POV Carlisle

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Alguma coisa estava errada. Como Sophie conhecia Jake? O que Jake sabia sobre ela que não podia falar? Ela estava escondendo alguma coisa. E isso me desagradava muito. Eu até compreendia sua dificuldade de confiar em nós, mas aquele comportamento que ela acabara de demonstrar não era de quem desconfiava. Ela estava com medo. E eu sabia muito bem do que ela tinha medo. Desde que a conheci ela ficava se escondendo dentro de si mesma. E a conversa que tivemos, só me fez ter certeza. Eu sabia que ela estava confusa, mas existia algo que ela sabia e que, pelo visto, era de suma importância para entendermos grande parte daquela tormenta que ela vivia. Se Jake sabia, não via porque eu também não poderia saber. Eu exigiria que ela me explicasse aquilo.

Ouvi um estrondo que me tirou dos meus devaneios. Vi uma nuvem de poeira subir da direção em que Sophie estava com Jake.

– Carlisle! – Esme me chamou a atenção, aflita.

Desesperei-me. O que poderia ter acontecido? Será que era um vampiro atacando Sophie? Desse jeito ela não conseguiria se segurar, ia acabar lutando. Ela já estava com a mão queimada, se usasse seu dom poderia causar danos maiores. Mesmo sendo uma vampira, poderia demorar dias para se curar. Corremos naquela direção e, qual não foi minha surpresa ao ver que, um vampiro estava agarrado no pescoço da MINHA filha.

– SOPHIE!! – gritei desesperado.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, Jake se transformou no lobo gigante que estávamos acostumados a ver. Ele foi em direção do vampiro para atacá-lo, mas foi impedido por um grito.

– NÃO! – Sophie gritou.

Logo depois de gritar ela começou a forçar as mãos do vampiro e conseguiu se livrar dele. Ele tentou acertá-la, mas ela desviou e lhe deu um soco no rosto. Ele saiu voando, destruindo algumas árvores. Mas logo voltou, parando em cima de um galho de árvore.

– Pelo visto você é realmente tudo que a lenda diz, não é? – o vampiro falou debochado.

– Você não sabe onde está se metendo. – Sophie respondeu com aquela voz frívola.

Sophie, venha pra cá. Eu já disse que não quero te ver lutando. – eu disse firme.

– Ora, ora, ora! Se não são os Cullen?! Os vampiros mais famosos do momento. E pensar que os Volturi decaíram ao ponto de se submeterem a essa ralé. – o vampiro deu uma gargalhada sonora.

– O QUE DISSE? – Bella se exaltou, rosnando.

– Bella, não! Ele só está nos provocando, não dê ouvidos. – segurei minha filha e me voltei para o vampiro. – O que você quer?

– Não me diga que você não sabe?! – ele voltou a rir. – Quer dizer que você não sabe quem essa garota é e ainda permite que ela viva com seu bando? Tem que ser muito idiota. – ele falava de um jeito tão debochado que até eu tive vontade de lhe dar um murro.

– Acho que isso não é da sua conta, não é? – respondi secamente.

– Tem razão. Até porque você ainda vai sentir as consequências dessa sua tolice. – ele falou, agora, sério.

– O que quer dizer com isso? – perguntei ansioso até demais.

– Por que não pergunta para ela? Ela não é nenhuma vítima nessa história toda. Afinal, ela é...

Ele não terminou de falar. Foi atacado por Sophie, que foi para cima dele, o derrubando da árvore. Ela começou a apertar a garganta dele e vi que sua mão começou a incendiar. O vampiro começou a gritar, mas ela não parava. Parecia usar mais força e o fogo em suas mãos apenas aumentava.

Lágrimas de amorOnde histórias criam vida. Descubra agora