Alguns clientes que foram até o chapéu de javali, comentaram sobre os paladinos terem levado uma mulher presa até o palacete do duque de Coinville. Diane insistiu que o capitão deveria ir atrás dela, já que ele era o culpado por você ter ido sozinha até Coinville. Todos procuraram por você pela cidade, já que você desapareceu antes da mamãe Hawk chegar a Coinville.
Meliodas sentiu remorso por duvidar de sua palavra. Ver o jeito que seu rosto transmitia dor enquanto você se contorcia na cama, parecendo ter o pior pesadelo de sua vida. Naquela noite, quando você se lembrou de seu pecado, ele ouviu todo o seu desespero e o choro que parecia ter segurado na garganta, como se não tivesse chorado há séculos. O coração do loiro apertava toda vez que te via com dor ou chorar, ele odiava se sentir assim em relação a você. Como ele te odiava por fazer ele se sentir assim
Meliodas tentou se desculpar várias vezes, mas todas às vezes apenas encontrou o seu olhar vazio e sombrio direcionado para ele. Ele sentiu como se já tivesse vivido isso com você, sentia uma angústia toda vez que aquele olhar era lançado sobre ele, quando tudo oque ele mais queria fazer era segurá-la nos braços dele e protegê-la do mundo
Quando Meliodas chegou ao palacete, não esperava encontra você e o paladino da cabeça de besouro dando risada e comendo no jardim em uma espécie de piquenique
— Oque está fazendo aqui com ele, (S/n)? — Proferiu seu nome com tanta fúria que você levantou em um pulo assustada
(S/N) tinha trocado de roupa, usava um vestido azul de tecido caro, cheio de babados e com um decote redondo que deixava à mostra parte de seu busto e pescoço. O olhar de Meliodas parou sobre a pele exposta do seu busto, a mente dele ficou em branco e ele abriu a boca para falar, mas nada saía. Ele se perdeu por um momento, encantado pela visão inesperada, sentindo o coração acelerar no peito
Ela percebeu a hesitação dele, e uma expressão de confusão passou por seu rosto antes de se transformar em algo mais desafiador.
— O que foi, Meliodas? Nunca me viu de vestido antes? — A voz de (S/N) tinha um tom provocador, mas havia uma leve cor rosada em suas bochechas, evidenciando seu desconforto com o olhar intenso dele
Meliodas balançou a cabeça, tentando recobrar a compostura
— Não é isso, (S/N). Só... não esperava te ver assim — Ele finalmente conseguiu dizer, forçando um sorriso que não conseguia esconder a profundidade do seu olhar
Ela ergueu o queixo, os olhos brilhando com determinação
— Pois é, Meliodas. As aparências enganam, não é mesmo? — Ela cruzou os braços sobre o peito, o que só fez Meliodas se sentir mais ciente do quanto sua presença o afetava
— Você está linda, (S/N). — Ele disse com sinceridade, a voz um pouco mais baixa, mas carregada de emoção.
