Capítulo 12 - Both sides

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- Ah, Lisa, vocês chegou. - Charlotte disse a fitando.

- Está aqui, sinto muito pelo seu olho Engfa. - Lisa disse e entregou o kit para Charlotte.

Após Lisa sair da cela, Engfa espiou a cama de Charlotte e a viu separando os utensílios.

- O que está fazendo?

- Ai! - Charlotte disse num espasmo. - Você me assustou.

- Desculpe. - Ela disse entre risadas.

- Desce aqui.

- Pra quê?

- O que você acha?

- Você não vai passar essa merda no meu olho não é?

- Vou.

- Ah, não vai! De jeito nenhum. - Ela disse e voltou a olhar para o teto.

- Sem problemas, eu subo aí.

- O quê?! - Exclamou fitando a garota. - Você...

Num pulo Charlotte subiu na cama de cima.

- Ei! Sai daqui! - Resmungou se sentando.

- Não haja como criança, deixa eu ver isso aí, é o mínimo que posso fazer.

- Argh! Tá bom. - Ela disse aproximando os rostos.

Charlotte pegou um algodão umedecido e limpou o local.

- Ai! Cuidado.

- Desculpa... - Ela disse e pegou um curativo, o colocando no rosto de Engfa.

- Você sabe mesmo fazer isso... por acaso você e médica?

- Não. - Ela negou e riu. - Mas minha amiga é, ela me ensinou algumas coisas.

- Hum...

Em alguns minutos Charlotte havia terminado o processo.

- Então princesa... - Engfa disse e Charlotte a fitou.

- Sim?

- Por que foi presa?

- Vai acreditar em mim?

- Provavelmente não. - Ela disse e riu.

- Bom... eu fui presa por furto.

- Não! - Ela fingiu surpresa boquiaberta. - Você roubou um banco?! - Brincou.

- Não sua idiota! - Ela disse e riu. - Falando sério agora... armaram para mim.

- Quem?

- Meus amigos...

ALGUMAS SEMANAS ATRÁS...

Charlotte pov.

Eu estava girando na cadeira do meu escritório enquanto olhava para o teto, como todo dia, era um tédio. Quando me assustei com o telefone trocando.

- Alô? - Eu disse após atender.

- Sr. Charlotte! Como pode fazer isso? Estávamos trabalhando juntas!

Eu não entendi nada, então perguntei o que tinha acontecido.

- O que aconteceu?! Você ainda pergunta?

Ele parecia realmente irritado.

- Dê uma olhada nos dados da empresa.

O Sr.Jim era meu sócio, eu assinei um contrato com ele, e o seu tom de voz tinha começado a me preocupar, então fiz o que ele pediu.

- O quê?! - Eu exclamei, ou melhor, gritei.

Nessa hora dois de meus colegas adentraram na minha sala e trancaram a porta, mas eu não dei atenção.

- Sr.Jim, eu não sei o que aconteceu...

- Como ousa ser tão descarada Sr.Charlotte?

- O quê?! - Eu disse confusa.

- Não se faça de desentendida, a notícia já está correndo, todos agora sabem que a senhorita transferiu o dinheiro da empresa para sua conta e que está planejando sair do país.

- Mas que porra você está falando?! - Eu gritei inacreditada.

- Uh, Sr. Charlotte... - Um dos meus amigos falou e eu o fitei. - Que horrível, roubando a empresa.

- O quê? - O seu tom de voz me gerou desconfiança. - O que está acontecendo?

- Sr. Charlotte! - Jim disse ao telefone, chamando minha atenção. - Vou ligar imediatamente para a polícia!

- O quê?! Não! Eu juro que não fiz nada disso...

Ele não esperou eu terminar de falar e desligou o telefone, eu estava desesperada, como alguém podia me acusar de roubar minha própria empresa? Eu estava sob pressão, agarrei meu celular preparada para sair pela porta, porém fui impedida.

- Ei... - Um deles disse impedindo a passagem. - Daqui você não sai.

- Saiam da frente!

Eu estava com medo e desespera, não pensei muito, eu os empurrei e sai como louca pela porta, correndo até o elevador, sendo observada por todos, nessa hora os seguranças que foram contratados por mim estavam correndo até o elevador, para me manter lá provavelmente.
Apertei várias vezes o botão, por sorte eles não conseguiram adentrar, eu estava agindo como criminosa, mas não podia evitar, eu não podia ser presa, o que seria da minha reputação?! Mas era tarde demais, quando cheguei ao último andar, pude ver carros e polícias na portaria da empresa, eu estava fudida, todos tiveram a impressão que eu estava fugindo, não deu tempo de correr, eles me pegaram e me algemaram.

...

- Que desgraçados! - Engfa disse inconformada.

- Aquela empresa era tudo pra mim...

- Bom, acho que temos algo em comum.

- Temos? - Pergunto fitando a mais alta.

- Eu também fui traída pelos meus amigos...

- Quer me contar?

- Bom, tudo começou numa quinta feira a noite...

A CRIME FOR LOVE • EnglotOnde histórias criam vida. Descubra agora