𝐀 𝐓𝐞𝐮 𝐄𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨/ 𝐃𝐮𝐬𝐤𝐰𝐨𝐨𝐝

capítulo 6

Capítulo dedicado para esse bebêzin Oliveira_2412 uma fofa (O) ❤️

Boa leitura!
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9:33 am

A sala estava em completo caos. Papéis se amontoavam na mesa, formando um monte desordenado, e a lousa branca, antes imaculada, agora era um labirinto de anotações e diagramas.

Philippe, estava de frente para a lousa, os braços cruzados sobre o peito, a testa franzida em concentração. Seus olhos percorriam as imagens, interligadas por linhas e setas, como se estivessem sussurrando segredos que ele tentava decifrar.

O silêncio da sala foi quebrado por três batidas na porta, como um pedido silencioso de permissão.

- Entre - disse Philippe, sem tirar os olhos da lousa, sua voz quase um murmúrio.

O oficial que o acompanhava, entrou na sala com uma expressão indecifrável. Ele observou o detetive, tão absorto em seu trabalho, tão focado, Philippe sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Era como se o homem carregasse um peso, uma escuridão que transbordava por seus olhos. Fechando a porta atrás de si, sem vontade, suas palavras voaram no vento.

- Detetive Philippe, aqui está a lista de suspeitos que me pediu. - Uma voz grave, ríspida e com leve tom de raiva.

Finalmente, virando-se, Philippe encontrou um olhar frio; suas íris escuras eram como uma faca afiada no peito do detetive. Se pudesse, o matava ali mesmo, apenas com o olhar; tinha certeza. Bryan era um homem nos seus trinta e poucos anos, com um rosto marcado por linhas de expressão que pareciam gravadas a ferro quente. Sua postura era rígida, como se estivesse pronto para atacar a qualquer momento.

Expressão controla, mas havia algo em sua presença que parecia calculado demais, como um ator que encarna um papel um pouco além do necessário.

Seu uniforme estava impecável, sem um vinco fora do lugar, mas o olhar cansado e a barba por fazer traíam uma rotina exaustiva - ou talvez uma mente pesada com segredos. O cabelo curto estava bem penteado, embora uma mecha insistisse em cair sobre sua testa.

Os olhos preto, profundos e aparentemente neutros, carregavam uma camada extra de opacidade. Eles eram como janelas que se recusavam a abrir, revelando o mínimo possível, mas atentos a cada detalhe à sua volta. Quando encarou Philippe, seu olhar não transmitiu o respeito esperado de um subordinado para com seu superior. Era frio e ponderado demais, como se avaliasse o detetive em busca de fraquezas - ou calculando algo que não ousava expressar.

Ao entregar a lista de suspeitos, seus dedos permaneceram sobre o papel por um instante além do necessário, quase imperceptivelmente. O gesto era sutil, mas Philippe percebeu: havia ali uma hesitação, um pequeno traço de relutância. A voz de Bryan, baixa e quase arrastada, parecia carregar um peso que não combinava com a simplicidade do recado.

Não havia arrogância explícita, mas havia algo na sua entonação que deixava uma dúvida no ar, como se aquelas palavras contivessem mais do que diziam.

- Obrigado, Bryan. - Philippe tentou manter a voz calma, apesar do desconforto que sentia. - Posso analisar isso com calma?

- Faça o favor. - Bryan lançou um olhar gélido para a lista que entregou.

O detetive deu uma rápida olhada para a lista e viu que tinha muitas informações que poderia levar dias para conseguir, como ele conseguiu?

- Só me diga por quem você quer começar que eu vou em busca de uma intima-...