𝐀 𝐓𝐞𝐮 𝐄𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨/ 𝐃𝐮𝐬𝐤𝐰𝐨𝐨𝐝

capítulo 2

O som estridente do despertador arrancou Phellipp do sono profundo. A noite passada havia sido exaustiva, e ele só conseguiu levantar um braço em busca do aparelho, tateando até encontrar seu celular para conferir as horas.

6:30.

Irritado, ele se levantou a contragosto, lembrando-se do trem das oito para Duskwood.

Depois de tomar um banho gelado, apressou-se para encontrar uma roupa. Optou por uma calça jeans mais folgada, uma camiseta branca e sua jaqueta de couro preta, que era sua marca registrada. Com o estômago vazio, ele decidiu que comeria algo na estação, não queria mais perder tempo.

8:30

Phellipp já se encontrava no caminho para Duskwood. Seria quase um dia todo de viagem. Ele viu as mensagens que Lilly havia mandado na noite anterior com todas as informações de uma pequena casa, um pouco afastada da cidade.

Às 19h10, ao descer do trem, Phellipp encontrou uma pessoa sorridente o encarando.

-Nossa, você é bastante alto!- disse Lilly, aproximando-se com um enorme sorriso, pronta para um abraço.

-Acho que você é que é muito pequena- respondeu Phellipp, retribuindo o abraço.

Lilly vestia uma camiseta branca e um jeans social, com um par de tênis nos pés.

-Bem-vindo a Duskwood, Phellipp!- disse Lilly, sorrindo calorosamente. -Estou tão feliz que você veio.

-Obrigado, Lilly. Estou ansioso para conhecer a cidade - respondeu Phellipp.

-Eu sei bem o que você quer conhecer - Disse Lilly sorrindo, dando-lhe um tapinha no ombro. -Agora, vamos para a sua casa. Tenho certeza de que você quer descansar.

Eles pegaram as malas de Phellipp e saíram em direção ao um carro esportivo vermelho.

-Eu nem acredito que estou te conhecendo depois de longos três anos - sua empolgação era visível enquanto caminhávamos em direção ao seu carro.

- Antes tarde do que nunca, né? - Sorriu, colocando sua mala na parte de trás do carro.

- Mas me diz aí, o que está fazendo por aqui? - perguntou, entrando dentro do seu veículo. - Eu sei que não está aqui por diversão ou para passar férias.

- Eu não posso visitar meus amigos? - Se fez de ofendido, passando o cinto de segurança.

- Qual é, Phellipp, pode achar que não mais eu te conheço. Anda, veio fazer o que aqui? - sua atenção estava em mim outrora na avenida.

- Tô em um outro caso criminal, fui contratado para investigar um suposto suicídio.

- Você não está falando do sr. Monteiro, está? - sua voz era em tom de confusão.

- Sim, este mesmo, Henrique Monteiro. Você o conhecia?

- Não... quer dizer, há muito tempo atrás eu deixei meu currículo na sua empresa, mas não fui aceita. Mas você sabe que ele se suicidou, né? - perguntou com um enorme ponto de interrogação no rosto.

- Sei, mas a filha quer que eu investigue e é o que eu vou fazer.

- Entendi...

Lilly disse que estávamos perto, estávamos passando pela cidade, íamos para casa que ela alugou e depois ela ia me levar para conhecer a cidade, o que estava me deixando com medo.

Depois um tempo em silêncio, Phellipp resolveu perguntar o que lhe estava atormentando.

- Você sabe como ela está? - Encarava a cidade passar pela janela, sem coragem de olhar em seu rosto enquanto ela lhe falava a verdade.