2. 🌕

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Alguns dias se passaram, então uma bela noite enquanto se arrumava para descer ao salão para trabalhar o telefone de Kelvin toca, era uma mensagem de um número novo, porém com foto bem conhecida, isso mesmo era de Ramiro e dizia assim... "Quero falar co ocê hoje, lá na esquina".. as pernas de Kelvin bambearam, e só pode responder "avisa quando chegar".

Estômago revirando, pernas trêmulas, assim estava Kelvin, indignado por todos esses sentimentos que eram novos para ele, sentimentos que não havia sentido assim todos de uma vez por ninguém... no decorrer da noite, a mensagem chegará ao seu telefone... "tô aqui na esquina".
Disfarçando saiu pelos fundos e foi caminhando até onde já pudera avistar o corpo parado esperando por ele..

- Kelvin: aaaah, se veio é! - Disse ele com voz melosa e maliciosa..
- Ramiro: vim mas só pá te dizê que ... - estava com a voz tremula – obrigado por ter me ajudado aquele dia, mai é meió nóis não se fala mai não, porque ... - não sabia explica ... - porque é meio assim. Tchau.

Sem entender muito bem o que tinha acontecido Kelvin ficou revivendo os momentos que tiveram no bar, os olhares que trocaram ao longo desses últimos dias e as palavras saída da boca do peão na noite anterior, ele estava crente que eles estavam flertando, “mas será que eu entendi tão errado assim” esse pensamento o consumia.

Dias se passaram, o peão decidiu não ir ao bar para que aqueles pensamentos que de leve tomavam conta dele quando viam o rapaz não o invadissem mais, porém não teve muito sucesso né, pois pensava nele dia e noite...

Acontecia um show em Nova Primavera, a cidade inteira se encontrava lá, Ramiro foi levar Angelina e Petra para assistir ao show, ao chegar de longe já avistou o rapaz que não sabia por que deixava seu coração acelerado e o estomago com tremores.

Ao avista ló logo começou a ser atraído como se fosse um imã, e assim deixou elas la em um canto e foi se aproximando do rapaz que estava acompanhado das moças do bar, mas discretamente chegou perto dele.

- Ramiro: cê ta bão? – aproximando do rapaz
- Kelvin: melho agora né! – respondeu sorrindo maliciosamente.

Ficaram ali paradinhos assistindo ao show juntos. A partir daí começaram a trocar algumas mensagens “Bom dia!”, “Boa tarde” e “Boa noite”.

Os dias foram passando e cada vez mais eles estavam próximos e conversando todos os dias, se vendo Ramiro pedia conselhos a Kelvin, que prontamente os dava em troca de apertãozinhos. A amizade deles estava cada mais próxima, sendo que eles sabiam que queriam mais do ser só amigos.

Ramiro começou a ter uns sonhos com Kelvin, que nem ele sabia explicar o porquê, começou a sonhar que se casavam, sonhos de amor e até de terror, todos tendo o cantor como protagonista. E isso estava deixando-o desnorteado.

- Ramiro: Kévin, eu .. eu vim aqui dize pro cê que ... que nois não pode se vê mai não..
- Kelvin: não pode porque, Rams, como assim – agora eles já ate tinham um apelido.
- Ramiro: é que .. eu to tendo uns sonho esquisito, umas coisa que eu não sei explica..
- Kelvin: ah pronto, vai para de fala comigo por causa de sonho é isso. Pelamor De Deus.
- Ramiro: é que eu to tendo esses sonho co cê, to sentindo umas coisa, que home que é homi não faz e não sente – disse ele marejando os olhos. – então é mio a gente não se vê mais – disse entrando na caminhonete e saindo.
- Kelvin: Ramiro, Ramirooo – o rapaz ficou chorando olhando ele partir, e sem entender se homem sentia mesmo alguma coisa por ele ou se ele estava confuso pela proximidade dos dois.

Dias se passaram e Ramiro ainda não havia voltado no bar, porém o sentimento dele pelo Kelvin não diminuiu nem um pouco, só aumentava, nesse meio tempo o peão fizera de tudo para tirar o garçom da sua cabeça, simpatias, rituais até cartomante ele visitou, mas nada adiantou.

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