𝟏𝟖. 𝐒𝐮𝐚 𝐯𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐢𝐝𝐞𝐧𝐭𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞.

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Desde que o meu amor se foi

Tem sido o dia mais sombrio, tem sido o dia mais sombrio

The Blackest Day — Lana Del Rey

The Blackest Day — Lana Del Rey

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Clínica Psiquiátrica Oldenburg

15/07/1991 - Passado

09:00 AM


Uma risada estrondosa ecoou pelos corredores da clínica, e um garoto foi arrastado de volta para dentro do quarto. O momento perfeito para que outro saísse de fininho pelo canto sem ser notado.

Poderia ter escapado pela janela, mas a enfermeira fez questão de verificá-la antes das luzes se apagarem para dormir. Mas isso não importava, daria um jeito de sair e voltar para o quarto sem ser visto.

Os últimos dias e as longas conversas com Vincent não lhe ajudaram muito, na verdade, sentia que o peso sobre sua cabeça aumentava gradativamente enquanto ele tentava chegar a algum ponto. E como se isso já não fosse o suficiente, os policiais lhe faziam visitas recorrentes, e, no fundo, sabia que precisava fugir de lá, fugir deles.

O garoto se pôs de quatro e engatinhou pela recepção. Quase grudado contra os ladrilhos, tinha seus ombros arranhados pela fricção que fazia para se manter oculto. Foi um alívio quando viu que a porta para o jardim estava aberta.

Um, dois e três.

Ele saiu correndo em direção aos arbustos e por pouco não trombou contra a árvore. Apoiava suas mãos nos joelhos, tentando recuperar o fôlego.

— Trouxe as chaves? — Lion perguntou, saindo de trás dos arbustos. — Se ficasse com você mais tempo, tenho certeza de que aquela enfermeira iria achar. Não entendo por que ela pega tanto no seu pé.

— E a polícia também.

— O quê?

— Esquece. — O garoto passou a mão pelos cabelos e se sentou na grama. Antes de irmos, preciso fazer uma coisa.

— E que coisa seria essa?

	— E que coisa seria essa?

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