Capítulo 16

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O rererererereretorno de Poseidon (ao cantinho)

Capítulo 16

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No capítulo anterior, vimos Krishna de Chrisaor tendo sua preciosa Kundalini sendo roubada- digo digo, copiada na maior por Belerofonte, aquele que não cita a fonte; fazendo com que o Krishna (deus) tivesse de se apresentar novamente, a fim de salvar seu querido discípulo de tamanha marmota e humilhação!

Mas como o imbrogio da história ainda demora um pouco para se desenrolar, vamos zuar um pouco mais com a cara do Shaka, o indiano com mais cara de sueco que existe!

(Palma, palma, palma, não priemos cânico! A Shina já vai voltar para a ativa após algumas pontas soltas serem amarradas ao decorrer da história, OK?)

Vamos então para o Shaka na Índia. Pois é, mesmo servindo a uma deusa grega, ele ainda mora na Índia e vai fazer umas coisas por lá.

Lá estava o Shaka, perambulando pela Índia, quando de repente sentiu vontade de comer umas comidas de rua.

Shaka - AUUUUUUMMMMM! Olá, meu venerável vendedor de comida de rua! Minha porquice interior saúda a sua porquice interior! Namastretas! Mas então, ó venerável e auspicioso vendedor, qual a gororoba do dia?

Vendedor - Ah, olá Shaka! Eu estou vendendo aqui hoje uns bolinhos cheios de curry, e também uma sopa de algo nojento que não sei o que é... e aí, o que você escolhe?!

Shaka - Estou vendo uns biscoitinhos ali, que me parecem ser muito auspiciosos! AUUUUUUUUUUUMMMM! E aí, ó venerável Buda, o que você escolheria em meu lugar?

Buda - Zzzzzzzzzz...

Shaka - Ern... Buda, ainda está dormindo?!

Buda - ZzzzzzZzZzzZzzzZzzZzz...

Shaka - BUDAAAAAAAAAAAAAAA, ACORDA LOGOOOOOOOOO!

Buda - Zzzzzzz- EEEEEEEEEEEEEEI, por que ousa perturbar o meu sono desta maneira tão atroz?!

Shaka - UÉ, eu tô falando pra me ajudar a escolher o auspicioso rango aqui! E aí, o que me diz?

Buda - Ah, Shaka, não acredito que você não consegue escolher sozinho nem o que vai comer! Tá sempre me perguntando as coisas como se não conseguisse fazer nada sozinho!

Shaka - Você que sempre cismou de falar comigo desde quando eu era criança!

Buda - Ah, quer saber? Olha só, Shaka, esse negócio aí de comida de rua na Índia é um treco bem insalubre mesmo! A maioria não tem higiene, não lava as mãos, os utensílios são bem sujos e comer um desses é praticamente cometer suicidio! Eu sei que em CDZ o suicídio é glorificado e tal, mas morrer comendo esses trecos indianos é muito paia, vai!

Shaka - Mas eu não quero morrer e muito menos me suicidar, AUUUUUUUUUUUMMMM!

Buda - Então não coma esse troço, oras!

Shaka - Mas ó venerável Buda, como é que você critica tanto assim a Índia, sendo que em sua última encarnação você nasceu e viveu como um príncipe indiano?! AUUUUUUUUMMM

Buda - Afffff, troca de mantra, Shaka! Além de esse AUUUUUMMMM já estar muito batido e repetitivo, ele claramente remete ao Shiva e não a mim! Tô de saco cheio da concorrência dos milhares de deuses hindus! Bom, mas respondendo à sua pergunta: eu não gosto da Índia, embora tenha nascido nela! Oras, síndrome de vira-lata não é somente para brasileiros! Por isso mesmo o budismo só "vingou" mesmo foi fora da Índia!

Shaka - Enfim, deixa esse papo pra depois e bora comer! Eu escolho a comida sozinho, vá!

Sendo assim, Buda voltou a dormitar e Shaka foi escolher o rango. Pegou logo uns bolinhos (Tatsumi feelings) e uns biscoitinhos, os quais o vendedor pegou com a mão e misturou com um monte de molho esquisito e super apimentado, sem nem ter lavado nada. O loiro aguado tava com tanta fome que não levou nada disso em consideração e saiu comendo mesmo assim. Só que o trem era tão doido, e nos últimos tempos o Shaka estava tão acostumado a comer comida bem mais limpinha e bem preparada na Grécia mesmo... ou não comer nada, quando tentava viver de prana em suas místicas meditações... que mal o treco bateu em seu estômago, já queria voltar - ou mesmo ser defecado.

