imagines Aemond

cuide de você

Seu relacionamento com o senhor seu marido, Aemond Targaryen, era um assunto complicado.

Durante as primeiras luas de seu casamento, você reconhecidamente ficou assustada com ele. O aparente desinteresse dele por você pouco fez para acalmar seus nervos. Ele era taciturno e intimidador e, embora você nunca tenha recebido isso, você foi testemunha da agudeza de sua língua.

Então, com o passar do tempo, houve alguma melhora. Era verdade que ele ainda mantinha uma distância silenciosa e tranquila de você. Os toques eram raros e fugazes, as conversas nunca avançavam muito durante a noite. No entanto, ele se tornou alguém com quem você poderia conversar.

Filha de um senhor do Norte, você tinha poucos amigos em Porto Real. Isso a deixou grata pelo relacionamento que você passou a ter com seu marido, mesmo que às vezes isso a deixasse com vontade. Assim, quando um corvo chegou tarde da noite trazendo notícias que destruiriam o seu mundo, você não conseguia pensar em mais ninguém a quem recorrer.

Abrindo a porta de seus aposentos, você encontrou Aemond inclinado pela janela, olhando para a extensão de Porto Real. A esta hora, estava iluminado apenas por tochas espalhadas. Suas mãos repousaram sobre a pedra enquanto ele se inclinava para frente, acentuando os músculos tonificados de suas costas.

"Senhora (S/N)", ele cumprimentou sem se virar para você, como sempre fazia.

Você se lembrou da tarde em que finalmente questionou como ele sempre soube que era você. A resposta dele foi simples, mas fez com que suas bochechas escurecessem alguns tons.

"Eu não esperaria nenhuma outra mulher em meus aposentos."
Porém, nesta noite em particular, você não conseguiu retribuir a saudação e, em vez disso, ficou quieto. Estava consumindo tudo de você apenas para não desmoronar, ele se virou para olhar para você.

Com os olhos arregalados e as sobrancelhas levantadas, ele percebeu suas bochechas manchadas de lágrimas junto com a maneira como você as enxugava furiosamente. Você pensou que poderia ter sido a primeira vez que pegou o homem desprevenido.

"O que incomoda você?"

Ele nunca tinha visto você em um estado assim, a perturbação florescendo em seu peito com a visão.

"Perdoe-me, meu príncipe, por incomodá-lo em uma hora tão prematura."

Sua voz era fraca, mas sincera, pois você nunca havia abordado um assunto tão pessoal ou sério.

Ele deu um passo à frente, mas pouco fez para fechar o espaço que separava vocês dois. "Não importa. O que lhe causou tanta tristeza?"

Um soluço sufocado ameaçou passar por seus lábios e sua mão voou até a boca para abafá-lo. Você desviou o olhar dele, vulnerabilidade e tristeza agarrando você ao mesmo tempo.

"Meu pai... Houve um acidente de caça. E-Ele é..."

Ele mal conseguia entender suas palavras, mas reuniu o suficiente para entender o que havia acontecido. A maneira como você ficou ali sozinho, um braço em volta do seu torso, o outro tentando acalmar seu choro - isso fez seu coração doer.

Ele não estava destinado a ser um marido, pois como poderia ser um bom marido? Seu pai nunca lhe demonstrou qualquer sinal de devoção, enquanto sua mãe era na maioria das vezes impaciente e colérica. O único amor que ele já demonstrou foi destrutivo e condicional.

Ele sabia que seu relacionamento com seu pai era quase oposto ao dele e não tinha ideia de como consolá-lo. Você perdeu sua mãe quando era jovem, então sempre foram vocês dois. Ele se sentiu desamparadamente preso, a mente girando em torno das possibilidades do que dizer ou fazer a seguir. Interpretado como rejeição, o silêncio dele ameaçou quebrar os poucos pedaços restantes do seu coração.