POV Aro

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Voilá! Lá estava ela, a assassina! Como era linda! Aqueles olhos negros, frios e profundos estavam me deixando excitado. Uma obra prima! Digna de ser uma Volturi. E ela era minha! Talvez minha maior criação. Sentia-me emocionado com aquele momento. Aquela fragilidade, misturada com força e frieza, era tudo que a guarda Volturi precisava. Alguém que não se influenciasse por sentimentos desnecessários, que matasse sem um pingo de piedade. Era como se eu pudesse me ver naquele olhar, que por sinal estavam direcionados a mim. Sentia calafrios percorrendo meu corpo. Ela me olhava com tamanha indiferença que eu sentia que só a pressão poderia me esmagar. Sorri. Era exatamente assim que eu gostava. Sentia algo parecido com a adrenalina tomando conta de mim. Aquele perigo iminente, aquela insegurança de saber se seria atacado ou não, era tudo prazeroso demais. Eu ansiava por ver sua força, por ver sua habilidade, por ver o quão bela era sua vontade de matar. Ah! Eu mal conseguia me aguentar de ansiedade.

– Seja bem-vinda, Sophie Volturi! – eu disse saudoso, de braços abertos.

Ela me olhava calada. Podia sentir que ela me engoliria só com o olhar. Ela estava muito quieta. Achei aquilo estranho. Pensei que ela nos atacaria sem nenhuma dó. O que raios ela estava esperando? Eu queria vê-la lutando! Foi para isso que eu a forcei aquela situação. Esperava que ela não me decepcionasse.

– Vamos, não seja tímida. Quero que me mostre do qu...

Não consegui terminar. Assustei-me com o estrondo a minha frente. O que aconteceu? Eu não consegui sequer ver um único movimento. Só a vi sendo arremessada para trás. Ela derrapara agachada, tentando parar. O que tinha acontecido? Olhei ao meu redor e vi Renata no chão, com a mão no peito como se estivesse cansada. O que acontecera? Eu precisava saber.

– Renata, o que você fez? O que aconteceu? – perguntei ansioso por saber.

– Eu na-não sei. Não con-se-segui ver. Tudo que sei foi que algo extremamente forte acertou a barreira que faço te cercando.

Meus olhos se arregalaram. Ela tinha me atacado! Ela finalmente estava tentando me matar. E se não fosse pela barreira de Renata, ela teria me matado e eu sequer teria visto. Esplêndido! Gargalhei alto. Era isso que eu queria! Aquela força era descomunal! Capaz de deixar uma vampira forte como Renata naquele estado, como se tivesse usado quase toda a força para detê-la. Eu sabia que ela não me decepcionaria! Mas eu precisava tomar cuidado. Mais um descuido e eu poderia morrer em suas mãos. Eu não podia subestimá-la e nem abaixar a minha guarda. Olhei para ela novamente. Agora ela estava em pé, olhando para o chão. Provavelmente estava pensando em algo. Fiquei apenas observando. Eu precisava pensar em uma forma de imobilizá-la ou todos estaríamos mortos em um piscar de olhos. Alec poderia impedi-la de se movimentar enquanto Félix poderia se aproximar e nocauteá-la. Mas será que Alec teria força o suficiente para imobilizá-la. Ela não estava mais vulnerável como antes, então Jane não poderia fazer nada.

– Renata, preciso que crie um escudo ao redor de todos. – disse.

– Mas mestre...

É uma ordem! – falei mais firme.

Ela se concentrou e eu senti a barreira nos envolver. O próximo passo seria imobilizar Sophie. Mas eu precisava de uma abertura, algo que pudesse tirar sua atenção. No estado em que ela estava, não teria nenhum efeito continuar torturando Carlisle. A essa altura ela também o considerava uma presa. O que eu poderia fazer? Olhei para ela, que continuava parada olhando para o chão. O que ela pretendia agora? Alguma coisa a estava impedindo, ela estava calma demais. Talvez esse fosse o momento certo. Eu tinha que agir rápido.

– Alec! Preciso que use suas habilidades! Tire os sentidos dela, quero que ela se torne incapaz de se mover! Agora!

Alec se concentrou. Ela, que antes olhava para o chão, olhou diretamente para Alec. Aquele olhar não era frívolo, era cheio de ódio, vontade de matar. Ela o estava ameaçando. Senti que Alec estava fazendo mais força que o normal. Ela deu um passo para trás, como se estivesse sentindo os efeitos do poder de Alec. Mas, logo em seguida, firmou os pés no chão e colocou uma das mãos na corrente que a prendia. É claro! As correntes continuavam bloqueando seus poderes! Isso quer dizer que... Se ela quebrasse, a situação ficaria crítica.

Lágrimas de amorOnde histórias criam vida. Descubra agora