19. Juntos

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"Meu sobrenome é Shoyo, igual o molho

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"Meu sobrenome é Shoyo, igual o molho

primeiro nome: Hinata...

Eu tinha dezessete anos

quando a minha mãe quebrou

minhas pernas, empurrando

uma máquina pesada de doces..."

━━━━━━━━ ✤ ━━━━━━━━

Pov Kageyama.

Quando eu gritei em busca de uma ambulância, Iwaizumi e Akaashi chegaram perto de mim. Tentando me tirar de perto do Hinata, mas não conseguiram.

Alguns minutos depois uma ambulância chegou às pressas, enquanto eu escutava Hinata chorar em meus braços, sentia na alma a vontade de desmaiar ali mesmo. Tudo estava uma bagunça, e pior ainda, por minha culpa.

Os policiais chegaram aos montes, alguns correndo até a mãe do Hinata que finalmente foi algemada. Iwaizumi e Akaashi ajudaram os médicos e a mim a colocar Hinata dentro da ambulância rapidamente, enquanto Tsukishima e Kuroo também eram levados por algumas para médicas, provavelmente para verem se estavam machucados pela briga.

─ K-kageyama...tá doendo d-demais... ─ escutei Shoyo chorar e segurar meu braço. Seu rosto vermelho e cheio de lágrimas, e suas pernas totalmente machucadas faziam minha vontade de viver desaparecer.

Era tudo minha culpa. Se eu não tivesse inventado toda essa bagunça, se eu tivesse salvado ele antes quando estava lá em casa, teria sido tudo tão mais tranquilo. Pelo menos ele estaria andando até agora. E agora chora de dor pelas pernas muito inchadas.

Mas eu fico feliz que esteja doendo, isso significa que ele ainda sente as pernas de algum jeito, e mesmo que seja uma coisa ruim ele sentir tanta dor, é melhor do que não sentir absolutamente nada, acredite.

Mal percebi quando entrei na ambulância segurando a mão dele, e Iwaizumi falando em meu ouvido, olhei para fora da ambulância e vi Kenma falando com os oficiais da polícia. Desejei para Deus e ao mundo que aquela desgraçada fosse condenada à morte.

Mas eu não podia desejar muita coisa agora, não vendo Hinata chorar e gritar de dor ao meu pé do ouvido. Encarei seu rosto e fiz um leve carinho vendo ele se atordoar e esquecer a dor por alguns segundos, porém nada mais que isso para aliviar a minha preocupação, não aguentando mais ouvir ele sem poder fazer nada, gritei com as enfermeiras.

Coração de gelo - KagehinaOnde histórias criam vida. Descubra agora