UM CONTO HOUSE OF DRAGONS
Após sua trágica morte nas mãos de seu meio-irmão, Aegon II, Rhaenyra Targaryen encontra-se inesperadamente transportada de volta ao passado. Despertando em um tempo onde sua vida ainda está por ser escrita, Rhaenyra se v...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Sobre as nuvens, quase ao longe, a princesa Targaryen avistou as redondezas do sul. O cenário abaixo parecia mais confortável aos olhos e narinas, com a vastidão verdejante e o ar fresco que preenchia seus pulmões. Com um leve toque, incitou Syrax, a diminuir a velocidade. Em seus braços, Aegon repousava em um sono tranquilo, com os cabelos platinados cobrindo seus olhos, ronronando feito um gatinho. Do alto, Rhaenyra aproveitava a vantagem da perspectiva celestial, com olhos ferozes analisando tudo abaixo. As armaduras dos seus cavaleiros reluziam sob o calor do sol, criando reflexos de prata que dançavam no horizonte.
"Vamos descer, Syrax," O dragão soltou um rugido alto e imponente, sem diminuir a batida de suas asas, controlando a descida com destreza. Syrax passou por cima dos soldados que guardavam a entrada do sul, causando uma leve brisa que levantou a poeira ao seu redor, e pousou suavemente diante dos portões.
Os homens ali presentes observavam a cena com olhos abismados, mas não surpresos. Muitos se perguntavam como Rhaenyra conseguia equilibrar a si e ao irmão enquanto comandava um dragão colossal. Benefícios de ser um Targaryen, pensavam. Desceu da montaria com a graça de uma monarca, recebendo prontamente a saudação de Criston Cole e Harwin Strong.
"Qual é a situação?" perguntou Rhaenyra, ajeitando Aegon em seus braços e encarando os homens à sua frente. "Ainda há rebeldes?"
"Pelo contrário, vossa alteza," respondeu Criston. "O sul nos recebeu bem quando chegamos, e houve murmúrios sobre sua possível chegada."
"Isso é bom," murmurou Rhaenyra, pensativa. "Já há algum senhor comandante ou líder que fale por eles?"
"Um senhor de idade comanda boa parte dos cidadãos e está bastante ansioso para falar com a princesa," explicou Harwin, seus olhos ainda fascinados pela presença dela. Rhaenyra notou a chegada de Anessa, sua criada, que viera um pouco antes junto com outras servas, um meistre e uma pequena comitiva de cavaleiros e guardas juramentados. A presença dessa comitiva não parecia assustar o povo do sul; pelo contrário, havia uma expectativa no ar, como se estivessem preparados ou pelo menos disfarçassem bem suas emoções.
"Me leve até ele," ordenou a princesa.
Sor Criston Cole observava a princesa com uma expressão pensativa. Rhaenyra, a herdeira do trono, realmente iria encontrar-se com um plebeu vestido em roupas pretas de montaria? Ela parecia simples demais, seus cabelos trançados sem jóias adornando sua pele, deixando transparecer apenas sua beleza natural, um verdadeiro deleite do reino. Foi Harwin Strong quem tomou a iniciativa, acenando em direção aos gêmeos Arryk e Erryk, que rapidamente se posicionaram como uma barreira protetora ao redor da herdeira. Juntos, conduziram-na até a vila do sul, a mesma que Rhaenyra havia incendiado anteriormente.
Nyra tentou não rir ao lembrar da reação de Otto àquele incidente, engolindo o riso a seco enquanto seu subconsciente a chamava de maluca. "Foi um mal necessário", pensou para si mesma.
