capítulo 4

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Pessoinhas, desculpe pelos erros.

Boa leitura:)

Jessy sentia um nó na garganta que se intensificava ao lembrar do olhar que Phellipe lançara em sua direção. O reencontro, que um dia imaginou acontecer com alegria, se transformava em um turbilhão de emoções confusas. Dan, seu namorado, parecia hipnotizado pela presença de Phellipp, seu antigo amor, e Jessy se sentia como uma sombra, invisível diante daquela conexão que parecia a puxar de volta para o passado.

O sorriso de Phellipp, que antes a fazia sentir-se segura e amada, agora a picava como um espinho. Aquele brilho nos olhos verde, que antes a enchia de esperança, agora a deixava insegura e com um aperto no peito. Jessy tentava se convencer de que era apenas raiva, uma reação natural diante da situação, mas a verdade era que algo dentro dela se agitava, um turbilhão de sentimentos que ela não conseguia decifrar.

Era como se uma parte dela ainda estivesse presa ao passado, a um tempo em que Phellipp era o centro do seu universo, e a outra parte estivesse lutando para se agarrar ao presente, ao amor que ela construía com Dan. A confusão se instalava em sua mente, como uma névoa densa que obscurecia a clareza de seus pensamentos.

Jessy se sentia dividida, dividida entre o conforto do conhecido e a promessa de um futuro incerto. Era como se estivesse em um barco à deriva, sem saber para onde o mar a levaria. E a cada olhada que Dan a lançava durante a noite passada, a tempestade dentro dela se intensificava, ameaçando afundá-la em um mar de dúvidas e inseguranças.

- VOCÊ TÁ ME OUVINDO PORRA!

Jessy acordou do transe que se encontrava. O homem de meia-idade, com a barriga saliente e a calvície avançada, emanava raiva como um vulcão prestes a entrar em erupção. berrou, as palavras ecoando no silêncio da lanchonete. Jessy, ainda em choque, tentou se recompor.

-Desculpe, você pode repetir por favor? - murmurou, a voz fraca e trêmula. A vergonha a engolia por inteiro, como se um nó se formasse em sua garganta.

O homem, com um olhar de desprezo, bufou.

-Como foi que contrataram você, hum? Você é tão imprestável que não serve nem pra atender a porra do cliente corretamente! - As palavras, cruéis e carregadas de desprezo, perfuraram Jessy como facas. Ela se sentiu pequena, insignificante, como se toda a sua existência se resumisse a essa falha, a esse erro.

Ela podia sentir suas bochechas queimarem de vergonha.

Jessy, naquele momento, se sentia desamparada, perdida em um mar de inseguranças. A raiva do cliente, a sua própria vergonha, a sensação de incompetência - tudo se misturava em um coquetel explosivo que a deixava atordoada. Ela precisava se recompor, encontrar forças para lidar com a situação. Mas, por enquanto, só conseguia sentir o peso da humilhação, a dor da injustiça.

- ****

-Algum problema por aqui?

A voz suave, porém firme, a fez levantar a cabeça. Um homem elegante, com seus lindos cachos, com um sorriso discreto nos lábios, estava ao seu lado. Ele usava um terno impecável e um relógio de pulso que brilhava sob a luz fraca da lanchonete.

O cliente, visivelmente irritado, gesticulou com as mãos.

-Essa moça não sabe atender um cliente direito! Eu estou tentando fazer um pedido e ela está me ignorando !

O homem lançou um olhar para a ruiva que tinha um olhar que dizia que não era verdade.

-Meu nome é James, e acho que podemos resolver esse pequeno problema sem precisar nos alterar- disse o homem calmamente.

-Mais esse não é o problema! - Com o rosto vermelho, disse sem paciência.

O homem, que se apresentou como James, olhou para o cliente com um olhar penetrante - E o que exatamente seria este problema, senhor?

O cliente, visivelmente irritado, gesticulou com as mãos. -Essa moça não sabe atender um cliente direito! É uma ignorante sem educação e ainda por cima, me tratou com desdém! Eu sou cliente!

James se aproximou, seu olhar fixo no cliente -Senhor, eu entendo a sua frustração, mas acredito que a situação não seja bem como você a descreve. Jessy é uma funcionária dedicada e sempre dá o seu melhor. Se houve algum problema, me diga, e eu mesmo vou resolver.

O cliente, sem saber como reagir à presença imponente de James, ficou em silêncio. Jessy, aliviada, agradeceu a James com um olhar. Ela nunca tinha se sentido tão humilhada.

-Agradeço a sua compreensão, senhor. Desejo um bom apetite.

James se virou para a ruiva -Jessy, você pode trazer o pedido do senhor, por favor?

Assentindo, a garçonete tratou de anotar o pedido e logo se retirou para preparar o que o homem queria. O cliente, sem ter mais o que dizer, apenas observou a cena, sentindo-se envergonhado pela sua atitude.

James, com um sorriso gentil, se aproximou da mesa -Se precisar de algo, me chame.

O cliente, ainda sem palavras, apenas assentiu.

Não demorou muito e a garçonete apareceu com uma bandeja grande com uma porção de batatas - fritas, dois hambúrgueres, e um milk-shake grande, servindo o homem que parecia mais calmo.

-O cheiro de batata frita recém-saída do óleo e o aroma adocicado do milkshake se misturavam no ar, criando uma atmosfera quase irresistível junto ao dois enorme hambúrgueres. A garçonete, depositou a bandeja sobre o balcão, servindo o homem que agora parecia mais relaxado.

- Obrigado pela ajuda - a mulher disse, a voz um pouco mais firme agora, e se posicionou ao lado do homem, observando a movimentação frenética da lanchonete.

- Agora me diga, o que aconteceu ali? - James perguntou, seus olhos escuros fixos na ruiva. Ela parecia hesitante, a cabeça baixa como se procurasse as palavras certas. A expressão em seu rosto era um misto de culpa e medo, e James percebeu.

-Eu... eu estava com a cabeça longe e acabei não escutando o que ele queria. Me desculpa - disse, envergonhada.

- Então trate de trazer ela de volta pro lugar, certo? - sua voz tinha um certo divertimento. - Não quero ninguém te tratando mal.

Jessy sorriu para o homem à sua frente, que a encarava com um olhar brilhante e intenso.

- Eu vou voltar pro serviço... - suas bochechas estavam vermelhas.

-certo....

Jessy tinha que tirar Phellipp da sua cabeça, mesmo que ele tivesse chegado e bagunçado tudo. Ela ia arrumar. Colocou um sorriso no rosto e foi atender a um casal de adolescentes que acabara de entrar.

🔎📍

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Preciso que você me arrume um carro
18:02


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Seu carro já deveria ter chegado,feche.
18:03

está a caminho, detetive.
18:04

|
Certo, obrigado.
18:05

Assim que encerrou a ligação, Phellipp correu para tomar um bom banho, não demorou mais que 10 minutos pois ainda tinha um caso que precisa resolver.

Vestindo uma camisa social preta, uma calça social de mesma cor, colocando seu sapato ferracini, junto de sua arma por debaixo da camisa.

Olhando o celular viu a mensagem confirmando que o carro já estava a sua disposição. Na frente da sua casa estava estacionado um suv preto. Lembraria de agradecer seu amigo Isaac por isso.

Sem perder mais tempo, o detetive entrou no carro e partiu em direção a casa dos Monteiro

𝐀 𝐓𝐞𝐮 𝐄𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨/ 𝐃𝐮𝐬𝐤𝐰𝐨𝐨𝐝Onde histórias criam vida. Descubra agora