Somos feitos de fogo e sangue

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O capítulo a seguir contem cenas de tortura e manipulação

O corpo de Rhaenyra estava imóvel, repousando em um estado de inconsciência profunda

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O corpo de Rhaenyra estava imóvel, repousando em um estado de inconsciência profunda. Em sua mente, ela se encontrava em uma vastidão desconhecida, onde o tempo e o espaço não tinham significado. O primeiro detalhe que a envolveu foi o silêncio absoluto, um silêncio tão profundo que parecia ter vida própria, pulsando ao seu redor como um batimento cardíaco sereno.

De repente, a paisagem começou a se formar ao seu redor. Ela estava em pé em uma colina coberta de névoa dourada, cercada por árvores de cristal cujas folhas brilhavam suavemente com uma luz interna. Cada folha refletia a luz como pequenos espelhos, criando uma dança de reflexos cintilantes. O céu acima era uma tapeçaria de estrelas e auroras cintilantes, movendo-se em padrões hipnóticos e infinitamente complexos. Ao longe, ela podia ver um rio de luz líquida serpenteando através da terra, suas águas ondulando com um brilho prateado e dourado.

Sentindo-se atraída por uma força invisível, Rhaenyra começou a caminhar. Seus pés não faziam som algum enquanto tocavam o chão de névoa, e cada passo parecia levá-la mais profundamente em um mundo de beleza etérea e mistério. Conforme avançava, ela notou figuras espectrais flutuando nas margens do rio, suas formas translúcidas sussurrando segredos e histórias de tempos passados, as palavras indistintas ecoando suavemente no ar.

"Sua hora não chegou, criança," ouviu algo ou alguém sussurrar perto de seu ouvido, a voz etérea sendo levada pelo ar como um suspiro. A herdeira parou, seu coração batendo mais rápido enquanto olhava ao redor em busca da fonte da voz. As figuras espectrais continuaram a flutuar e murmurar, ignorando sua presença. A colina e o rio, o céu estrelado e as árvores de cristal, tudo parecia vibrar com uma energia silenciosa, como se o próprio espaço estivesse vivo e consciente.

Rhaenyra foi puxada novamente, dessa vez respirou fundo, sentindo a paz e a solenidade do local preencherem seu ser. Embora não soubesse exatamente onde estava ou o que isso significava, havia uma sensação de conforto ali. Dois pássaros surgiram diante dela, suas penas se fundindo em um espetáculo de partículas amarelas. A imagem que se formou ali a fez ofegar de surpresa.

"Quando os Targaryen nascem, uma moeda é lançada para cima," disse uma figura emergente, sua voz soando como o murmúrio das folhas ao vento. Ele exalava uma luz serena, suas vestes de seda esvoaçando como uma brisa suave em um campo de flores. Seus olhos eram dois sóis radiosos, e seu semblante, sereno como um lago ao amanhecer. "Sua moeda rolou quatro vezes, Rhaenyra Targaryen."

"E o que isso quer dizer?" retrucou ela, intrigada. "Na verdade, quem é você?"

"Meu nome não importa." Ele a rondou como um dragão, tocando seus cabelos, causando uma sensação estranha. "Sua moeda rolou quatro vezes. Você recebeu uma nova chance de mudar sua vida. Salvar seus filhos, sua coroa, seu marido e a si mesma. Mas os inimigos podem ser maiores, talvez mais cruéis e exagerados. O veneno é prova disso," pontuou. Ele tocou sua pele, causando um calor e frio simultâneos, um formigamento gigantesco que a fez curvar seu corpo.

A chama do dragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora