Labirinto de Sentimentos

Capítulo 23

Agora, como alunos da classe 3-A, a turma estava mais madura e pronta para encarar os últimos desafios antes de se tornarem heróis profissionais. O terceiro ano trouxe consigo uma sensação de urgência e responsabilidade.

As expectativas eram altas, tanto por parte dos professores quanto dos próprios alunos. No primeiro dia de aula como classe 3-A, a sala estava cheia de energia. Aizawa, como sempre, entrou com sua expressão séria, mas havia um leve brilho em seus olhos.

— Bom dia, turma. — disse Aizawa, olhando para seus alunos que agora estavam na reta final. — Este é o seu último ano. Preparem-se para dar tudo de si.

— Bom dia, sensei! — responderam todos em uníssono.

Aizawa começou a explicar o plano de estudos e os desafios que enfrentariam, incluindo estágios em agências de heróis e treinamentos especializados.

Era uma manhã tranquila na UA, mas para Uraraka, as coisas estavam longe de tranquilas. Ela estava lidando com as dores e mudanças de humor típicas da TPM. E Bakugou, sem ter a menor ideia do que estava acontecendo, estava prestes a descobrir.

A manhã começou com Uraraka derrubando acidentalmente seu café na mesa de café da manhã.

— Droga! — ela gritou, com lágrimas nos olhos, o que deixou Mina perplexa.

— Está tudo bem? — perguntou Mina, preocupada.

— Não! Tudo está péssimo! — Uraraka respondeu, e imediatamente depois começou a rir. — Ah, que bobagem, é só café!

Bakugou, observando de longe, ficou confuso.

Mais tarde, durante o treino, Uraraka se transformou de uma competidora feroz para alguém excessivamente sensível em questão de minutos.

— Vamos, Uraraka, você pode fazer melhor do que isso! — gritou Aizawa, enquanto ela praticava.

— Eu estou tentando, sensei! — ela gritou de volta, com uma mistura de frustração e lágrimas nos olhos.

— O que está acontecendo com ela hoje? — Bakugou murmurou para Kirishima.

— Parece TPM, meu amigo. — respondeu Kirishima, rindo. — Boa sorte.

Bakugou então suspirou pesadamente, se dando conta da situação. No final da tarde, decidiu ir ao quarto de Uraraka para tentar descobrir o que estava acontecendo. Ele bateu na porta levemente.

— Uraraka, posso entrar? — perguntou ele.

— Entra logo. — respondeu ela, com a voz abafada.

Ao abrir a porta, Bakugou encontrou Uraraka encolhida na cama, segurando uma almofada contra o estômago.

— O que você tem? — perguntou ele, preocupado.

— Estou com cólica, Bakugou. — disse ela, com uma expressão de dor.

— Cólica? — ele fez uma pausa. — Ah, cólica. Entendi.

— Não ria de mim! — ela exclamou, atirando um travesseiro nele.

— Ei, calma aí! — disse ele, desviando-se. — Não estou rindo de você. Só estava tentando entender.

— Estou com TPM, idiota. — explicou ela, suspirando. — Mudanças de humor, dor, tudo isso.

— Ah, então é isso. — disse ele, finalmente compreendendo. — Ok, o que eu posso fazer pra ajudar?

— Só fica aqui comigo. — pediu ela, com um olhar carente.

Bakugou sorriu, sentando-se ao lado dela na cama. Ele começou a massagear levemente as costas dela, tentando aliviar um pouco a dor.

— Olha só, quem diria que você é bom nisso. — disse Uraraka, sorrindo levemente.