Ela piscou, surpresa pela gentileza inesperada, e por um momento, a raiva que ela sentia por ele pareceu diminuir. No entanto, ela rapidamente se recompôs, lembrando-se do motivo de sua irritação
— Obrigada, mas isso não muda nada — Murmurou sem graça, mas logo suas sobrancelhas se juntaram, transformando sua expressão em raiva — Oque você ta fazendo aqui? — Rebateu irritada, segurando a saia do seu vestido longo
— Eu vim atrás de você! — Meliodas exclamou, encarando-a profundamente, nervoso com a mudança repentina de seu comportamento
(S/n) odiava quando ele a olhava assim, apenas com uma palavra e um olhar ele conseguia dominá-la facilmente
— Lord Grimer, acho que nosso dia termina aqui. Agora cumpra sua palavra e me dê a relíquia — Disse sem tirar os olhos do loiro baixinho que estava parado a sua frente
Alguns soldados trouxeram uma caixa de madeira com ornamentos de pedras preciosas. Eles entregaram a caixa ao duque
— Eu só quero a relíquia, não precisa dessa caixa de joias de brinde — Revirou os olhos, se virando para o homem de cabelos brancos, que sorriu de lado com a sua resposta
— Peço que aceite isso como meu último presente, e como pedido de desculpas, (S/n) — John insistiu a estendendo a caixa
— Tudo bem — Suspirou, pegando a caixa das mãos dele
Deslizou os dedos pelos ornamentos, sentindo textura das pedras preciosas. Com um empurrão abriu a tampa da caixa, observando com um sorriso, sentindo o poder da Metamór que estava em forma de um arco bem esculpido
Metamór era o seu tesouro sagrado, uma relíquia mágica feita por um mago artesão, que encontrou na cidade perdida de Camênio. Essa relíquia se transforma conforme os comandos do dono, podendo virar diversos tipos de armas
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Estava treinando na floresta com King como uma louca, atacando mutuamente com uma força considerável apenas para derrubar o oponente. Com um golpe de várias lanças da Chastefoul, multiplicou todas as suas adagas, destroçando as lâminas que King enviou na sua direção. Transformou o tesouro em um bumerangue e o jogou pela floresta
— Isso não vai fazer nada, você o jogou muito longe — King sorriu convencido e atacou mais uma vez com a Chastefoul, a encurralando com lâminas
— Bons sonhos, King — Sorriu, piscando para o garoto, que a olhou confuso
Logo o bumerangue voltou com toda força, batendo na cabeça dele, fazendo ele cair com o nariz sangrando, desacordado no chão
A risada de Ban ecoou perto de seus ouvidos, fazendo-a se virar na direção em que ele estava. Ele sorriu para ela, mostrando as presas afiadas.
— Bem legal esse seu brinquedinho novo, (S/N) — Ban disse, olhando com ganância para seu tesouro, que estava em suas mãos agora em forma de facão
— Nem vem Ban, tira o olho! Isso aqui é meu! — Tirou a arma do alcance de visão dele
Ban aproximou-se com um sorriso travesso, os olhos brilhando com uma curiosidade perigosa
— Não se preocupe, (S/N), só estava admirando sua nova relíquia — Disse Ban, levantando as mãos em um gesto de rendição
(S/N) estreitou os olhos, mantendo a relíquia firmemente em suas mãos. O treinamento com King a deixou em alerta, e ela sabia que Ban nunca deixava de tentar roubar algo valioso que era de seu interesse
— Admire de longe, Ban. Não estou com humor para joguinhos hoje — Lançou um olhar sombrio para o platinado que a olhava com um sorriso arrogante
Ban deu uma risada curta, mas recuou, respeitando o aviso. Ele sabia quando não pressionar demais, especialmente com (S/N) segurando uma arma tão poderosa
— Tudo bem, tudo bem. Só não se esqueça de que somos amigos, certo? — Ele piscou, ainda com aquele sorriso de quem planejava algo
(S/N) apenas balançou a cabeça, voltando sua atenção para King, que começava a se levantar, ainda atordoado pelo golpe do bumerangue
— Você realmente não sabe brincar, (S/N) — King murmurou chateado, esfregando a cabeça dolorida
Você riu suavemente, estendendo a mão para ajudar King a se levantar
— Apenas estou me certificando de que vocês saibam do que sou capaz. Estamos enfrentando tempos difíceis e preciso estar preparada
King aceitou a ajuda, mas não pôde deixar de sorrir diante da sua determinação — E você está. Talvez mais do que qualquer um de nós
Você sorriu, sentindo-se fortalecida pela confiança de seus amigos. A relíquia Metamór pulsava em suas mãos, pronta para ser usada em defesa daqueles que amava. Sabia que, independentemente dos desafios que enfrentassem, com eles ao seu lado, estariam preparados para qualquer coisa
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Abutre Escarlate - Os sete pecados capitais
FanfictionUma história sobre lendas que circulam o território da Britânia. A princesa Elizabeth, com a esperança de salvar o reino de Liones da tirania dos cavaleiros sagrados, vai em busca da lendária ordem dos mais poderosos cavaleiros sagrados de toda Brit...