Eu cheguei em casa e meu pai estava com a Sophie no escritório. Eu já sabia o que acontecia lá e até senti um pouco de pena dela. Ok, não era só porque ela estava tomando uma surra. Eu sentia pena por muito mais do que isso, pois sabia que aquele era o menor de seus problemas. No dia seguinte ela teria que enfrentar algo bem pior. Cara! Eu ainda estava indecisa! Se eu fosse conversar com meus pais, com certeza daria para trás. Não era isso que eu queria. E aquele vampiro tinha sido claro; se eu estivesse blefando eu me arrependeria. O problema é que não conseguia tirar da cabeça que, não importa a decisão que eu tomasse, eu me arrependeria de qualquer jeito. Por isso achei melhor não falar com ninguém! Eu queria ficar sozinha, eu tinha que pensar! Subi direto para o meu quarto e tranquei a porta. Deitei em minha cama e afundei meu rosto no travesseiro. Várias perguntas me vinham à mente. O que aquele vampiro faria com Sophie? Será que a machucaria? Será que a torturaria? Será que faria algum tipo de experiência, já que ele parecia um cientista maluco? Ou será que ele só queria matá-la, como aquele outro que nos atacara? E por que raios eu estava pensando nisso? O que ele faria com ela não importava! Tudo que eu queria era me livrar daquela tormenta e fazer com que os dias de paz voltassem a reinar em nossa casa. Eu sabia que com Sophie ali, isso não seria possível. Ela estava com a gente tinha menos de dois dias e eu já tínhamos sido atacados por um vampiro e eu tinha acabado de ser chantageada por outro. Era perigoso demais!
Bufei contra o travesseiro. Eu achava justo o que estava fazendo, mas a dúvida permanecia. Será que se eu contasse para meus pais, mudaria alguma coisa? Será que poderíamos salvá-la? Será mesmo que eu não estava sendo cruel? Culpa, culpa e mais culpa. Eu nem tinha feito nada ainda e já estava me corroendo em culpa. Será que não seria melhor ouvir o que meus pais tinham a me dizer antes de tomar qualquer decisão? Quer dizer, eu sabia que podia confiar neles, mas eles estavam cometendo um ato tremendamente insano. Eles sabiam que ela era uma assassina. Eles a viram matando! Será que não era meu dever colocar um pouco de juízo na cabeça deles? Por mais responsáveis que fossem, sei lá, pareciam estar cegos de amor por aquela pirralha. Eu não conseguia gostar dela! Ela estava se aproveitando da boa vontade e ingenuidade dos meus pais para encontrar um lugar para morar. Afinal, pelo que entendi, ela não tinha casa e nem família. Era uma interesseira! E meus pais estavam caindo como patinhos. Espera! Será que era isso mesmo? Afinal, ela recusara entrar para a família tantas vezes. Será mesmo que era tão interesseira assim? Talvez apenas tivesse fingido desinteresse para que suas reais intenções não viessem à tona. Ou talvez ela, realmente, precisava de ajuda. AH! Aquilo estava dando nós na minha cabeça!
Eu não tinha que ficar pensando em nada daquilo! Eu tinha tomado a minha decisão por motivos simples. Primeiro, eu não gostava dela. Segundo, ela só traria problemas para nós. Edward podia ter caído nessa história de menina coitadinha que precisa de ajuda e Bella só aceitara aquilo porque tomara uma surra do papai. Mas eu não me daria por vencida. Eu era a única que tinha condições de fazer meus pais pensarem racionalmente de novo. Eles estavam tão sem noção que resolveram chamar aquele cachorro fedorento de filho! Como se já não bastasse a psicopata, agora tinha também aquele cachorro dos infernos! Era muita loucura. Não tinha o menor cabimento continuar com aquela palhaçada. E, pelo visto, quem estava encarregada de dar um fim naquilo era eu.
Ouvi batidas na porta. Meu pai ainda estava no escritório com a pirralha, então só podia ser uma pessoa.
– Filha, abre a porta pra mamãe. – Esme falou.
– Não, mãe! Quero ficar sozinha. – disse.
– Mas seu pai vai querer conversar com você, princesinha. – ela insistiu.
– Deixa pra amanhã, mãe. E-eu estou com um pouco de dor de cabeça, não estou me sentindo muito bem. – menti.
– Está se sentindo mal? Vou chamar o Carlisle para que te examine, então. – droga! Eu tinha que inventar aquela desculpa sabendo que tinha um pai médico?
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Lágrimas de amor
FanfictionPrimeira fic de Twilight. Carlisle se encontra acidentalmente com alguém. Mas esse encontro irá mudar não só sua vida, como também de toda família Cullen. #ATENÇÃO: Spankfic# #Contém palmadas disciplinares. Não gosta, não leia.# Twilight não me pert...