Péssima ideia!

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Bianca esperava impaciente o sermão do padre acabar, já faziam duas semanas desde que confessara seus pecados e estava ansiosa para ficar a sós com ele. Suspirou ao finalmente ouvir a benção final e o padre anunciar que estaria no confessionário.

Bianca sempre ficava por último, queria demorar ali dentro, imaginando coisas eróticas com o padre, enquanto suaurrava pecados fingidos. Sua mãe foi a penultima a sair do confessionário, e Bianca percebeu que ela tinha um sorriso safado na boca, o mesmo sorriso quando contou a Bianca o que tinha feito com Phillip!

Bianca sentiu raiva ao imaginar o padre fodendo sua mãe! A mulher era bonita, tinha o corpo curvilíneo e os seios fartos, alem da bunda redonda e grande. Bianca não tinha puxado nada da mãe, Amanda tinha os cabelos negros e lisos, olhos verdes e o rosto perfeito, pequeno e assimétrico. Já Bianca, se achava, branca demais e feia com as sardas espalhadas pelo corpo.

Marchou para fora da igreja a passos rápidos, não iria se humilhar mais para aquele padre, ele que ficasse com a mãe! Suspirou indo em direção aos fundos da igreja e pegando o atalho de sempre, mas dessa vez ao invés de ir para a escola, entrou a direita indo em direção ao lago. Bianca conhecia aquela cidade como a palma da mão, fez aqueles atalhos tantas vezes na vida, que achava que o caminho ali, fora feito por suas pegadas.

Suspirou ao olhar as duas cadeiras no deck vazio, limpou um lágrima e sentou-se em uma, olhando a vista, de tirar o fôlego do lago, mas Bianca não sentia mais aquilo, não depois de perder o pai ali, afogado!

Chorou mais um pouco imaginado se sua vida teria tomado um rumo diferente se o pai ainda estivesse vivo, será que a mãe teria menos ódio dela? Bianca não culpava a mãe por odiá-la, perdeu o marido cedo demais por culpa da filha, e passou por maus bocados para criá-la.

Bianca gostava de pescar com o pai e brincar ao redor do lago enquanto o homem se concentrava em pegar peixes, mas um dia Bianca quando ela tinha oito anos, escorregou do barranco, caindo na água e se debatendo por não saber nadar. O pai pulou na água e pegou a menina, mas um redemoinho o puxou para baixo e a menina por um milagre foi puxada para fora por Phillip, mas o pai não consegui sair. Dois dias depois o corpo apareceu nas margens do lago e desde aquele dia a menina foi desprezada pela mãe!

Depois de dois anos, sem poder pagar as contas e despejadas de casa, elas precisaram voltar para a casa da avó, que nunca reclamou de sustentá-la, mas Amanda odiava os sermões que a mais velha lhe dava, não aprovava a vida vadia da filha, que trabalhava no único restaurante da cidade. A avó era contra, porque sabia que ali, a noite era um local de prostituição e libertinagens, e sabia no que a filha trabalhava.

Bianca só percebeu que já estava tarde quando sua barriga roncou. Suspirou ao constatar que estava ali sozinha no meio do breu, iluminada apenas pela lua. Levantou da cadeira e começou a caminhar pela trilha, mas alguns minutos depois começou a ouvir passos atrás dela, pensando estar imaginando coisas, parou e os passos também pararam. Suspirou tentando acalmar o coração que batia descontrolado e voltou a caminhar, mas os passos recomeçaram atrás dela novamente.

Dessa vez Bianca tinha certeza que estava sendo seguida, seu corpo entrou em alerta e ela começou a andar mais rápido, sentindo os batimentos acelerados do coração e a respiração começar a acelerar. As mãos de Bianca suavam e as pernas tremiam, a bile subiu por sua garganta e a cabeça começou a rodar.

Os passos pesados aceleraram atrás de Bianca, quebrando os galhos e as folhas secas caidas pelo chão e ela começou a correr desesperada, não conseguia gritar pois os pulmões queimavan e a boca tentava passar o ar que ardia por sua garganta. Bianca sentiu seu perseguidor perto e correu mais rápido sentindo as pernas queimarem, ele iria pegá-la, senhor, ele iria.

Padre Cameron - Renda-se ao Pecado...Onde histórias criam vida. Descubra agora