Azor Ahai

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Helaena e Jace dormiam pacificamente na cama de Rhaenyra, enquanto Aegon estava em seu colo, contando-lhe mais detalhes sobre o dia em que ela ficou desacordada. A luz suave das velas lançava um brilho dourado sobre os rostos tranquilos das crianças, criando um ambiente de serenidade. Mesmo que quisesse, as palavras de Umbros não conseguiam escapar de sua mente. Quando Egg bocejou pela quinta vez naquele momento, sua atenção foi totalmente tomada por ele.

"Então, eu gritei à rainha que ela não era uma boa mãe," falou lentamente, quase letárgico pelo sono, suas pálpebras pesando como se estivessem carregadas de chumbo. Seus dedos pequenos apertavam suavemente o vestido de Rhaenyra, buscando conforto. "Ela me olhou furiosamente e, se não fosse pelo tio Laenor, provavelmente teria dito mais, sabe?" Aninhou-se ainda mais nas pernas da irmã, como um gatinho procurando calor.

Nyra observou o irmão com ternura, suas mãos acariciando suavemente os cabelos dourados dele. Seus dedos se moviam com delicadeza, traçando linhas invisíveis que acalmavam o menino. "Alicent é difícil, mas você fez bem em confrontá-la," disse, sua voz suave como uma brisa de verão que balança levemente as folhas das árvores. Aegon fechou os olhos, relaxando sob o toque reconfortante da irmã.

"Você deve dormir agora," pediu gentilmente, mas o menino rapidamente abriu os olhos e balançou a cabeça, teimoso como sempre.

"Tenho medo de que tudo isso seja um sonho e que eu acorde com você ainda dormindo, muña," murmurou, a insegurança evidente em sua voz. "Não quero dormir, quero ficar contigo."

Rhaenyra suspirou, um sorriso triste formando-se em seus lábios. Ela levantou a mão e acariciou o rosto de Aegon, seus dedos traçando carinho em sua pele macia. "Você pode dormir agora, Egg... eu estarei aqui quando acordar."

Aegon ergueu o dedo mindinho da mão direita, um gesto que sempre os conectava em promessas silenciosas. "Você promete?" perguntou, a esperança brilhando em seus olhos cansados.

Rhaenyra sorriu mais largamente, entrelaçando seu dedo mindinho com o de Aegon e selando o pacto com um beijo suave. "Eu prometo," afirmou com convicção.

O pequeno príncipe suspirou satisfeito, permitindo que Rhaenyra o ajeitasse na cama. Ela puxou as cobertas sobre ele, ajustando-as com cuidado para garantir que estivesse aquecido. Seus olhos então se voltaram para Helaena e Jace, que dormiam virados um para o outro, suas respirações suaves sincronizadas em um ritmo harmonioso. As mãos deles quase se tocavam, um lembrete silencioso do vínculo familiar que os unia.

Rhaenyra sentou-se na beira da cama, observando as crianças com um amor profundo e protetor. Sentiu a responsabilidade e o peso de suas decisões. As sombras dançavam nas paredes, iluminadas apenas pela luz tênue das velas, criando uma atmosfera de tranquilidade e determinação.

Com um último olhar para as crianças adormecidas, Rhaenyra se levantou lentamente, caminhando até a janela. A brisa noturna acariciava seu rosto, trazendo consigo uma sensação de calma e força renovada. Ela olhou para o céu estrelado, suas mãos descansando no parapeito frio.

"Meus inimigos serão derrotados, Umbros," sussurrou para o vazio. "Não falharei desta vez."

A princesa fechou os olhos, absorvendo a tranquilidade da noite. Então, a porta foi aberta cuidadosamente. Era Anessa.

"Você precisa de algo, princesa?" perguntou ao ver que Rhaenyra ainda estava com roupas sofisticadas, muito diferente da camisola que usava para dormir.

Rhaenyra olhou para Anessa, sua expressão séria. "Eu preciso verificar algo. Tome conta das crianças," ordenou.

Anessa assentiu, uma expressão de preocupação atravessando seu rosto. "Claro, princesa. Tomarei conta deles."

A chama do dragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora