No dia seguinte, Uraraka acordou com o rosto inchado, resultado de uma mistura de sono e choro. Ao se olhar no espelho, viu o quão abatida estava. Respirando fundo, decidiu que precisava de um tempo para si mesma antes de enfrentar o novo dia. Entrou no banheiro, fez sua higiene matinal e, sentindo-se um pouco melhor, desceu para a cozinha.
Ela havia acordado cedo e decidiu aproveitar a oportunidade para tomar seu café da manhã em paz. Preparou um bom café, torradas com manteiga e frutas frescas, e se dirigiu para fora do alojamento, desejando aproveitar o nascer do sol.
No entanto, algo a impediu de apreciar completamente a vista. A alguns metros de distância, Katsuki Bakugou estava fazendo seu treino matinal. Suado devido ao esforço físico e sem camisa, ele era uma visão impressionante. Seus músculos se destacavam sob a luz suave do amanhecer, e Uraraka não pôde evitar admirar aquela cena.
— Que homem! — murmurou para si mesma, sem perceber que estava sorrindo.
Bakugou notou Uraraka de pé, observando-o. Ele estranhou o fato dela estar acordada tão cedo e, por um momento, parou seu treino.
— Oi, cara de lua! — chamou ele, caminhando em direção a ela. — O que está fazendo acordada a essa hora?
Uraraka deu um passo em direção a ele, segurando sua xícara de café. — Eu precisava de um tempo para mim mesma. Não consegui dormir muito bem.
Bakugou ergueu uma sobrancelha, preocupado. — Algo te incomodou ontem?
Ela hesitou por um momento, lembrando-se da conversa com Midoriya na noite anterior. — Só alguns pensamentos. Nada com que você deva se preocupar.
Bakugou ficou em silêncio por um momento, avaliando-a com seus olhos afiados. — Se precisar de alguém para conversar, estou aqui, sabe?
Uraraka sorriu, sentindo-se reconfortada por suas palavras. — Obrigada, Katsuki. Eu realmente aprecio isso.
Bakugou assentiu, um leve sorriso nos lábios. — Então, está aproveitando o nascer do sol? — perguntou ele, mudando de assunto.
— Sim, estava tentando. Mas acho que você roubou a cena — brincou ela, rindo suavemente.
Bakugou deu uma risada curta e olhou para o horizonte. — O sol é bonito, mas não se compara a você.
Uraraka sentiu seu coração acelerar, surpresa pela gentileza inesperada. — Você realmente sabe como fazer uma garota se sentir especial, Katsuki.
Ele encolheu os ombros, um pouco desconfortável com a própria vulnerabilidade. — Só estou sendo honesto.
Eles ficaram em silêncio por um momento, ambos observando o sol subir lentamente no céu. A tranquilidade do momento trouxe uma sensação de paz a Uraraka, aliviando parte do estresse e da confusão dos dias anteriores.
Finalmente, Bakugou quebrou o silêncio. — Bem, preciso me arrumar para a aula, nos vemos depois.
Enquanto ele voltava para o alojamento, Uraraka sentou-se em um banco próximo, terminando seu café e apreciando a bela manhã.
Uraraka enrolou o máximo que pôde para ir para a sala de aula. Ela sabia que, se fosse cedo, não iria escapar da conversa com Midoriya, já que viu a mensagem que ele mandou na noite passada e também sabia que sua cara não estava das melhores, e suas amigas iriam querer saber o que houve.
Chegando na sala, ela se direcionou diretamente à sua cadeira e, para sua sorte, o professor chegou logo atrás, dando início à aula. Uraraka estava quieta e concentrada naquele dia. O professor havia passado uma tarefa para a classe e logo Uraraka terminou a sua. Ela se direcionou até a mesa do professor, deixou seu papel e retornou ao seu lugar.
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Labirinto de Sentimentos
RomanceEm um mundo onde heróis enfrentam vilões diariamente, Katsuki Bakugo e Ochako Uraraka encontram-se em uma batalha muito mais complexa: a luta contra os próprios sentimentos. Katsuki, com seu temperamento explosivo, sempre se viu como alguém que não...