NORMALMENTE EU AMO DORMIR SOZINHO, MAS NÓS NÃO VAMOS REALMENTE DORMIR. VOCÊ NÃO VAI TIRAR FOTOS DE MIM DESPREVENIDO. NA MINHA CIDADE, EU SOU UM DEUS JOVEM, ESSA BOCETA PODE SER TÃO VICIANTE - THE WEEKEND, OFTEN.
❁ Julie Bennett ❁
Três dias depois e não acredito que beijei Jungkook mais uma vez, inacreditável que ele conseguiu abrir uma parte do meu coração que não esperava. Eu, como a maioria das pessoas da rua, soube da gravidez.
Mas o aborto e... quatro bebês?
O verão passado foi um tormento na casa dos Matthews, hoje sei que ainda pior foi o verão dele. Jungkook se culpa pela morte dos irmãos como se tivesse empurrado a mãe de uma escada de propósito pra matar os bebês, a forma como ficou chateado depois que falei de sua tatuagem.
Eu deixei bem na cara que tinha me arrependido, se soubesse o motivo nunca teria feito esse tipo de comentário. Isso é cruel, mesmo com ele, mesmo que ele também tivesse sido cruel comigo a umas longas semanas atrás. Compaixão, uma coisa que não esperei nunca sentir por ele, hoje consigo entender o quão Jungkook tem uma mete perturbada.
Tanto quanto a minha.
Um garoto de dezoito anos que guarda fardos demais e não fala eles pra ninguém. Como que ele esconde isso dos próprios amigos? Como aguenta todos os pensamentos intrusivos que lhe impedem de se sentir alguém útil ou sem culpa pelo que aconteceu? Como que a mãe dele consegue ver o filho carregar essa culpa?
- Você está bastante aérea, é seu aniversário, o que houve? - Hans me cutuca e se joga do meu lado no sofá, observo seus cabelos meio bagunçados e sua roupa social mesmo dentro de casa. Ele segura uma caixa de presente pequena.
- Nada que lhe interesse - devolvo, em três dias descobri que conviver com um polícia da FBI é menos pior do que pensei. Hans parece um jovem aprisionado no corpo de 32 anos, jovem do tipo... bem jovem. E nos demos bem desde a primeira conversa que tive com ele. - Por acaso essa caixa é pra mim?
Olho ao redor procurando minha mãe, sentada na mesa de jantar com Mark e comendo mais um pedaço de bolo estupidamente colorido.
Sinceramente não esperei que fosse receber uma coisa dessas, meu pai tinha me ligado de manhã e me obrigado a comprar um cupcake apenas pra batermos parabéns e minha mãe também tinha me abraçado cedo e me dado um lanche delicioso pra escola.
Mas meu aniversário a cada ano que se passa começa a ser um dia normal.
Então certamente não esperava um projeto de festa quando cheguei da escola. Talia tinha me liberado todos os doces e disse que posso comer o quanto quiser, pensei em não levar a sério isso. Piper infelizmente não pode vim, teve um problema com a avó e foi pra cidade vizinha com a família logo depois da escola.
Obviamente me cobrou o pedaço de bolo.
- É, infelizmente sim - Hans me dá um olhar debochado e me entrega. - Estava pensando em algo que poderia combinar com você, acho que vai gostar.
Abri a caixa devagar e me deparei com um colar lindo prata, fino e com uma pedra roxa redonda. Simples. Um colar solitário de uma marca caríssima aqui nos Estados Unidos. Sorrio largo pra ele e tiro da caixa.
- Não precisava, você é quase uma visita aqui - fungo, é claro que falo isso por pura educação. O colar é absurdamente lindo. - É lindo.
- Eu sei, tenho bom gosto - levanto uma carranca pra Hans. - É uma ametista.
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DOCE TORMENTO • JJK
Hayran KurguBully Romance +18 Dark Romance +18 Viver nos Estados Unidos devia ser um conto de fadas, mas para uma brasileira - a única brasileira de todo o colégio - não era exatamente uma coisa boa. Aparentemente todo mundo ali tinha uma visão de mulher brasi...