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🎤 Kayblack 🎤

Depois de muitas horas convivendo em família, eu e o Kauê viemos num baile funk que está decorrendo na praia. O Isaac ficou com os avós dele, meus pais, e tá bem entregue.

Como não tenho compromissos com ninguém no dia seguinte, e muito menos planos para ocupar o tempo, decido beber até não conseguir mais. Faz tempo que não me sinto tão solto, e quero sentir isso de novo.

[•••]

— Ah não mano! - ouço uma voz familiar direcionada a mim e, confuso, olho. É o Kauê. — A gente se separa por meia hora e tu já tá desse jeito? - noto que tem uma garota pretinha o acompanhamento, e sorrio.

— Namorada dele? - pergunto, com a voz toda desengonçada, e reconheço que mal consigo me aguentar em pé. — Ooooi!

— Olá... - ela parece desconfortável, e já tem vários olhares alheios sobre nós: ou porque somos famosos, ou porque estamos passando muito mico. Provavelmente a primeira opção?

— Vamos pra casa. - o mais novo segura meu braço e antes que me consiga puxar, me solto. — Irmão, não brinca não!

— Como que tu quer ir pra casa, inteligência? - a garota pergunta pra ele. — Não é ele que dirige não?

Por segundos, o Kauê parece pensativo.

— É, foda-se. - abana a cabeça.

— Vão curtir, eu fico bem... - rio, caminhando lentamente para o meio da multidão que dança animadamente ao som de Tá Ok. — Sério!

— Kaique! - o vejo estendendo o braço para me alcançar mas um grupo de pessoas se mete na frente, nos separando por completo. Ignoro, e começo a saltar como todos.

De repente sinto uma mão explorando o meu braço e, quando viro a cara, vejo uma ruiva sorrindo maliciosamente para mim, com um copo na mão.

— Oi bonitão. - diz e sorrio, a admirando de cima a baixo. — Tá sozinho?

— Tô bem sozinho. - respondo, de olhos arregalados. Olhos esses que eu sinto ardendo, e pra caralho.

— Tá afim de ir dar uma volta por aí?

— Bora nessa. - assinto, sem capacidades de tomar uma decisão sensata, e a garota me puxa pela multidão até chegarmos num canto vazio. Me encosta à parede e suas mãos vão diretas ao meu peito, descendo pelo abdómen. Deixo um suspiro sair, e é aí que me inclino para a beijar.

A ruiva aceita e continua, entrelaçando as nossas línguas sem permissão, e pouso as minhas mãos na sua cintura. Sinto um aperto no coração quando sinto seus dedos agarrarem o ziper das minhas calças.

— Caralho, Vitória...

— Quê? - rapidamente se afasta de mim, me olhando com repugnância e indignação. — Você namora e aceitou vir comigo?!

— Eu...

Sem nem terminar de falar, levo um baita tapa, e quando abro meus olhos, ela já se foi. De repente parece que já recuperei minha consciência, embora isso não tenha acontecido por completo.

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⏰ Última atualização: Jul 15 ⏰

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Meu Ódio || Kayblack Onde histórias criam vida. Descubra agora