capítulo 8

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Enquanto Ayla continuava comendo e puxando conversa, Phellipp mal tocava em seu hambúrguer. Seus olhos insistiam em viajar para o balcão, onde Jessy trabalhava. Ele percebia cada movimento dela: o jeito como ela organizava os copos, o sorriso automático que oferecia aos clientes, e, vez ou outra, o olhar rápido e discreto que ela lançava na direção dele. Algo nela parecia mais tenso do que antes, como se sua presença a tivesse abalado.

Depois de um tempo, Ayla terminou seu milkshake, limpou os lábios com o guardanapo e olhou para Phellipp com um leve sorriso.

— Vou ao banheiro antes de irmos. Pode me esperar aqui?

Phellipp assentiu, grato pela oportunidade de ficar sozinho. Ayla se levantou, deixando-o à mesa com seus pensamentos. Ele olhou novamente para o balcão e, como se sentisse o olhar dele, Jessy virou-se. Dessa vez, seus olhares se encontraram, e ela hesitou. Por um momento, parecia que ela iria ignorá-lo novamente, mas seus olhares lutavam para ver quem cedia primeiro.

Depois de uma batalha árdua de olhares e de tensão no ar, Phellipp decidiu que precisava falar com Jessy antes de sair. Ele levantou-se e caminhou até o balcão, onde ela estava de costas, fingindo organizar os cardápios.

— Jessy. — A voz dele era baixa, mas carregada de intenção.

Ela congelou por um momento antes de virar-se lentamente, com o rosto ainda marcado pelo rubor da cena anterior.

— A conta, certo? Vou pegar agora — disse ela, sem encará-lo diretamente.

— Não é só a conta que eu quero — respondeu ele, firme, mas com um tom que pedia compreensão.

Jessy hesitou, o olhar finalmente encontrando o dele.

—Phellipp, eu estou trabalhando. Não posso...—

— Por favor, me dá cinco minutos. Só cinco. Depois disso, eu vou embora e não te incomodo mais — pediu ele, os olhos verde  suplicantes.

Ela mordeu o lábio, claramente dividida. A última coisa que queria era reviver tudo aquilo, mas também sabia que evitar o detetive não resolveria o que estava preso em seu coração por três anos.

— Tudo bem, cinco minutos — disse ela finalmente, cruzando os braços como se quisesse se proteger.

Ele a seguiu até um canto mais reservado da lanchonete, onde a movimentação era menor. Jessy ficou longe, mantendo a distância, enquanto ele respirava fundo, tentando encontrar as palavras certas.

— Eu esperei todo esse tempo para te ver. Três anos, Jessy. E agora que estou aqui, vendo você, é como se tudo tivesse acontecido ontem.

Ela soltou uma risada curta e amarga.

— Três anos, Phellipp, as coisas mudaram, eu mudei... e você sumiu.

— Eu tentei, Jessy. Várias vezes. Mas você não queria saber de mim. Eu não te culpo, não depois do que aconteceu... — Ele parou, escolhendo as palavras com cuidado. — Mas não foi minha culpa.

Os olhos dela se encheram de lágrimas, mas ela segurou o choro.

— Não foi? Então por que parece que foi? Por que, desde aquele dia, tudo na minha vida desmoronou? Você prometeu que cuidaria de todos nós, e agora o Richy está morto, Phellipp. Ele está morto!

A dor na voz dela era palpável, e Phellipp sentiu o peso da culpa novamente, mesmo sabendo que não tinha sido diretamente responsável.

— Eu falhei, Jessy. Eu sei que falhei. Mas eu não matei o Richy. Você sabe disso no fundo do seu coração.

𝐀 𝐓𝐞𝐮 𝐄𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨/ 𝐃𝐮𝐬𝐤𝐰𝐨𝐨𝐝Onde histórias criam vida. Descubra agora