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🌸 Vitória 🌸

— Você tá falando sério?! - a Eduarda pergunta, chocada, quando lhe conto sobre a noite que passei na casa do Kaique, e o porquê. — Mas como isso correu bem?

— Nós nos conhecemos melhor e percebemos que temos algumas coisas em comum. - respondo. — Acho que a partir desse momento que realmente ficámos amigos, e acho que ele vai me chamar pra sair!

Rio com a sua expressão.

— Sair?! - arregala os olhos. — Tipo, um encontro? Date? Coisa de casal?

— Exatamente. - assinto e a morena fica completamente doida. — Mas calma, eu não sei! Ele queria o meu número, mas me fiz de difícil.

— Aí sim Vitória, aprendeu direitinho. - se mostra orgulhosa, de facto, ela que me ensinou. — Mas se ele chamar, você aceita?

— Não sei...

— Qual a dúvida meu deus? - ela leva as mãos ao cabelo. — Um preto gostoso desses que só escreve música sobre o quanto é bom na cama! Aproveita mulher!

Ela tem um ponto, mas eu tenho outro.

— Eu te pareço velha o suficiente pra namorar um cara que tem o Brasil numa mão e um filho bebê na outra?

A Eduarda fica em silêncio.

— Pois... - concorda. — Escuta aqui, porque não tenta? Se ele te convidar para sair, você vai, vê como é, e se gostar repete. Os problemas você resolve depois, deixa vir um prazer primeiro. Não é isso que ele quer também?

— Eu sou virgem, Duda! - rio. — Você realmente acha que o Kayblack, KAYBLACK, perderia o seu tempo comigo? Consigo nem beijar direito.

— Você tá fazendo uma tempestade num copo de água. - a morena suspira. — Você tem dezanove anos mulher, já tá crescendo, aproveita a vida livre enquanto pode. Fica com o Kaique, vai.

— Não funciona assim. - discordo. — Eu realmente não o vejo como algo mais que um simples amigo, se é que posso chamar ele assim, e aposto que ele também não.

— Quer saber? - dá de ombros. — Só o tempo dirá mesmo.

Assinto e me ajeito no sofá de forma a ficar mais confortável, e volto a prestar atenção ao filme.

[•••]

— Doces ou salgadas? - o meu pai pergunta enquanto agita a panela cheia de milho que, aos poucos, vai arrebentando.

— Salgadas. - eu e a Eduarda respondemos em coro e o mais velho assente. Dito isso, sinto o meu celular vibrar no bolso da sweat do Kaique, e sim, ainda estou usando ela. Pego o iPhone e vejo que ele começou a me seguir no Instagram, o que me pegou de surpresa, mas me deixou sorridente.

— O que foi? - a Duda pergunta.

Redireciono ligeiramente o celular de modo a que ela possa encarar o ecrã. Assim que vê a notificação, abre um sorriso malandro, o que me faz rir e ficar minimamente corada.

— Estão rindo de quê, meninas? - o meu pai pousa uma taça com as pipocas já prontas, no balcão. — Quero fazer parte da graça também.

— A sua filha conheceu um boy... - a Eduarda solta e eu rapidamente levo as mãos à boca dela para que se cale. No entanto, o meu pai escutou o suficiente para esboçar uma expressão de surpresa e confusão.

— Fala sério, Vi? - me encara, sério.

— É uma longa história... - digo. — Sério, não é nada demais não...

Meu Ódio || Kayblack Onde histórias criam vida. Descubra agora