Capítulo 12 - Surpresa Inesperada e Inoportuna

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No dia seguinte, Emiko havia passado a manhã arrumando a casa e fazendo faxina, colocou algumas coisas no porão e até organizaria o local, mas desistiu, o fato de ter arrumado a casa por si só já havia sido cansativa, então tudo que ela queria era tomar um banho e aproveitar a casa limpa, prazeres que apenas a vida adulta poderia apreciar.

Eram oito horas da noite quando ela estava em frente a televisão vestindo seu pijama enquanto assistia a um programa, era alguma competição sem sentido que não estava prestando atenção, tudo que ela conseguia pensar era na semelhança de Yumeko com Nishikiyama e ela, também tentava encontrar onde estaria o vínculo entre o Morning Glory e o Sunflower, mas sem sucesso, não se lembrava de Kazama ter comentado algo sobre aquele Orfanato em algum momento da vida.

Logo, a campainha toca, ela se assusta, afinal era muito tarde da noite para alguém querer prestar uma visita, a maioria dos vizinhos já haviam se recolhido, ela abre a porta encontrando Nishikiyama em frente a ela com uma mochila e uma mala com rodas. Emiko tenta fechar a porta na cara dele, mas é impedida, ele coloca a mão no objeto para que não fosse fechada em seu rosto.

— Está frio e escuro aqui fora, acho que você não vai querer fechar a porta... — disse Nishikiyama — Me dê uma chance e podemos conversar como dois adultos maduros.

Emiko respira fundo, se perguntava como ele havia conseguido o seu endereço, porque ele estava ali e qual era o motivo de continuar com aquele assunto, achou que já havia deixado as coisas claras na Millenium Tower, o que mais precisava para ele entender? E agora que ela, finalmente, estava conseguindo a paz que tanto almejou?

— Já começou errado, mas tudo bem... — disse Emiko revirando os olhos e permitindo que ele adentrasse o local.

Nishikiyama entra na casa e se senta no sofá da sala, ele olha em volta e percebe que ela tem paredes em tons marrons, os móveis eram de cores claras e tinham alguns vasos de plantas nos cantos com folhagens artificiais, o local era muito aconchegante, ele precisava admitir e tinha um toque especial, era uma decoração que ele sabia quem havia feito, era exatamente do jeito que Emiko falava para ele quando namoravam.

— Como você soube onde eu morava? — Emiko finalmente pergunta.

— Um passarinho me contou... — disse Nishikiyama, recebendo silêncio em resposta — Eu sou Patriarca, várias informações chegam até mim todos os dias.

— Certo, sobre o que você quer conversar comigo? — Emiko pergunta — Já não falei que nós não temos nada para conversar?

— Eu não penso assim, acho que tenho o direito de me explicar.

— Então se explique logo... — disse Emiko cruzando os braços.

Nishikiyama respira fundo, ele pensa nas palavras antes de soltá-las, esperava que ela compreendesse o que ele queria falar e que tudo ocorresse bem, ele aceitaria qualquer reação que ela tivesse, mas precisava que ela ouvisse o que ele tinha a dizer, assim, ela poderia dá-lo uma segunda chance, entendendo a situação.

— O fato de eu falar que amo a Yumi, não significa que nunca amei você de verdade, eu nutria um respeito enorme por ela após longos anos convivendo juntos na infância e de fato, eu gostava dela, sei que ela não queria ter nenhum relacionamento comigo, ela amava Kiryu e eu não a forçaria a ficar comigo se não quisesse... — disse Nishikiyama — Mas também não achava justo que ela ficasse com Kiryu e por isso que queria tirá-la dele, esse foi o meu maior erro e se eu não tivesse ficado com essa ideia idiota na cabeça, ela poderia estar viva hoje, ao lado da filha dela e criando-a com Kiryu.

Emiko se mantém em silêncio, várias coisas se passavam em sua cabeça, ela queria poder opinar em algo, mas não tinha palavras em seu vocabulário que pudessem expressar o que sentia e o que estava pensando sem ofendê-lo de forma pesada.

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