Invasão

66 5 0
                                    

No coração do caos, a Arena dos Dez Mandamentos, um cenário de devastação dominava o ambiente. No escritório privado do capitão, documentos espalhados, móveis destroçados e manchas de sangue indicavam uma batalha feroz

A ausência de Zeldris e da noiva de Meliodas, enviados urgentemente em uma missão ao clã dos vampiros para auxiliar contra o ataque das deusas a Edimburgo, deixou uma lacuna estratégica no comando. Isso agravou significativamente a crise no reino demoníaco, pois ambos eram peças-chave na defesa e no planejamento estratégico dos Dez Mandamentos

O reino, outrora impenetrável, agora estava cercado pelas forças da Stigma, uma aliança composta por fadas, gigantes e, principalmente, deusas. A superioridade numérica e estratégica das deusas transformou a batalha em um verdadeiro massacre, com os demônios sendo empurrados para uma defesa desesperada. A presença de traidores no próprio clã demoníaco era uma suspeita que pairava sobre todos, tornando cada demônio um potencial inimigo interno

Quando Zeldris e (S/n) retornaram de sua missão, encontraram um cenário de desolação. Demônios lutavam com todas as suas forças contra as hordas invasoras, e os sinais de traição se tornavam cada vez mais evidentes. Em meio ao caos, Zeldris se destacou, sua fúria e poder devastadores exterminando centenas de inimigos, forçando os Arcanjos a recuar com os poucos sobreviventes que restavam.

Meliodas, o líder dos Dez Mandamentos, estava gravemente ferido, uma visão que poucos poderiam imaginar possível 

═════════ ❃ ═════════

Semanas se passaram, Meliodas ainda estava se recuperando, repousando em seus aposentos.

Meliodas se sentou em alerta ao ouvir uma armadura pesada andar pelos corredores, se aproximando do quarto dele

(S/n) finalmente encontrou tempo para visitar Meliodas em seus aposentos. A sua armadura estava desgastada e suja, com sangue e poeira, composta por ombreiras redondas com espinhos, luvas cortantes, uma capa vermelha rasgada contrastando com a armadura preta, e um capacete macabro com chifres pontudos lembrando os de um Impala. Faíscas de magia negra rodeavam a armadura, dando ao mandamento da lealdade um aspecto imponente e aterrorizante

A armadura pesada ressoava com um barulho alto, enquanto ela adentrava o quarto, encontrando Meliodas sentado na cama, visivelmente exausto pela recente batalha. Com um suspiro, ela comentou com um tom abafado e frio, modificado pela armadura, que conferia um ar imponente à sua figura

— Não esperava que fosse tão fraco, Meliodas — Sua voz ressoou, carregada de uma mistura de desdém e preocupação

Meliodas, deitado entre os lençóis finos que pareciam grandes demais para ele, respondeu com um humor leve, ignorando o insulto à sua força

— Tsc, sabia que tem que polir sua armadura? — Ele desviou o assunto, tentando desviar a atenção de sua própria fraqueza

— Claro, mas enquanto você repousa no luxo, eu trabalho! — (S/n) respondeu, a exaustão evidente em sua voz — Eu... tive que assumir seu lugar enquanto você se recupera, Meliodas. Não foi fácil. Perdemos muitos dos nossos e o reino está à beira do colapso. Você realmente deveria descansar, não conseguiria lidar com isso nesse estado — Ela admitiu, quase relutante

Meliodas levantou uma sobrancelha, surpreso com a sinceridade de suas palavras. A mudança no tom de (S/n) era perceptível, revelando um traço de preocupação genuína que ele raramente testemunhava

— Cuidado, (S/n), não vai amolecer seu coração de pedra por minha causa, não é? — Provocou, tentando aliviar a tensão do momento

Ela revirou os olhos, mas seu semblante suavizou ligeiramente — Eu... só estou cansada. Cuidar de tudo não é fácil, especialmente quando você não está lá para tomar decisões idiotas — Admitiu, mais para si mesma do que para ele

Abutre Escarlate - Os sete pecados capitaisOnde histórias criam vida. Descubra agora