Shaka - GAAAAAAAAAAAAAAHHHHH, Buda, eu tenho certeza de que isso é uma espécie de castigo seu!

Buda, o qual estava cochilando até então, de repente acordou e se deparou com o discípulo todo aflito, tentando resolver tudo aquilo que a comida mal feita lhe havia causado.

Buda - PQP Shaka, eu disse pra você que aquele trem lá estava completamente intragável!

Shaka - E o que eu ia fazer, passar fome?!

Buda - Tá quase botando tudo pra fora de qualquer forma!

Logo logo, de fato, não demorou muito para que o loiroso fosse ao banheiro mais próximo e botasse uma parte pra fora vomitando, bem como a outra parte fazendo o núméro dois. Só havia um problema: na India o pessoal não costuma usar papel higiênico... e o banheiro não passa de um buraco cavado no chão muitas vezes.

Buda - Iiiiiiih Shakoso, e agora, como fará para se limpar?!

Shaka - Usarei a regra básica do indiano comum: com a mão direita se come, com a mão esquerda a gente se limpa!

Buda - Não, peraê! Mas nem um pedacinho de pano, Shaka?! Ô Shaka, que nojeira é essa! Não foi assim que eu te ensinei! Por isso que eu saí da Índia! Pelo menos lava essa mão com água e sabão depois, né!

Shaka - Como, se na Índia a maioria dos estabelecimentos não possui sistema de saneamento básico?!

Buda - Putz Shakaaaaaa, francamente! Acho que vou te renegar como meu discípulo!

Shaka - Ó Buda, então por que me fizeste nascer na Índia, esse lugar tão precário?!

Buda - Aff, vai fazer alguma coisa de útil, vai!

Após sua pequena aventura pelos centros gastronômicos de Varanasi, o homem mais próximo de Buda foi voltar para meditar na beira do rio Ganges, como sempre fazia.

Shaka - AUUUUUUUUMMM... AUUUUUUUMMM... AUUUUUUUUUUUUMMM...

Buda - Já te mandei trocar esse mantra, tá muito manjado! E Shaka, vira essa mão esquerda pra lá! Só de saber o que você fez com ela...

Shaka - Se tanto vos incomoda, ó venerável Buda, então eu vou lavar a minha auspiciosa mão esquerda no rio Ganges!

Buda - Pô Shaka, o rio tá tão poluído que é capaz de a mão sair mais suja do que entrou! Ou de você perder a mão em contato com semelhante local tóxico!

Shaka - Chega de tanta frescura, ó venerável Buda! AUUUUUUUUUUUUMMMMM...

Bom, o loiroso não perdeu a mão, porém teve algumas dificuldades com a higiene... mas nem percebeu, já que estava inserido numa das culturas mais anti-higiênicas do mundo: a indiana.

Mas e o Krishna? Será que conseguiu registrar seus direitos autorais? E a Ariel não-binárie, vai resolver as suas tretas mais tretosas com o Ly de Pylantragem? E a Shina, vai continuar com sua busca incessante (e barulhenta) pelo SEEEEEEEEEEEEEEEEIYAAAAAAAAAAAAAAA?

Tudo isso e muito mais, no capítulo 17 dessa aventura sem pé nem cabeça!

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Nota da autora: Geeeeente, eu não resisti! Rsssss! Esses dias me indicaram alguns vídeos sobre culinária indiana, e infelizmente a comida de rua da Índia é de fato preparada de forma bastante precária! Mas infelizmente, com o país sendo pobre do jeito que é... até para lavar um simples prato fica difícil!

E essa de eles não terem papel higiênico, é verdade! Eles limpam com a mão (eca!), se o banheiro for relativamente sofisticado tem onde lavar. Agora, se não for... vai na mão mesmo! Por isso eles tem a regra de limpar com a mão esquerda e comer com a mão direita, rssssss!

Coitado do Shaka, tá bem arrumado, hein? Rsssss!

Até o próximo capítulo, espero atualizar em breve!

O rererereretorno de Poseidon (ao cantinho)Onde histórias criam vida. Descubra agora