❗️contém conteúdo explícito❗️
🌸 Vitória 🌸
Aplico o gloss nos meus lábios e o guardo na mala. Desço as escadas e me despeço do meu pai — ele pensa que vou sair com a Duda — e então saio do apê. O Kaique já está me esperando na rua.
Desço pelo elevador e finalmente saio do prédio, sendo o carro dele o primeiro que eu vejo. Sorrio de longe e corro até lá, entrando.
— Oie. - digo animada, fechando a porta, e sinto a presença do Isaac nos assentos de trás. Me viro, mas ele está dormindo.
— Eaí. - o Kaique dá um beijo na minha bochecha, o que me deixa sem jeito. — Correu bem com a sua mãe? - começa a dirigir.
— Uhum. - assinto. — O que fez hoje? - tento dar continuidade à conversa.
— Academia. - responde. — Já não treinava faz um tempinho.
— Olha, eu comprei isso pra gente. - tiro um pacote de pipocas de microondas da mala pra mostrar.
— Não era preciso, tem lá. - o rapaz ri.
— Me senti mal por ir e não levar nada. - explico. — Não pensei em mais nada sem ser isso, e nem tive muito tempo pra comprar.
— Relaxa Vi, valeu. - coloca a sua mão sobre a minha e entrelaça os nossos dedos, sem tirar os olhos da estrada, e isso me deixa nervosa. Ele percebe. — Foi mal. - afasta a mão novamente.
Rio sem saber o que dizer, cabisbaixa, mas puxo o seu braço de modo a unirmos as nossas mãos novamente. O rapaz me olha com um sorriso disfarçado e continua dirigindo, em silêncio, com apenas uma mão no volante.
[•••]
O Kaique sobe as escadas do alpendre para abrir a porta enquanto eu pego o Isaac no colo. Como ele tá dormindo, não queríamos que acordasse.
Entro na casa e fecho a porta atrás de mim. Sigo os passos do Kaique, que vai até à cozinha, e pelo caminho deixo a criança no sofá.
— Ele roncando é a coisa mais fofa. - comento, me sentando na cadeira da mesa.
— É né? - o pai do Isaac concorda. — Se você passasse mais tempo com ele via que não é só fofura.
— Toda criança é assim. - rio e o Kaique faz o mesmo. Depois de uns segundos de silêncio, decido intervir. — Como que é ser pai com a sua idade?
O negro arregala os olhos por breves segundos com essa pergunta.
— Desculpa, não quero incomodar. - digo.
— Não, de boa pô. Só me pegou de surpresa. - sorri e se senta na minha frente. — É normal, eu acho, tipo... A minha vida já tá feita, sabe? Tenho condições, amor, uma casa. Foi um acidente, mas não me arrependo.
— Isso é muito fofo da sua parte. - sorrio. — E dá pra ver que você faria de tudo pelo seu filho.
— De tudo mesmo. - concorda. — Sabe, minha infância não foi como a dele. Foi completamente o oposto. - diz. — Passávamos muitas dificuldades em casa, acredita que nem cama a gente tinha?
Assim que fala aquilo, o meu coração aperta.
— Prometi pros meus pais que ia mudar a nossa vida, e olha, mudei mesmo. - ri. — É incrível poder dar ao Isaac tudo o que eu não pude ter antes.
— Você é um ótimo pai, Kay. - elogio. — De verdade mesmo, parabéns.
O Kaique sorri e seu rosto começa a se aproximar lentamente do meu, em busca de um beijo. Acelero o processo ao unir nossos lábios de uma vez. O beijo é quente e desesperado, ambos queremos mais e isso é notório.
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Meu Ódio || Kayblack
RomanceDepois de serem forçados a conviver, Vitória e Kaique criam ódio um pelo outro: ela é arrogante, ele é pior. Ele a quer, ela não. Será que esse ódio se transformará em algo mais? Os opostos realmente se atraem? história escrita por viistories8