Labirinto de Sentimentos

Capítulo 9

Após a esperada prova, o professor Aizawa decidiu liberar a classe no dia seguinte para aproveitarem um dia de folga antes de voltarem à rotina de aulas, e os alunos estavam animados para aproveitar ao máximo. Bakugou decidiu sair para um passeio em sua moto. Ele estava ajustando os últimos detalhes na garagem da escola quando Uraraka apareceu.

— Ei, Bakugou! O que você está fazendo?

— O que parece? Estou me preparando para sair. Preciso sentir um pouco de vento no rosto.

— Isso parece divertido. Posso ir com você?

Bakugou olhou para ela, surpreso. Normalmente, ele preferia andar sozinho, mas Uraraka o fez reconsiderar.

— Hmph, pode vir.

Uraraka sorriu, empolgada. Ela rapidamente pegou um capacete extra e subiu na moto atrás de Bakugou, segurando firme em sua cintura.

— Segure-se bem. Não vou pegar leve.

— Estou pronta!

Bakugou ligou a moto e eles partiram em alta velocidade pelos portões da U.A. O vento batia em seus rostos enquanto atravessavam as ruas da cidade. A sensação de liberdade era revigorante, e Uraraka não conseguia conter um grito de alegria.

— Isso é incrível, Bakugou!

— Eu te disse. Nada como uma boa corrida para limpar a mente.

Eles passaram por diversos pontos turísticos da cidade, aproveitando a paisagem e a adrenalina do passeio. Pararam em um mirante com vista para o mar, onde Bakugou desligou a moto e os dois desceram para apreciar a vista.

— Uau, essa vista é linda!

— Sim. Às vezes, é bom sair da rotina e ver algo diferente.

Enquanto admiravam a paisagem, Uraraka aproveitou a oportunidade para conversar com Bakugou sobre algo que estava em sua mente.

— Bakugou, queria te agradecer por todos os treinos. Sinto que realmente cresci como heroína graças a você. E também por me ajudar naquela noite em relação ao Deku.

— Hmph. Você fez o trabalho duro. Eu só te empurrei na direção certa.

— Mesmo assim, sua orientação foi importante. E... queria saber se você gostaria de sair mais vezes. Não só para treinar, mas para momentos assim.

Bakugou ficou em silêncio por um momento, refletindo. Ele nunca foi do tipo que se abria para os outros, mas havia algo em Uraraka que o fazia querer tentar.

— Talvez. Podemos ver como as coisas vão. Mas não espere que eu seja sempre agradável.

— Eu sei. E não espero. Gosto de você do jeito que você é, Bakugou.

Bakugou olhou para ela, surpreso e um pouco desconcertado. Mas, por um breve momento, ele deixou escapar um pequeno sorriso.

— Vamos voltar. Ainda temos tempo antes do jantar.

Os dois subiram na moto e começaram o caminho de volta para a U.A., Bakugou sentia algo em si que ele não queria aceitar, ele não poderia, não era esse seu foco, ficar perto de Uraraka só podia o estar deixando maluco pois ela começou a despertar sentimentos que há muito tempo Katsuki achou ter esquecido.

De volta à U.A., os amigos de Bakugou ficaram surpresos ao vê-lo chegar com Uraraka na garupa.

— Ei, Bakugou, como foi o passeio? — perguntou Kirishima.

— Foi bom. Precisava sair um pouco.

—Uraraka, você foi com nosso biribinha ? — indagou Kaminari.