imagines Aemond

2-Se o Sol alguma vez nascer

No coração da floresta densa, ela correu, com a respiração irregular e em pânico, cada passo uma tentativa desesperada de fugir das sombras que pareciam se esticar e agarrar seus calcanhares. O ar estava denso com o cheiro de terra úmida e o cheiro forte de folhas em decomposição. O cheiro encheu seus sentidos enquanto ela disparava entre as árvores altas. Galhos estenderam-se, prendendo-se em seu vestido e rasgando o tecido delicado enquanto ela avançava, impulsionada por um instinto primitivo de escapar dele.

Ela precisava correr. Não importa o quão cansativo fosse, ela tinha que correr. Esta era sua chance de sobreviver, e ela sobreviveria. Ela poderia salvar Cregan e Aegon se escapasse da selva e os avisasse. Ela não sabia para onde em Westeros ela havia sido levada, nem pensava claramente sobre como faria a passagem de volta para a Fortaleza. Cregan estava procurando por ela? Se sim, então ela teria que encontrá-lo. Mas como?

Sem respostas. Tudo o que ela sabia é que precisava escapar de Aemond e viver para contar a história. Foi esse objetivo singular que a manteve funcionando apesar da dor.

Um brilho do luar dançava na superfície de um pequeno lago, suas águas paradas refletindo a copa brilhante acima. Por um momento fugaz, ela fez uma pausa, com a respiração presa na garganta enquanto bebia a cena tranquila diante dela. Mas a ilusão de paz foi quebrada pelo eco distante da perseguição, um lembrete de que Aemond já teria notado a ausência dela na caverna - ele provavelmente estava à espreita como um predador no meio da noite, procurando por ela.

Ele sempre teve o sono leve, ela sabia. Desde que seu olho foi arrancado, Aemond teve problemas para descansar sem entrar em pânico. Ele parecia estar em paz quando eles se deitavam juntos depois de ter feito o que queria com ela em dias melhores, mas mesmo assim, ele sempre se movia ao menor som - sempre pronto para alguém entrar.

Ela arriscou fugir de qualquer maneira. Se ela chegou até aqui, então ela presumiu que os Deuses estavam trabalhando a seu favor. Com um arrepio de apreensão, ela desviou o olhar do lago e seguiu em frente, os pés batendo no chão da floresta em um ritmo frenético. Cada passo era uma batalha contra a exaustão, seus músculos queimando com o esforço enquanto ela se esforçava ao máximo.

Um galho baixo assomava diante dela, sua forma retorcida era um obstáculo cruel em seu caminho. Com um suspiro, ela se abaixou, a casca áspera raspando sua pele enquanto ela lutava para manter o impulso. Mas seus esforços foram em vão e ela tropeçou, prendendo o pé em uma raiz escondida sob a vegetação rasteira.

Com um grito de dor, ela caiu para frente, o chão molhado da floresta subiu em sua direção com um impacto que estremeceu os ossos. Sujeira e folhas grudaram em sua pele enquanto ela estava ali, atordoada e desorientada, o mundo girando ao seu redor em um borrão vertiginoso.

" Mandianna! Saia, onde quer que você esteja! A chamada urgente de seu nome cortou o silêncio opressivo da floresta, provocando um arrepio na espinha. A voz de Aemond, cheia de determinação e talvez uma pitada de frustração, ecoou pelas árvores, aproximando-se cada vez mais a cada momento que passava. Com uma onda de medo, ela forçou seus membros cansados ​​a se moverem mais uma vez, seu coração martelando no peito enquanto ela se esforçava para correr mais rápido, mais forte, desesperada para evitar ser levada de volta.

Um súbito farfalhar na vegetação rasteira a fez parar, seu coração batendo forte no peito enquanto ela examinava a escuridão em busca de sinais de movimento. E então ela viu - um javali, com um par de olhos brilhantes espiando das sombras, o olhar fixo nela com uma intensidade predatória.

Por um momento, o tempo pareceu parar enquanto eles se encaravam, predador e presa à beira do confronto. Com uma onda de terror, ela se virou para fugir, mas era tarde demais. O enorme javali irrompeu, seus olhos selvagens fixos nela com uma fome que enviou um arrepio de medo percorrendo suas veias. Ela tropeçou para trás, com o coração batendo forte no peito enquanto observava a fera avançar em sua direção com determinação implacável.