animado ao sobrevoar o ar.

Tudo parecia estar em perfeito eixo, e as cartas trocadas entre Porto Real e Pedra do Dragão só reforçavam essa sensação de harmonia. O rei Viserys mostrava-se mais contente do que nunca, sentindo que sua decisão trouxera paz e estabilidade ao reino. Rhaenys, a Rainha que Nunca Foi, compartilhava da mesma felicidade ao ver sua linhagem honrada e fortalecida através da união de sua família com a dos Targaryen. Até mesmo Alicent, se permitiu sorrir, acreditando que agora poderia ter Aegon em suas mãos e moldar o futuro conforme seus desejos.

A noite de celebração estava em pleno vigor. As principais casas de Westeros se reuniram no grande salão, suas cores e brasões reluzindo à luz das tochas e candelabros. O ar estava impregnado de murmúrios e olhares trocados, cada família avaliando suas alianças e rivalidades. No entanto, para a princesa Rhaenyra Targaryen, a ocasião soava tediosa. Era a segunda vez que vivia seu segundo casamento, e as formalidades sociais a deixavam inquieta.

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