1. 🌕

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Oie, mais uma que saiu da minha cabeça;
Espero que agrade...
O nome não sei se tem muito a ver com a história mas foi o que consegui pensar 😃.

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“Ramiro Neves capataz da fazenda dos Lá selva, vive uma vida fazendo tudo o que manda seu patrão e todos os outros da família seja coisas certas ou erradas, que beneficiem ou prejudiquem alguém, ele faz tudo que lhe mandam fazer.” Porém, já sente cansado de ser mandado por todos, as vezes até apanha por receber ordens de ambos e gerar conflitos.

Todos os dias ao finalizar seu trabalho no cair da tarde, ele se reúne com os peões no bar no centro da cidade. Mas, naquele dia ele fez diferente, ao terminar o dia de serviço Ramiro, foi até o Naitendei - bar de mulheres que tinha na cidade - fazia um bom tempo que ele não aparecia por lá, não estando a par das coisas que haviam acontecido e das pessoas que ainda estavam lá.

Nessa noite ao pedir uma bebida como sempre fez, foi surpreendido ao ser atendido por um rapaz, que ele não conhecia... Ao ser notado logo sentiu um formigamento que fez parecer que o rapaz estava caminhando a passos lentos, até que os olhares se cruzaram brevemente...

- Kelvin: Boa noite, em que posso ajudar? – disse falando com voz melosa e sedutora.
Kelvin sentiu também um formigamento que parecia que flutuava enquanto caminhava até a mesa a passos lentos, nunca uma mesa parecera tão longe de servir.
- Ramiro: Quero só um rum! - com inquietude na voz ficando avermelhado com a presença do rapaz que ele nem sabia o nome. O rapaz se virou e foi pegar o seu pedido.
- Kelvin: Aqui está seu rum! – deixou na mesa aproximando um pouco mais do peão - se precisar de mais alguma co-i-sa...
- Ramiro: eeeeeh cê faz favo de deixa em paz! – disse ele inquieto com a aproximação.
- Kelvin: fica tranquilo vou te atacar não! – disse ele com voz seduzente, passando a língua pelos lábios.
- Ramiro: já vou embora que essa conversa tá indo pruns rumu muito entranho!
- Kelvin: tchau, volte sempre! – disse ele mordendo os lábios ao ver o peão sair.

- Luana: Kelvin, Kelvin, cuidado com esse ai, ele é peão do La Selva, se não gosta de você ele te afoga!
- Kelvin: Será mesmo, achei ele tão tranquilo..
- Luana: Iiih, apaixou foi...
- Kelvin: ih sai pra la, sou la homem de me apaixonar....

“Kelvin um rapaz jovem que chegou para trabalhar no bar, após algumas reviravoltas que a sua vida tomou ao escolher viver e se aceitar plenamente como gay. Ele resolveu começar a viver a vida em uma cidade do interior, bem longe da sua de origem, e no bar foi onde encontrou abrigo e amizade da dona Candida que era dona do bar até o dia em que ela faleceu, o rapaz no entanto trabalhava em gratidão e para ajudar a senhora que havia sido muito boa o acolhendo e lhe dando abrigo ao encontra ele perdido.”

Ao se deitar na cama, Ramiro ficou repassando no que havia acontecido naquela noite e se perguntando por que ficou tão inquieto com a presença do rapaz cujo nem sabia o nome.

Depois disso, ele passou a ir o bar com mais frequência, ele bebia todas as noites, e sempre necessitava desse contato com o rapaz, que as vezes o servia, mas que quando seu olhares se cruzavam, ele desconversava e ia embora, tentando descobrir o que era aquele sentimento que estava por sentir tão estranho que jamais havia sentido antes.
Um tempo depois, ir bar já era sua rotina, todas as noites pedia a mesma coisa, comia, bebia via o rapaz e ia embora, que agora já sabia o nome que tinha perguntado a umas pessoas que ali frequentava.

- Ramiro: Kelvin, Kévin.. chama Ké-vin! – silabou o nome sorrindo deitado em sua cama.

Alguns dias depois, no cair da tarde o bar já estava aberto, porém como era meio de semana havia poucos fregueses, o peão apareceu la acelerado, trombou com o rapaz que ele nem tinha visto na porta do estabelecimento.

- Kelvin: Ou, ta maluco é, olha por onde anda – não caiu porque o ele o segurou...
- Ramiro: descurpa eu, mai eu to ... – falava eufórico suspirando cansado olhando para todos os lados – eu preciso me esconde ...
- Kelvin: tem alguém atras de você? Vão te matar? – o garçom já estava assustado
- Ramiro: mata.. mata não, mas bate eles qué, ajuda eu – segurou o loiro pelos braços – ajuda eu pufavo...
- Kelvin: o que você quer que eu faça?
- Ramiro: me esconde, depois que elEs fo imbora ce me chama!
- Kelvin: esconde escon...- parou de falar viu os peões que o estavam perseguindo – vem, vem comigo – saiu puxando ele pelo braço – vem melhor você vir logo.

Subiu apressado com o peão pelas escadas, a única pessoa que percebeu a movimentação foi Luana, que fingiu não ver. Logo chegaram outros peões apressados.

- Luana: Boa tarde senhores, vieram se divertir?
- Sidney: estamos procurando o Ramiro, cê viu ele por ai?
- Luana: Vi não, o que ele fez dessa vez?
- Sidney: Não é da sua conta. Ce viu ele ou não?
- Luana: Ele não apareceu aqui hoje não.
- Sidney: ce aparece me avisa – saiu do bar.
- Luana: Pode de-i-xar... – colocou a mão na cintura vendo os peões se afastarem – kelvin, kelvin, no que você se meteu agora...

- Kelvin: Oh, fica escondido aqui, que quando eles saírem eu te aviso.
- Ramiro: Coloca seu telefone aqui pra eu mandar mensagem, não precisa vir aqui não. – e assim o fez, gravou seu número no telefone do moreno.
- Kelvin: Mas oh, vai te que me explica isso direitinho depois em.
- Ramiro: Kevin – o loiro sorriu ao ser chamado assim – eu não fiz um serviço la pro patrão, e ele mando os peão me da uma coça.
- Kelvin: Ramiro, Ramiro, você fica ai fazendo essas maldades pro seu patrão, e quando não faz ele manda te bater.
- Ramiro: mai eu num consigo muda isso não, nem sei como...
- Kelvin: oh, vou desce la, depois te aviso quando puder sair.

- Luana: Keeelviiin, o que ta acontecendo em ... os peão do Antonio estão tudo doido atras do Ramiro?
- Kelvin: e quem disse que eu sei, pergunta pra eles ou pro Ramiro! – ia virando as costas e saindo quando ela segurou pelo braço.
- Luana: Escuta aqui, eu vi você escondendo o Ramiro, me fala logo o que ta acontecendo se não eu falo pro peão que ela ta la no seu quarto- ele olhava fixamente pra ela.
- Kelvin: Me larga – soltou seu braço – olha aqui eu não sei ta o que ta acontecendo, mas ele pediu ajuda e eu ajudei.
- Luana: Cuidado, ele não é flor que se cheire depois acontece alguma coisa com você...
- Kelvin: Oh Luana, não vai acontecer nada comigo não viu, eu sei me cuidar – saiu pisando duro deixando a mulher falando sozinha.

Ramiro ficou escondido até o bar esta com bastante movimento para ele poder ir embora sem que fosse visto. Ficou o restante da noite escondido pelas estradas até os peões o esquecesse. Depois resolveria seu problema.

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Minha vida com você 🥰Onde histórias criam vida. Descubra agora