Abutre Escarlate - Os sete pecados capitais

Velhos tempos

Entre a elite do exército do clã dos demônios, existiam os dez mandamentos, a ordem de soldados mais forte de todo o reino demôniaco. Todos mandamentos eram demônios de alto nível, os soldados mais poderosos do Rei demônio. Todos ele eram conhecidos por toda Britânia, porém, entre eles, dois se destacavam por sua crueldade e impiedade

(S/n), o mandamento da lealdade, era conhecida por deixar caos e destruição por onde passava, cada batalha que travava era uma exibição de força bruta e estratégia afiada, um espetáculo aterrorizante que deixava seus inimigos em ruínas

Meliodas, por outro lado, era igualmente aterrorizante. Como o Mandamento do Amor, ele possuía uma crueldade que desmentia a gentileza que seu título poderia sugerir. Sua capacidade de infligir dor e destruição era lendária, e sua sede por combate era insaciável. Meliodas lutava com uma ferocidade que deixava todos ao seu redor apreensivos, cientes de que qualquer deslize poderia resultar em uma morte rápida e violenta

Havia uma competição feroz e nada amigável entre o mandamento da lealdade e o mandamento do amor. Era impossível descobrir qual dos dois era mais cruel, lutavam apenas para saciar a sede por sangue, sem um pingo de piedade ou remorso por suas atitudes sádicas. Qualquer um podia dizer que aqueles dois continham muita coisa em comum, por mais que eles negassem veementemente. A competição entre os dois era intensa. Cada encontro era uma dança mortal, onde nenhum dos dois recuava ou demonstrava fraqueza. Os outros mandamentos observavam com um misto de admiração e temor, sabendo que qualquer um deles poderia facilmente ascender ao topo como o mais poderoso e mais cruel entre eles

Meliodas era o herdeiro do trono, príncipe dos demônios, e nunca em sua vida inteira havia conhecido um ser tão arrogante igual aquele principezinho, ele era uma pedra no seu sapato. Ele sempre  tinha aquele olhar sombrio e vazio, e um sorriso sádico no rosto. Mandava em você como se fosse uma subordinada dele, mas se você recusava a obedecer às ordens dele como capitão, ele estava lá apenas por conta de seu título, pensava. Por ser muito orgulhosa, não admitiria nunca que ele era um guerreiro aos seus pés

Seu orgulho era uma chama constante que alimentava sua resistência. Cada ordem dada por Meliodas era recebida com um olhar desafiador, e suas respostas afiadas eram legendárias entre os outros demônios. Eles sabiam que, apesar de serem obrigados a trabalhar juntos, a rivalidade entre vocês dois era feroz. Não havia submissão em seus olhos, apenas uma determinação ardente de provar que ele não tinha autoridade sobre você

Meliodas, por sua vez, parecia se divertir com essa dinâmica. Seus comandos vinham com um toque de provocação, como se soubesse exatamente como pressionar seus botões. Seu sorriso sádico revelava o prazer que tirava em vê-la reagir. No entanto, por trás de sua fachada arrogante, havia um reconhecimento tácito de sua força. Ele sabia que você não era apenas uma subordinada, era uma guerreira formidável que, em muitos aspectos, rivalizava com ele

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No campo de treinamento dos Mandamentos, uma tarde quente de verão adicionava uma camada extra de tensão ao já carregado ambiente. (S/n) e Meliodas estavam no centro das atenções, suas vozes ecoando entre os soldados demoníacos que os observavam com misto de curiosidade e temor

(S/n) enfrentava Meliodas com uma firmeza implacável, desafiando-o com cada palavra

— Você acha que pode me dar ordens só porque é o príncipe? — Ela disparou, seu olhar penetrante fixo no dele

Meliodas respondeu com um sorriso sádico, desfrutando do jogo de provocações

— Não, eu dou ordens porque sou seu capitão — Retrucou ele, os olhos brilhando com um desafio silencioso — Mas é divertido ver você tentar resistir!