A Difícil Arte da Sabedoria

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sabedoria não é algo que se compra e nem que se dá.

A sabedoris é conquistada, é como escada para chegar ao topo, degrau por degrau, passo a passo.

Sabedoria é a prática do conhecimento adquirido.

Você precisa de um período para aprender.

Outro para digerir.

Outro para assimilar e outro para colocar em prática e finalmente testar as suas teses.

É neste momento que a sabedoria começa a fazer parte do seu ser, mas para isso muitas coisas acontecerão.

Por exemplo:

Em qualquer atividade que você queira exercer, você vai precisar usar a sua sabedoria, no meio do caminho você pode até receber uma mãozinha alheia, mas no final o que vai valer é a sua sabedoria.

Mas o tempo lhe prova que uma imensidão de gente não foi feita para o negócio e nem inicia o processo.

A grande maioria fica pelo caminho, pois, embora não fossem feitos para o negócio, só descobriram isto depois.

Uns conseguem chegar perto.

Tem brilhantismo, mas não a classe suficiente.

Outrossim, apenas alguns chegam onde gostariam de estar desde o inicio.

E ai entra a etapa mais difícil: se manter.

O fato é, para tudo o que se vai realizar, sempre há a necessidade da sabedoria.

Conta-se que, perto de Tóquio, capital do Japão, vivia um grande samurai.

Já muito idoso, ele agora se dedicava a ensinar o zen aos jovens.

Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, apareceu por ali um jovem guerreiro, conhecido por sua total falta de escrúpulos.

Era famoso por usar a técnica da provocação.

Utilizando-se de suas habilidades para provocar, esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de inteligência e agilidade, contra-atacava com velocidade fulminante.

O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta.

Assim que soube da reputação do velho samurai, propôs-se a não sair dali sem antes derrotá-lo e aumentar sua fama.

Todos os discípulos do samurai se manifestaram contra a ideia, mas o velho aceitou o desafio.

Foram todos para a praça da pequena cidade e diante dos olhares espantados, o jovem guerreiro começou a insultar o velho mestre.

Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive seus ancestrais.

Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu sereno e impassível.

No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.

Desapontados pelo fato de o mestre ter aceitado calado tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram:

Como o senhor pôde suportar tanta indignidade?

Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?

O sábio ancião olhou calmamente para os alunos e, fixando o olhar num deles lhe perguntou:

Se alguém chega até você com um presente e lhe oferece mas você não o aceita, com quem fica o presente?

Com quem tentou entregá-lo, respondeu o discípulo.

Pois bem, o mesmo vale para qualquer outro tipo de provocação e também para a inveja, a raiva, e os insultos, disse o mestre.

Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo.

Por essa razão, a sua paz interior depende exclusivamente de você.

As pessoas não podem lhe tirar a calma, se você não o permitir.* * *

Sempre que alguém tentar tirar você do sério, lembre-se da sábia lição do velho samurai.

Lembre-se, ainda, que seus atos lhe pertencem.

Só você é responsável pelo que pensa, sente ou faz.

Só você, e mais ninguém, pode permitir que alguém lhe roube a paz ou perturbe a sua tranquilidade.

Foi por essa razão que Jesus afirmou que só lobos caem em armadilhas para lobos.

Assim, aceitar provocações ou deixar que fiquem com quem nos oferece, é uma decisão que cabe exclusivamente a cada um de nós.

Pensemos nisso!

Autor desconhecido.

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