Os dez mandamentos

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A sensação de abandono se misturou com uma determinação crescente. Precisava descobrir quem realmente era, sua verdadeira identidade

O sentimento de solidão apertava seu peito enquanto caminhava pela estrada deserta. Cada passo parecia mais pesado, carregando o fardo das memórias confusas e das emoções conflitantes. A paisagem ao redor parecia mais sombria, como se refletisse o turbilhão dentro de você. O caminho foi árduo com seus pensamentos turbulentos, mas as respostas que procurava estavam lá, esperando por você. Cada passo a levava mais perto da verdade

Entrou nas ruínas do reino que destruiu há muitos anos atrás, estava inabitável, continha centenas de esqueletos e estátuas de pedras destroçadas, que exalavam uma magia perigosa e familiar. Dez presenças sombrias se materializaram atrás de ti, fazendo-a se virar automaticamente

Um homem alto e de cabelos grisalhos, vestido com um casaco que revelava metade de seu peitoral tonificado, se aproximou com um sorriso malicioso e segurou seu rosto

— Continua tão bela como antes, (S/n) — Acariciou seu rosto. Você enviou ele voando para longe sem nenhum esforço, ele se espatifou no chão, mas aquilo pareceu não ter o abalado — Continua esquentadinha, é excitante! — Piscou para você

— Estarossa, não comece com suas gracinhas — O moreno baixinho repreendeu o homem platinado espatifado no chão

 — Oh, não fique chateado, Zeldris. Estou apenas cumprimentando nossa querida amiga aqui — Estarossa sorriu provocativamente para o moreno

Encarou o demônio nomeado Estarossa jogado no chão, estranhamente parecido com uma versão mais velha de Meliodas. Observou Zeldris, que também lembrava o capitão dos Pecados Capitais. Fechou os olhos e respirou fundo, tentando acessar as memórias que pareciam dançar fora de alcance

— Achei que não apareceria, (S/n) — Dreyfus exclamou convencido

— Aquele encontro me deixou curiosa, mas não esperava encontrar os Dez Mandamentos aqui — Disse sem rodeios e passou seus olhos por todos aqueles demônios, analisando cada um — E eu achando que vocês seriam mais intimidadores — Declarou, um sorriso arrogante curvando seus lábios

— Oh, ela continua atrevida. Gosto disso! — Estarossa riu divertido 

— Ora, sua maldita!  — A raiva transbordava na voz de Dreyfus, que estava pronto para atacá-la — Não zombe do nós! 

 — Deixe-a, Fraudin — Zeldris cortou-o com firmeza, silenciando-o. Pela postura, era evidente que ele era o líder do grupo 

— De qualquer forma, faz um bom tempo, (S/n) — Zeldris a cumprimentou-a com respeito — Posso devolver suas memórias perdidas, (S/n). É isso que você deseja? 

Suas memórias perdidas era tudo oque mais queria, mas será que estava preparada para saber da verdade sobre o seu passado? Não era hora de ter dúvida, afinal isso era parte de sua história, parte de você e sua identidade. Precisava se lembrar

— Quero minhas memórias de volta — Você disse autoritária 

— Estou contente que tenha escolhido recuperá-las, (S/n) — Zeldris aproximou-se com um sorriso satisfeito. — Lembre-se de quem é!

A voz de Zeldris ecoou em sua mente enquanto a escuridão a envolvia, suas memórias ressurgindo com força avassaladora

A dor foi a primeira coisa que você sentiu. Uma dor aguda, penetrante, que parecia cortar sua alma. Em seguida, vieram as imagens. Fragmentos de um passado esquecido, mas agora voltando com força total

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Desde que seguiram para Camelot com pressa, nenhum dos pecados viu um sinal de sua presença. Nenhum deles sabia de sua localização atual

Abutre Escarlate - Os sete pecados capitaisOnde histórias criam vida. Descubra agora