Interessante!

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Matteo Denaro

Três dias, esse é o tempo que a garota está desacordada deitada na cama desse hospital!

Quando cheguei no quarto e a vi na banheira, senti como se alguém estivesse me sufocando, apertando meu pescoço não deixando o ar passar por minhas vias aéreas e fazendo meu coração parar por alguns segundos. "Ela está morta!" foi o que o meu cérebro gritou dentro da minha mente. Forcei minhas pernas até ela, me ajoelhei no chão e coloquei a mão em seu pescoço, sentindo sua pulsação fraca e soltando o ar com força, ao constatar que ela ainda estava viva!

- LUCA! - Gritei para o segurança, que estava do lado de fora do quarto e em cinco segundos ele entrou, com a arma em mãos.

- Senhor? - ele arregalou os olhos ao ver o sangue da garota por todo o chão.

- Chame o doutor Falcone! - Ordenei enquanto amarrava os pulsos da garota e ele rapidamente saiu, voltando em dois minutos com o médico ao lado.

Eu já havia colocado a garota na cama quando ele chegou e rápidamente começou a examiná-la, e em menos de dez minutos ele já havia colocado uma bolsa de sangue e os pontos necessários nos pulsos dela. Nós sempre tivemos um médico na casa, já que não podíamos ficar em hospitais para nossa segurança, já que era normal alguém levar uma bala, devido às atividades da família e o doutor falcone, além de nosso médico era meu tio, irmão da minha mãe biológica.

- Ela precisa ir para um hospital, Matteo! - ele me olhou sério.

- Não! - rosnei - ela não estará segura fora da minha casa.

- Prefere que ela morra? -  falou irritado - Não tenho o suporte necessário aqui para cuidar dela, para fazer os exames que ela precisa! Além da perda de sangue, ela está desidratada e fraca, talvez não sobreviva!

Supirei cansado e coloquei os cotovelos nos joelhos e o rosto entre as mãos, a garota preferia morrer a ficar comigo. Ri mostrando o lunático que sou, deveria deixá-la morrer já que ela quer tanto, há uma fila para substituí-la, basta eu querer! Mas a porra do meu coração batia acelerado só de pensar em perdê-la.

- Faça! - ordenei e o médico saiu apressado em busca de uma ambulância.

Fiquei olhando ela respirando devagar, não entendia o que sentia por ela, não é amor eu sei, não sinto esse tipo de sentimento banal. Bianca é  meu vício, minha obsessão desde que a vi a primeira vez em Helsinki. Ela não sabia, mas já era minha antes mesmo de me conhecer na ilha.

Dois anos antes de ser transferido para a ilha, quando vi a garota andando distraída pelas ruas de Helsinki e sorrindo inocente, soube naquele momento que ela seria minha!

Eu estava em frente a uma cafeteria, esperando Connor sair, quando uma cabeleira ruiva refletindo a luz do sol, me chamou a atenção. Ela parecia a porra de uma chama e eu a mariposa, fascinado por sua luz, desejando ir em sua direção, sem me importar se me queimaria ou não!

Fiquei vidrado nela, e quando desci meus olhos e vi a boca em formato de coração aberta em um sorriso inocente e seu corpo pequeno, com curvas nos lugares certos, meu pau pulsou na calça e o ciúme ardeu em meu peito ao pensar em outro homem recebendo seu sorriso e tocando seu corpo. Eu mataria qualquer filho da puta que a tocasse!

Decidido, andei até ela e deixei que ela viesse de encontro a mim, e como estava distraída, bateu com tudo em meu peito, me fazendo vibrar com o contato do seu corpo quente no meu. A primeira coisa que senti foi o cheiro doce dos seus cabelos, minha vontade era fechar meus olhos e descer meu nariz por seu pescoço e lamber a região, queria saber se sua pele tinha o gosto doce também!

Padre Cameron - Renda-se ao Pecado...Onde histórias criam vida. Descubra agora