Introdução

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Me|

Jessy... eu ia te contar... Eu juro que ia, por favor, tente me entender.
18:56


Ruivinha|
Entender seu lado??E o meu lado da história Phellipp??Como eu fico??
18:56

Você não tinha o direito de esconder isso de mim!!
18:57

Eu confiei em você!
18:57

Você me disse que não me machucaria, lembra?... E adivinha só? Você acabou comigo e com minha confiança.

Me|
Amor...Eu errei, eu sei, mas eu queria te proteger, eu estava pensando em você! Como eu ia imaginar que ele tiraria a própria vida?
18:58

Jessy???...
18:59


Ruivinha|
Phellipp... acho melhor a gente resolver isso em um outro momento, eu não quero mais pensar sobre isso agora. Eu preciso de um tempo pra mim e, quando eu estiver pronta, eu te mando uma mensagem.
19:00

Me|
Tempo... entendi...tudo bem, eu vou estar aqui esperando sua mensagem.
19:10


19:20

10 minutos se passaram, e eu ainda encarava o ecrã da minha tela, reanalisando aquelas mensagens.

Uma hora passou e eu finalmente decidir que iria esquecer aquela conversa de minha memória.

19:45

A morte lenta da noite se aprofundou enquanto a minha solidão tomava conta da minha atmosfera. A pinga fria da humilhação me cegava como a noite mais escura. Cada respiração era uma agonia, a angústia me sufocava e minha vontade se desvanecia com cada minuto que eu ficava no chão.

Mergulhando no acaso da noite, me encontrava jazendo sobre o chão frio, encostado ao sofá de couro usado, fervorosamente virando uma garrafa vazia de uísque da qualidade mais vagabunda.

Qual a diferença? Tudo é uma porra crua mesmo, é um tormento para mim. Forçado a enfrentar um crime por qual eu não queria mas era meu trabalho! Maldito trabalho. E tudo isso para que?

E foi ali, em meu chão de apartamento, com o coração rachado e a garrafa de uísque ao lado, que comecei a me questionar: O que eu fiz de errado pra merecer isso? Tudo isso, todo aquele caos pra eu me apaixonar por uma garota que me deu um pé na bunda? Que grande merda!

O que foi o suficiente para imagens de seu rosto aparecerem em minha mente como flash.

Lembrar do rosto dela, me atinge uma dor sem igual. Lembrar da figura angelical e dos cabelos ruivos me abrasa de angústia. acompanhada pela dor e pela tristeza de um amor perdido.

Jessy, com os olhos penetrantes e o sorriso radiante, possuía minha alma e a enregelava sob a crueza da rejeição e com coração gelado me deixou na solidão mais profunda da noite.

Um pingo de água desce sobre meu rosto era o sinal do meu desespero, e caiu em meu braço, sendo rapidamente seguido por mais e mais, um rio sem fim de dor como esse sentimento de perda. Era como um milagre de ironia, misturando a dor e o humor de minha miséria, condensando a tragédia da minha existência numa gota de água. E assim foi até a madrugada.

4:44

Três garrafa de uísque espalhadas pelo chão. Embalado pelas lágrimas, o coração que é minha prisão chega ao fim de seu reinado sobre o castelo das minhas emoções, e eu me arrasto, aniquilado, em direção aos confins do meu sofá, deixando meu choro ser meu leite materno em um sono pesado de desespero e solidão.

🔎📍

Com uma lentidão dolorosa, a luz do dia começa a cair sobre a minha pele. A dor, que eu seria incapaz de não sentir, avança por minha mente com um ferimento aberto, aperta a cada dificuldade de conseguir raciocinar.
O corpo recheado de preguiça, devagar, lentamente, meu pensamento acorda

Porra... - apertei os olhos com força na esperança de diminuir um pouco a dor. Pego o celular para ver as horas, bufando e jogando-o para longe, que ótimo.

16:20

Me levanto a contragosto e me obrigo a andar em direção ao banheiro. Começo a me despir derrotado, entro embaixo da ducha fria como meu coração.

Foi uma sensação de alívio, me sentia leve, era como se a água levasse todas as coisas negativas do meu corpo.

Parei em frente ao espelho e não reconhecia aquela pessoa, totalmente destruída, só que eu sabia que eu ia viver o luto do término e não ia ser fácil.

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Uma pequena introdução p vocês!

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𝐀 𝐓𝐞𝐮 𝐄𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨/ 𝐃𝐮𝐬𝐤𝐰𝐨𝐨𝐝Onde histórias criam vida. Descubra agora