Abutre Escarlate - Os sete pecados capitais

Festival de Byzel

Seguiram rumo à cidade de Byzel, atraídos pelos rumores que indicavam a presença do martelo gigante Gideon, tesouro sagrado de Diane. Durante toda a jornada, você permaneceu confortavelmente nos ombros da gigante, compartilhando histórias e revivendo memórias com Diane

— Não acredito que você realmente conseguiu achar o reino de Camênio, isso é tão legal! — Diane exclamou, sua voz cheia de entusiasmo enquanto o vento brincava com seus cabelos

À medida que se aproximavam de Byzel, a visão da cidade provocava um brilho de emoção nos seus olhos e nos de Diane

— Ouvi dizer que terá um festival de luta! Isso é tão emocionante! — Compartilhou a notícia animadamente com Diane

O restante da equipe deixou a taverna e os chamou para uma reunião. Diane se curvou para escutar atentamente o que estava sendo discutido, enquanto você pulou dos ombros dela para se juntar ao grupo no alto da Mamãe Hawk

— Diane, você não pode entrar, sua raça foi banida da cidade depois que um gigante surtou em um dos festivais — Meliodas comentou

— Muito bem, (S/n), Elizabeth e Diane irão ficar aqui na taverna enquanto vamos até a cidade recuperar o Gideon de Diane — Meliodas deu a ordem. E você, embora respeitando as palavras do capitão, não pôde deixar de revirar os olhos e murmurar em frustração

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Na vastidão da floresta ao redor de Byzel, Diane, Elizabeth e você se aventuraram em busca de ingredientes para o jantar, alheias ao perigo iminente que se escondia entre as árvores. Infelizmente, um encontro inesperado com um cogumelo, um ser cujo veneno tóxico, alterou drasticamente o tamanho de todas. Diane encolheu para o tamanho humano sem necessidade de poções, Elizabeth ficou minuscula, enquanto você dobrou de tamanho

Você xingou Diane mentalmente por ignorar seus avisos. Como ela vai bater em um monstrengo daqueles? Era um cogumelo Eryngui, que usa seu veneno tóxico como forma de se proteger. Não sabia como tinha ficado daquele tamanho, sendo que o efeito do veneno do monstro era diminuir o tamanho. Porém, aqui está você no meio da floresta usando as roupas de Diane e esperando eles voltarem do festival. Agora, no meio da floresta, entediada, e cercada por árvores que pareciam miniaturas, era estranho ver as árvores serem menor que seu tamanho, pareciam brócolis. Arrancou uma das árvores e a segurou nas mãos e se levantou com a intenção de dar uma voltar pela área

Andando pelo mar de árvores minúsculas, observava de longe o pico da cidade de Byzel, onde o festival e as lutas estavam ocorrendo, sentindo a magia pulsante que emanava daquele local. Subitamente, seu olhar foi atraído pelo vislumbre do Gideon de Diane, o martelo gigante, sendo movido por homens usando uma corda. Ao mesmo tempo, a presença iminente de paladinos se aproximava de Byzel, um sinal claro de que os cavaleiros sagrados estavam na cidade à procura dos pecados 

Com agilidade e determinação, correu na direção de onde a magia era mais intensa, provocando um alvoroço entre as pessoas que fugiam de sua presença colossal. Em um gesto de urgência, assobiou alto, chamando Oslo, seu leal companheiro, que apareceu flutuando ao seu lado e cresceu para acompanhar seu novo tamanho gigantesco

— Oslo, em guarda! — Exclamou com determinação, enquanto o cão latia em resposta, pronto para protegê-la a qualquer custo

Na arena de luta, três cavaleiros sagrados investiam com toda a sua força contra os seus companheiros. A batalha era intensa, cada lado usando seu potencial máximo para ganhar vantagem. De repente, em meio ao caos dos confrontos, Meliodas foi arremessado pelos ares em sua direção, sendo amortecido de forma inusitada por seus seios agora gigantescos

— E aí, capitão, tá gostando da vista? — Brincou, seu humor destacando-se de forma peculiar mesmo em meio à batalha acirrada 

Cuidadosamente, retirou Meliodas do meio de seus seios, verificando se ele estava bem, enquanto ele coçava o pescoço sem jeito

— Caramba, você trocou de roupa! — Comentou Meliodas, notando o quão diferente você parecia em seu tamanho ampliado

— SÓ ISSO? — Ouviu Ban gritar indignado de lá de baixo

Você olhou para baixo e viu seus amigos em meio ao embate com os cavaleiros sagrados. Uma risada escapou de seus lábios 

— Caramba, vocês são bem pequenininhos, olhando daqui de cima — Comentou divertida, colocando Meliodas novamente no chão

— (S/n)! Pega o Gideon! — A voz de Diane ecoou alta entre os sons da batalha

Enquanto Oslo protegia suas costas, avançou determinada para recuperar o martelo sagrado de Diane

— Agora, ataque! — Ordenou Diane, e você desferiu um golpe, tentando seguir os movimentos ensinados pela gigante. No entanto, seu primeiro golpe falhou em impactar o Gideon

— Não tá dando certo, Diane! — Exclamou, tentando novamente com ainda mais força e concentração

Infelizmente, seus esforços foram interrompidos por uma chuva de bolas de fogo, desencadeando uma reação em cadeia de explosões que a atingiram em cheio. Ferida e paralisada pelo impacto devastador, caiu no chão, incapaz de se mover ou responder ao perigo iminente que se aproximava

Ouvindo um grito distante com seu nome, tentou desesperadamente manter a consciência enquanto uma dor aguda se espalhava por suas costas, vinda de um ataque mágico poderoso que a deixou em estado de vulnerabilidade total

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Acordou em uma cama, sentindo olhos te observando. Olhou para a janela e viu os olhos violeta de Diane, lacrimejando.

Alguém tossiu, chamando sua atenção. Era Meliodas, ao lado de Elizabeth. Suspirou feliz que tinha voltado ao seu tamanho normal

— Que bom que acordou, Lady (S/n). Eu estava tão preocupada com você — Elizabeth disse te abraçando 

Sem palavras, você bateu de leve na cabeça dela, tentando acalmar a menina que começou a chorar. Um arrepio percorreu seu corpo.  Não sabia oque falar, se sentia estranha abraçando ela

— Você nos deu um baita susto, (S/n) — Meliodas disse olhando para você e Elizabeth de um jeito estranho

— Que bom que você ta viva, (S/n). Eu preciso de alguém para me proteger para não virar presuntinho no estômago daquele seu cachorro feioso — Hawk comentou, pulando na cama para se juntar ao abraço

O quarto começou a encher de água como se fosse um navio afundando. Olhou na direção da janela e viu uma cachoeira de lágrimas adentrando o quarto

— Não me assusta assim, nunca mais, (S/n)! Não sei oque faria se eu perder você! — Diane exclamou entre os soluços

— Diane, para de chorar! Você ta alagando o quarto! — Meliodas disse desesperado

Com um esforço doloroso, você riu da situação caótica que se desdobrava ao seu redor, mesmo sentindo dor e desconforto nas costas e nos machucados abertos

— Diane, não se preocupe tanto, eu estou bem. Estamos todos juntos de novo — Suas palavras eram um esforço sincero para acalmar a gigante, que continuava a chorar sem se importar com água que adentrava o quarto

O quarto continuava a encher rapidamente, transformando a cena em algo ainda mais surreal

Gritando por King, Meliodas conseguiu trazer o rei das fadas para ajudar a controlar a água, que tomava conta do quarto