imagines Aemond

Do seu lado

Encontramo-lo no seu lugar preferido, a sua confortável cadeira junto à lareira, onde adorava ler no final de um longo dia ou tomar uma bebida para esquecer as preocupações antes de ir para a cama. Esta noite foi a última, sem a bebida.

Ele mal tinha cumprimentado você quando você entrou, na verdade, ele mal ergueu os olhos. Nem mesmo quando você tirou o casaco e revelou seu vestido de noite verde favorito, aquele que Aemond mais amava. A falta de atenção dele para com você foi suficiente para lhe dizer que seu marido estava preocupado e distraído.

“O Conselho não foi como você esperava?”

Aemond ficou quieto por um tempo e você não pressionou, dando-lhe tempo para ressurgir de onde quer que sua mente estivesse agora. Demorou alguns minutos até que ele respondesse, com a voz fraca. "Eles riram."

Você se virou para olhar para ele, mas Aemond não encontrou seu olhar.

“Toda vez que tentei trazer à tona esses assuntos inegavelmente urgentes, isso apenas riu de mim. Eles são tolos, todos eles.

Você se sentou na beira da cama, de frente para a lareira e para ele. Ele estava só de roupa íntima, o couro jogado no chão, o tapa-olho na mesinha de cabeceira e o cabelo solto, emoldurando seu rosto comprido. Ele parecia mais vulnerável do que nunca na penumbra do fogo e seu coração sangrou por ele.

“A guerra é iminente e eles simplesmente optam por ignorá-la, sou o único com bom senso em todo este maldito reino?”

Ele tentou levantar a voz, mas saiu mais quebrada do que antes.

Você não falou, em vez disso levantou-se da cama e caminhou em direção à cadeira dele. Sem perder mais tempo, você ocupou seu lugar de direito no colo de Aemond, sua mão cobrindo sua bochecha suavemente, trazendo-o de volta ao calor e à solidão da sala, em vez de seus pensamentos barulhentos e intrusivos.

Finalmente ele olhou para cima para encontrar seus olhos, suas mãos descansando em seus quadris, seu olho bom estava nublado de emoções.

Para o mundo exterior, Aemond parecia calmo e severo, sempre no controle e sempre confiante. Mas qualquer pessoa que o conhecesse de verdade sabia melhor do que isso e você o conheceu muito melhor do que qualquer outra pessoa durante seus dois anos de casamento.

Seu marido era teimoso, protetor, gentil ou frio dependendo de com quem estava lidando. Um guerreiro e um garoto assustado ao mesmo tempo. O idiota mais inteligente que você já conheceu. Sua beleza ainda surpreende você todos os dias e sua devoção por você é diferente de tudo que você já ousou esperar ou sonhar em um marido.

Mas havia um lado negro inegável nele também. Aemond guardava tanta raiva não resolvida dentro dele, sempre bem ali, sob a superfície. Desde Lucerys, e mesmo antes disso, Aemond era uma bomba-relógio esperando para explodir e você nunca deixou de perceber isso.

Apesar disso, ele não foi nada além de gentil e amoroso com você e você nunca sentiu qualquer tipo de medo na presença dele. Pelo contrário, quanto mais tempo você estava casada com ele, mais suave ele se tornava com você.

Ele fechou o olho bom e pressionou a bochecha em sua mão, soltando a respiração que prendeu o dia todo. Seu toque reconfortante deu a ele o conforto necessário que ele não conseguia encontrar em nenhum outro lugar. Suas mãos se moveram para acariciar seu cabelo e sua bochecha, arrancando dele mais suspiros suaves. Você não tinha palavras para curar todas as suas feridas, mas sabia que Aemond não precisava delas neste momento. Tudo o que ele precisava era do seu conforto, da sua lealdade e do seu amor.

Você deu um beijo suave em sua testa e o sentiu puxá-la para mais fundo em seu colo. Você seguiu de boa vontade, como sempre fez com Aemond.

Vocês dois ficaram em silêncio por um tempo até que finalmente ele falou novamente. “Quando eles riram… eu estava lá de novo, aquele garotinho que todos odiavam e ignoravam… ele tinha o mundo inteiro contra ele, mas ele era tão corajoso.”

“Você ainda é corajoso, Aemond,” você sussurrou, acariciando seus longos cabelos prateados.

“E ainda sou odiado e ignorado”, acrescentou com um suspiro.

“Eu não te odeio e nunca iria ignorar você, meu doce marido,” seus lábios se curvaram no que você esperava ser um sorriso encorajador e para seu alívio Aemond respondeu, embora fosse fraco o pequeno toque de afeto em seus olhos eram um sinal claro de que sua raiva já estava desaparecendo.

Ele se inclinou para dar um beijo suave e prolongado em seus lábios, fazendo seu coração palpitar.

“Eu não mereço nada disso”, ele então sussurrou.

“O que você quer dizer com isso ?”

"Você", ele respirou, "eu não mereço você."

Você segurou o rosto dele com as duas mãos, forçando-o a olhar para você: “Eu escolhi você. Você se esqueceu disso? Recebi muitas outras ofertas, mas só queria você, Aemond.”

“Você me escolheu antes... antes de eu...”

“Eu ainda escolheria você hoje”, você o tranquilizou e Aemond olhou para você com surpresa e uma pitada de lágrimas nos olhos.

"Você faria isso, não é?" ele percebeu: “Mesmo depois... do que fiz”.

“O que você fez não é pior do que metade dos homens de Westeros fizeram.”

Você hesitou por um momento.

“Eu sei que estamos à beira da guerra e você terá que fazer coisas muito piores do que isso”, você acrescentou: “Não sou ingênuo, Aemond, conheço o mundo sombrio em que vivemos e sei o que está por vir. de nós, mas... isso não muda o que sinto por você.

Os olhos dele pareciam estar fixos nos seus agora, olhando para você com admiração enquanto uma lágrima escorria por sua bochecha, mas não era de tristeza desta vez.

“Você estará ao meu lado durante tudo isso”, ele percebeu novamente, embora suas palavras soassem como uma pergunta.

"Claro. Jurei minha lealdade a você, meu príncipe, não levo essas coisas levianamente.”

Aemond acenou com a cabeça para sua escolha oficial de palavras e você rapidamente acrescentou: “Além disso, eu... eu te amo. Não importa o que aconteceu no passado ou o que o futuro possa nos trazer, estou do seu lado, marido, sempre.”

Você gentilmente enxugou as lágrimas de sua bochecha e Aemond deu um suspiro de alívio.” Avy jorraelan, ñuha dōna ābrazȳrys .”

Eu te amo, minha doce esposa

A mão dele percorreu suas costas para arrastá-la para mais perto dele e capturar seus lábios em outro beijo, este mais acalorado e urgente do que antes, mas depois de um tempo ele se afastou hesitantemente. A preocupação ainda obscurecia suas belas feições, fazendo-o parecer exausto. Você carinhosamente segurou sua bochecha e deu-lhe um sorriso compreensivo.

“Podemos apenas descansar esta noite?” ele perguntou calmamente. Você foi rápido em acenar com a cabeça e sair do colo dele, estendendo as mãos para levar Aemond com você. Ele o seguiu ansiosamente, vocês dois buscando refúgio sob as cobertas de sua cama conjugal, o silêncio do quarto e o crepitar reconfortante do fogo aumentando sua própria exaustão.

O braço de Aemond serpenteou ao seu redor em um puxão protetor para mantê-la mais perto de seu peito, carente e quente.

A guerra iminente teria que esperar por agora, a única coisa que importava esta noite era segurar seu marid