𝟔. 𝐔𝐦 𝐂𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐒𝐞𝐠𝐮𝐫𝐨

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Salve, salve as ovelhas negras
Nós somos sangue, nós somos família
Rezo ao senhor para guardar minha alma

Black Sheep — Dorothy

Há muitas crenças sobre a alma, a mente

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Há muitas crenças sobre a alma, a mente. Existem estudos sobre a maldade, alguns podem associar uma parte dos seres humanos como animais, isso graças às suas façanhas e atos aterrorizantes.

Mortes, torturas e abusos.

Não importa o quanto você mergulhe nisso, sempre vai encarar uma escuridão da qual nunca conseguiria assimilar. Uma vez distante dela, seria incapaz de reconhecê-la, certo?

Mas, se por um acaso visse tão de perto, mirando o abismo em um olhar, ainda há uma chance de entender. Para isso, precisaria se corromper no mais profundo e inesperado caos. 


Isadore saltou para fora da cama, como se estivesse tendo os braços asquerosos em volta de seu corpo. Embora as camadas sedosas só estivessem sobre a sua pele, a sensação que a acometia não era uma das melhores.

Ainda estava vívido à cena em sua mente, e no primeiro instante pareceu-lhe somente um pesadelo, mas era bem pior que isso. Era real e alguém a atacou e arrastou pelo beco escuro.

E ainda ficava pior. Tocou o lençol macio embaixo dela e sequer se lembrava de ter chegado em casa, na verdade, não lembrava ao menos que havia conseguido escapar daquele homem.

As piores suposições a sondaram. Seu coração parecia ir cada vez mais fundo em seu peito e quase não resistia ao impulso de cravar as unhas contra a roupa que ainda lhe envolvia.

Ela olhou para baixo, encarando sua calça de linho que agora mais parecia um capri com as bordas soltando alguns fios, depois de ter sido cortada de forma tão irregular.

Agarrou as duas pernas e se encolheu, abraçando a si mesma. Se reconfortou tantas vezes sozinha, que já havia se acostumado. Só que agora precisava ainda mais encontrar um certo equilíbrio.

Estava quase pronta para se afundar em um rio de lágrimas, quando escutou um barulho vindo de trás das grandes paredes brancas. Seu corpo inteiro se agitou e primeiro veio o medo e depois o... nojo.

Não quero ver... Pensou, porém, a qualquer momento precisava encará-lo ou talvez confrontar. Não sabia ao certo o que fazer em uma situação como aquela. Só havia uma coisa óbvia, algo tinha que ser feito.

Pernas trêmulas e mãos em conchas, era exatamente assim que percorria para fora daquele quarto. E se estivesse em boas condições, teria percebido o quão macio era o tapete debaixo dos seus pés, quase como caminhar nas nuvens.

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