Capítulo 8 - Confusão na Millenium Tower

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Alguns dias se passaram, Yumi, ou melhor, Mizuki, ainda não havia aparecido, Emiko apenas recebeu um SMS onde ela falava que estava bem de forma robótica e nada mais, o bar estava abandonado e desde que Kiryu falou que haviam pessoas da Família Nishikiyama por lá procurando por Mizuki, a moça voltou para o seu apartamento antigo que agora havia sido abandonado pela proprietária, era o único lugar que ela considerava seguro, ao mesmo tempo que era infernal conviver com as lembranças de tempos mais simples que emanavam daquele lugar.

Estava indo ao Serena visitar Haruka as vezes, levava para se divertir, mas tinha momentos que era impossível fazer isso por causa das circunstâncias. Mas não demoram muitos dias para Emiko receber um telefonema de Kiryu, ela atende esperando que fosse alguma mudança boa, pelo menos, para se manter mais calma.

— Emiko, temos vários problemas: Mizuki foi morta pelos capangas do Nishiki.

Um frio percorre a espinha de Emiko, isso não podia ser verdade, ela havia mandado mensagem falando que estava bem há pouco tempo, de onde ele havia tirado aquela informação? E porque justo a Família Nishikiyama tinha feito isso?

— Você está maluco? — Emiko questiona — Que tipo de brincadeira é essa?

— Não é uma brincadeira, nos encontramos no bar alguns dias atrás e ele me relatou que os capangas fizeram isso sem o consentimento dele, também admitiu que atirou no Kazama no funeral do Sera... — disse Kiryu — Eu demorei para contar porque outras coisas rapidamente aconteceram, Reina nos traiu, contou minha localização e para piorar a situação, ela e Shinji foram mortos por um cara chamado Arase, que estava envolvido com Nishiki.

Emiko sabia que Kiryu era um zero a esquerda contando as coisas, mas eram tantas informações enroladas uma em cima da outra, que ela apenas massageava suas têmporas tentando processar a primeira notícia enquanto era bombardeada por mais algumas centenas, tudo que ela sabia era que sua raiva por Nishikiyama crescia mais e mais.

— Eu vou matar esse filho de uma puta! — disse Emiko aos berros com ódio — Vou torcer o pescoço dele como se fosse uma toalha encharcada!

— Vou resolver mais algumas coisas e conversamos mais tarde... — disse Kiryu — Vamos focar em manter a Haruka segura por enquanto.

Emiko concorda, ela desliga o telefone um pouco trêmula, não conseguia acreditar nas palavras de Kiryu e muito menos que Nishikiyama teria permitido essas atrocidades acontecerem, ela precisava tirar a prova, pega seu celular e rapidamente digita o número de Yumi, não demora muito para alguém atender na outra linha.

— Emiko, aconteceu alguma coisa? — Yumi pergunta ao atender o telefonema, o que faz um suspiro de alívio sair do fundo do peito de sua guarda-costas.

— Que susto, você é uma desgraçada, sabia? — disse Emiko respirando fundo, tentando recuperar o fôlego, se sentindo aliviada.

— Desgraçada por quê? — ela pergunta chocada — O que eu fiz?

— O Kiryu me ligou falando que você tinha morrido nas mãos dos capangas do Nishikiyama... — Emiko conta — Fiquei nervosa porque você me enviou uma mensagem hoje de manhã falando que estava bem...

— Sim, foi a dublê que Kazama criou para mim, ele queria despistar Akira... — disse Yumi — Mas estou bem, se quiser tirar a prova, pode vir aqui no Ares, precisarei de você.

Emiko concorda, ao desligar o telefone, ela pega o seu carro e chega o mais rápido que podia em Kamurocho, estacionando na rua do Serena e correndo até a Millenium Tower, chegando lá, ela sobe no andar e Yumi estava lá, ainda como Mizuki, de pé em meio ao bar carregando uma maleta de metal que Emiko nunca havia visto em sua vida e sentia uma ponta de curiosidade para saber o que era, mas não perguntaria.

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