Abutre Escarlate - Os sete pecados capitais

Gigante de armadura

O conto do gigante de armadura era verdadeiramente enigmático, repleto de metáforas que convidavam o leitor a decifrar seus significados ocultos. Sua genialidade residia na habilidade de cada indivíduo interpretar a história de maneira única e pessoal

Era uma vez um gigante de armadura, movido pela curiosidade, que perambulava pela terra em busca de aventuras e adrenalina. A curiosidade em conhecer seres diferentes dele o deixava extasiado, pois até então só tinha convivido com seus semelhantes. Ao chegar ao reino dos humanos, no entanto, foi recebido com hostilidade, talvez devido ao seu imenso tamanho ou à sua aparência incomum. Contudo, o gigante não se deixou abater. Sua sede por entender os outros seres só aumentava, pois estava determinado a mostrar que era mais do que uma simples fera, era um ser com sentimentos

Diferentemente da sua própria natureza gentil, os humanos revelavam uma ampla gama de emoções, oscilando entre compaixão e repúdio. Em um ato de repulsa, lançaram pedras contra a pobre criatura. Por trás de sua imponente armadura, escondia-se um coração que pulsava com dor e incompreensão

O conto não apenas narra a jornada física do gigante, mas também a sua jornada emocional e espiritual, explorando os desafios de ser incompreendido e julgado apenas pela aparência. A mensagem subliminar convida os leitores a refletir sobre a importância da empatia e da compreensão mútua, destacando que, muitas vezes, o que está por baixo da superfície pode surpreender e emocionar aqueles dispostos a enxergar além das aparências

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O título "Gigante de Armadura" provou ser uma leitura fascinante. Leu o conto enquanto se recuperava dos ferimentos da última batalha contra Helbram. Diane cuidava de você, enquanto Hawk e Elizabeth foram comprar mantimentos

Apesar de não admitir em voz alta, você estava adorando toda a atenção que recebia. Ban preparava suas comidas favoritas, King confeccionava roupas para você, Diane trocava seus curativos, e Oslo deitava ao seu lado na cama. Elizabeth e Hawk buscavam ervas especiais para fazer um chá que ajudava em sua recuperação

Entre todas as atenções que recebia, a de Meliodas era a mais especial. Ele a visitava todas as manhãs e fazia companhia até a hora do almoço. Alguns dias ele permanecia em silêncio ao seu lado, enquanto em outros falava sem parar, até a boca doer

Isso a fazia sentir-se verdadeiramente especial. Sabia que era uma pessoa de sorte por ter tantos amigos que genuinamente se preocupavam com seu bem-estar

— Por que se sente especial por uma coisa tão trivial? As pessoas se preocuparem com seu bem-estar, não as torna suas amigas — Uma voz conhecida ecoou em sua mente, interrompendo seus pensamentos. Você reconheceu imediatamente aquela magia

— Gowther, não leia meus pensamentos! Respeite a privacidade dos outros! — Avisou com desgosto, cancelando a magia dele. Passos se aproximaram rapidamente, fazendo você se sentar na cama

Logo o ser de cabelos rosados entrou no quarto, acompanhado pelo resto da equipe

— Gowther — Você pronunciou, estreitando os olhos para o boneco

— Por que não estou surpreso de que você já conhece a forma verdadeira dele? — Meliodas comentou, sem expressão, e logo revirou os olhos, emburrado

— Eu sei de muitas coisas, capitão — Deu de ombros, ainda encarando o menino de cabelos rosas com certo ódio

— Bom, já que tocou nesse assunto — Meliodas começou sério, cruzando os braços. — Tenho certeza que você se lembra do que aconteceu naquele dia, há dez anos atrás

— Como assim você não lembra? — Perguntou confusa e encarou o capitão, que a encarava profundamente

— Nenhum de nós conseguimos lembrar daquele dia, e você anulou minha magia. Não consigo verificar suas memórias sobre aquele dia — Gowther colocou o dedo no queixo pensativo

Pensou por um tempo sobre as palavras do boneco e sabia muito bem de quem era aquela obra de apagar a memória da equipe toda naquele dia. Merlin tinha um dedo nisso. Nem Gowther se lembrava daquele dia.

— Isso é coisa da Merlin, sinto muito capitão, mas não irei me intrometer nos negócios dela. Se ela apagou a memória de todos, têm algum motivo por trás — Se desculpou, percebendo que todos estavam frustrados com a sua resposta

Nem nos seus sonhos você ia mexer com Merlin, aquela mulherzinha te dava nos nervos.

— Todos, menos você? Realmente deve ter algum motivo por trás da decisão de Merlin — Meliodas pontuou acusando você de estar metida nisso.

De todos da equipe, as únicas que não se davam bem era Merlin e você. Era muito suspeito que apenas você lembrasse daquele dia. Seus olhos lacrimejaram com a acusação e você sentiu um nó na garganta. A dúvida de Meliodas atingiu seu coração de uma forma dolorosa

— Eu não tenho nada a ver com isso, quer você acredite ou não! — Disse rudemente, cerrando os punhos

Uma aura sombria tomou o quarto, e subitamente a temperatura pareceu diminuir drasticamente. O ar gélido cortou os rostos de todos presentes, trazendo consigo uma sensação de desconforto e tensão. Todos os olhares se voltaram para você, que caiu na cama desacordada, e começou a se contorcer na cama, emitindo gemidos de angústia

Meliodas, Diane, Ban, King, Elizabeth, Hawk e Gowther, todos ficaram imediatamente alerta, tentando compreender o que estava acontecendo e como poderiam ajudar. A aura sombria e os poderes ocultos que emergiram revelavam uma faceta desconhecida de você

Com um olhar calculista, Meliodas ordenou insensivelmente que todos saíssem do quarto, percebendo a urgência e a gravidade da situação que se desenrolava diante de seus olhos. Os outros membros do grupo, relutantemente obedeceram ao comando de Meliodas. Com olhares de preocupação e incerteza, eles deixaram o quarto

Dentro do quarto, Meliodas concentrou toda sua atenção em você. Ele estava pronto para enfrentar seus poderes sobrenaturais, que ameaçavam sair de sua forma humana. Meliodas protegeria você com a própria vida se necessário fosse, enquanto aguardava o momento certo para agir contra a escuridão que ameaçava consumir seu corpo e tudo ao redor deles