Abutre Escarlate - Os sete pecados capitais

Insonia

Sob o céu limpo, o sol brilhava suavemente sobre os jardins do palácio, onde flores de todas as cores exalavam fragrâncias delicadas. Meliodas e (S/N) caminhavam lado a lado, seus passos em sincronia enquanto percorriam as trilhas de cascalho. O silêncio entre eles não era vazio; cada olhar trocado, cada sorriso tímido carregava uma profundidade que palavras não podiam capturar

— Lembra daquela vez no campo de batalha quando você me salvou de um ataque surpresa? — Perguntou (S/N), quebrando o silêncio com uma risada suave

— Como poderia esquecer? — respondeu Meliodas, sorrindo ao se lembrar da cena — Você estava tão irritada que quase derrotou todo o pelotão inimigo sozinha depois disso

— Bem, eu não podia deixar que me fizessem de alvo — Retrucou ela, rindo — Mas esses dias aqui são tão diferentes. Ainda estou me acostumando

Meliodas a observou atentamente, percebendo a luta interna que ela enfrentava ao tentar se adaptar à vida no palácio como a próxima rainha. Ele estendeu a mão, segurando a dela com firmeza — Você não precisa ser outra pessoa, (S/N). Aqui, você pode ser você mesma

Continuaram sua caminhada até uma fonte no centro do jardim, onde Meliodas parou e a puxou para mais perto. Eles se sentaram na borda da fonte, deixando o som da água corrente criar uma melodia tranquila ao redor deles

— Eu não deveria estar dizendo isso, mas sinto como se toda essa guerra santa fosse sem sentido, pelo oque exatamente estamos lutando esse tempo todo? Eu gostaria de viver pacificamente, em um reino que fosse seguro para Elyon, sem precisarmos viver em guarda o tempo inteiro — (S/n) confessou sentindo-se inqueita com a falta de combates, era como se algo terrivel fosse acontecer em alguns dias. O silêncio entre eles era confortável, mas (S/N) não conseguia afastar a inquietação que sentia no coração

Meliodas, sentado ao seu lado, virou-se para olhar para ela. Ele podia ver a tensão em seus olhos, uma mistura de frustração e cansaço. Ele estendeu a mão e segurou a dela, entrelaçando seus dedos

— Eu entendo, (S/N). Às vezes também me pergunto se vale a pena — Ele disse suavemente — A guerra tira muito de nós, mas acredito que lutamos para proteger aqueles que amamos, para criar um futuro onde eles possam viver sem medo

(S/N) suspirou, seus ombros caindo sob o peso de suas preocupações — Elyon merece um mundo melhor, um lugar onde ele possa crescer sem conhecer a violência e o horror da guerra

Meliodas apertou a mão dela, tentando transmitir conforto através do toque — E ele terá isso. Estamos trabalhando para isso, mesmo que pareça impossível agora. Mas eu prometo a você, (S/N), que faremos de tudo para que esse sonho se torne realidade

Ela olhou para ele, buscando força em seus olhos — Você sempre consegue me acalmar, mesmo quando tudo parece desmoronar

— Porque eu acredito em você — Respondeu ele com um sorriso — E acredito no que estamos fazendo. Sei que é difícil, mas não estamos sozinhos nessa luta

Aquelas palavras trouxeram um pouco de alívio ao coração de (S/N), mas a sensação de que algo terrível estava prestes a acontecer ainda pairava no ar. Ela desviou o olhar para o horizonte, onde a escuridão da noite parecia esconder segredos sombrios

— Eu só não consigo afastar essa sensação de que algo ruim está para acontecer — Confessou, sua voz quase um sussurro — É como se a calmaria fosse o prelúdio de uma tempestade

Meliodas a puxou para mais perto, envolvendo-a em um abraço protetor — Independentemente do que aconteça, enfrentaremos juntos. E eu estarei ao seu lado, sempre

Os dias tranquilos no palácio foram um bálsamo para suas almas guerreiras. Longe do campo de batalha, podiam ser simplesmente Meliodas e (S/n), duas pessoas descobrindo o amor. Caminhavam pelos jardins, compartilhavam refeições silenciosas, mas cheias de significado, riam de piadas internas e se confortavam nas noites em que as obrigações eram fardos pesados para se carregar sozinhos