capítulo 1

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Três anos se passaram desde que o grupo se separou em Duskwood. Hannah já havia cumprido dois anos de sua sentença de cinco por homicídio e ocultação de cadáver. Thomas, fiel à sua promessa, a esperava pacientemente. Ele a visitava na prisão todos os fins de semana, trazendo notícias do mundo exterior e compartilhando suas esperanças e sonhos para o futuro.

Cleo, por sua vez, havia se dedicado ao trabalho voluntário junto com sua mãe em várias ONGs em Duskwood. Ela ajudava pessoas em situação de vulnerabilidade, oferecendo apoio e esperança. O trabalho voluntário a preenchia de propósito e a ajudava a lidar com o trauma do passado.

Lilly conseguiu abrir sua empresa e trabalha duro para mantê-la.

Jessy... bom, eu não tenho notícias dela e nem de Dan já tem um tempo.

Suspirei alto, deixando a ficha criminal em cima da mesa bagunçada. Era mais um dia normal em que eu estava tentando resolver mais um crime; eu estava exausto.

- Cara, quanto tempo tá' sem trepar'?
  
Isaac entra derrepente na minha sala ou eu só não percebi quando ele entrou.

- Isaac, você tá' doido para me dar, não é? - Cruzei os braços sobre o peito, encarando-o com um sorriso no rosto.

- Bem que você queria - disse, puxando uma cadeira para sentar de frente para mim - Mas falando sério agora, vo-

- Você sabe o que é isso? - Disse com um sorriso sarcástico no rosto - Falar sério?

- Não fode, cara, o assunto é importante - disse revirando os olhos.

-Recebi uma ligação do chefe de polícia de Duskwood, Alan Bloomgate. Eles estão com um caso de suicídio que abalou a cidade, sabe como é, cidade pequena, todo mundo fica sabendo - disse debochado.

- Tá, mas se foi suicídio, o problema já foi solucionado - disse meio óbvio.

- Acontece que a filha entrou em contato com o chefe de polícia e alegou que acredita que o pai não se matou.

- E por que ela acha isso? - arqueei uma sobrancelha, prestando mais atenção no caso.

- A filha disse que o pai era um homem feliz e que não tinha motivos para tirar a própria vida. Ela também disse que ele estava planejando uma viagem com a família para a semana seguinte, o que não faria sentido se ele estivesse pensando em se matar.

- Hum,E o que a polícia encontrou na cena do crime?

- Eles encontraram uma carta de suicídio, mas a filha disse que a letra não parece ser do pai. E claro, a arma ao lado do corpo.

- Isso é estranho. A filha tem algum suspeito?

- Ela disse que o pai estava  tendo alguns problemas financeiro na empresa.

- Hmm,Você poderia me enviar todas as informações que você tem sobre o caso?

- Claro,Vou enviar tudo para você agora mesmo, Mas tem uma coisa que eu não contei, acho que é importante. - Um sorriso amarelo surgiu em seu rosto.

Lhe encarei sério - E o que seria importante que você não me disse?

-O caso já está arquivado, o cara está enterrado e não havia pistas que provassem o contrário do suicídio.

- Mas como eles têm dinheiro, eles contratam um Detetive para investigar, certo? - disse, chocando a costa na cadeira, cansado de toda essa rotina - Ainda bem que você achou que essa informação era importante - disse revirando o olho.

- E como você está sendo pago para isso, você vai para Duskwood amanhã mesmo - disse, levantando-se da cadeira, pronto para caminhar rumo à saída.

𝐀 𝐓𝐞𝐮 𝐄𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨/ 𝐃𝐮𝐬𝐤𝐰𝐨𝐨𝐝Onde histórias criam vida. Descubra agora